Capítulo 8 :

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CARLA

Após a discussão que eu tive com meu pai e minha tia, não saí do quarto. Dispensei até o jantar. Mas quando foi de madrugada tive um pesadelo, nele minha tia e meu pai sofreram um acidente de carro e morriam pedindo perdão para mim. Acordei muito assustada e após muito refletir decidi pedir desculpas pelo modo que eu agi com eles. Exagerei nos termos usados em nossa discussão. Esse pesadelo pode ser um aviso, não quero que eles morram. Eles irão entender o meu lado e vão me perdoar.

Pego meu celular e desço as escadas rumo ao escritório, sei que nesse horário meu pai estará lá. Distraída acabo esbarrando em uma parede de músculos, será que é algum segurança novo, só pode ser, ele é enorme.

Carla: Preste atenção por onde anda seu imbecil — levanto a minha cabeça para olhar quem é, perco o fôlego com o que vejo.

Que homem lindo, além de musculoso, tem uma beleza extraordinária, barbudo, olhos claros, loiro alto. Uma tentação, me deu água na boca. Posso amar o Marcos, mas isso não me impede de admirar outras belezas masculinas por aí.

Xxx: Ala! Deixe de ser xarope, baixinha. — diz com um sorrisinho de lado.

Odeio que me chamem de baixinha. Quem esse subordinado pensa que é para falar assim comigo, vou colocar esse paspalho em seu devido lugar.

Xxx: Foi a senhorita quem esbarrou em mim, e não ao contrário.

Carla: Ouça aqui seu brutamontes, se você não quer ser demitido no seu primeiro dia aqui, sugiro moderar as palavras.

Ao invés de ficar apavorado por ser demitido, ele gargalha.

Carla: Do que você ri? Qual é a graça? — Pergunto irritada.

Xxx: Eu não trabalho aqui loirinha.

Carla: Não? E o que um brutamontes como você faz aqui?

Xxx: Primeiro, meu nome não é brutamontes — diz com a cara amarada. — Segundo, estava em uma reunião com o dono dessa casa, mas isso não é da sua conta, gracinha — pisca um olho.

Que liberdade é essa, gracinha?

Carla: Sinto em lhe informar, mas me interessa o que você faz nessa casa, eu moro aqui se você não percebeu, essa casa é minha.

Xxx: Hum, é mesmo? Sinto em lhe informar, mas não trato de negócios com mulheres.

Ele diz assoprando as unhas e logo em seguida passa as mesmas na camisa, como se estivesse limpando-as. Ahhh que arrogante, penso.

Carla: Pode desembuchando, quem é você e o que faz em minha casa?

Xxx: Espera! Você é a Carla? — olha para mim desconfiado. — Eu deveria ter te reconhecido, com essa altura. À noite, na rua, você corre o risco de ser atropelada por não conseguir subir o meio fio, não é? — ri.

Não acho a menor graça. Reviro meus olhos com suas piadinhas idiotas.

Carla: Como você sabe o meu nome? De onde nos conhecemos, não me lembro de ter o visto em toda a minha vida. — Se eu tivesse conhecido um homão como ele, jamais teria me esquecido.

Xxx: Pelo que eu fiquei sabendo, a sua fama não é muito boa. — Esse homem tá abusando da minha paciência.

Carla: Como assim fama? Você me conhece de algum lugar que eu não estou sabendo? — Reclamo irritada.

Xxx: Não, mas como eu disse, a sua fama não é muito boa, potranca.

Carla: Potranca? Mas é muito abusado mesmo, em poucos minutos de conversa você me apelidou três vezes. Quem você pensa que é, para falar comigo desse jeito? — sinto o meu rosto esquentar, acho que estou vermelha.

O Xucro 🐴Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang