𝐓𝐡𝐞 𝐰𝐚𝐲 𝐈 𝐬𝐭𝐢𝐥𝐥 𝐥𝐨𝐯𝐞 𝐲𝐨𝐮 | JJ Maybank

*.✧ﾟ𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝘁𝗵𝗿𝗲𝗲: distraction

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[ CAPÍTULO TRÊS ]
the way I still love you

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DOIS TOQUES rápidos foram feitos em minha porta, sem saber quem tinha os feito, levanto de minha cama e coloco a mão na maçaneta.

– Pai? – Era David em frente a porta segurando uma caixa, que eu tenho certeza que se mexeu. – O que é isso?

– Um presente, – Ele passa por mim e se senta na beirada de minha cama, e eu faço o mesmo. – Sei que você anda meio tristinha filha, então aqui está um presente que eu acho que possa te animar.

Ele abre a caixa e honestamente fico com um pouco de medo do que poderia ser, mas todo esse medo foi embora quando eu vi um cachorrinho saltar de dentro caixa para a minha cama, um sorriso enorme se expandiu em meu rosto.

– Ai meu deus! É meu?

– É sim filha. – Meu pai solta uma risada nasalada, pois essa surpresa que ele fez, me tirou um sorriso que ele ama ver.

– Tem um nome? ou eu posso escolher? – Digo me embolando nas letras de tanta empolgação.

– Ainda não tem nome, deixei esse trabalho pra você, e mais o trabalho de catar os cocôzinhos que vão vir desse animal tão pequenininho.

– A mãe vai ficar uma fera, – Acaricio o filhote em meu colo enquanto penso em um nome. – Zeus, vai ser o nome dele, não é, Zeus?

O pequeno Zeus latiu agudo em forma de resposta.

Eu estava tão feliz, filhotes despertavam uma alegria imensa em mim, sempre tive vontade de ter um filhotinho correndo pela casa, para chamar de meu, mas minha mãe nunca iria aprovar.

Arranhões em cortinas, sapatos com marcas de presas, tapetes manchados, objetos de decoração destruídos e um mal cheiro era tudo que Bethany via em um cachorro, não importava se é de porte grande ou pequeno, sempre terá a mesma sombra.

Felizmente, meu pai me explicou que contratou um adestrador que poderá ensinar Zeus a se comportar em uma casa com tantos vasos de porcelana e tapetes caros.

Esse doguinho virou minha responsabilidade de agora em diante, o que me deixará ocupada de meus pensamentos.

– Sua mãe ainda não sabe, e irá surtar quando souber, ela vai querer joga-lo na rua, mas não deixe isso acontecer, você vai lutar por esse cachorro Haley.

Sua seriedade me deu uma vontade muito grande de rir, mas ele tinha razão, minha mãe irá surtar e esse surto não vai acabar tão cedo.

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Zeus pareceu gostar muito de mim, dei toda a atenção do mundo para ele hoje, e faltava pouco para minha mãe chegar do serviço.

– Ai meu deus, isso é um cachorro?!

– É sim, impossível isso não é?

– A mãe vai surtar, – Maya tira sua bolsa do ombro e se agacha na altura do cãozinho que estava em meu colo. – Não posso me acostumar, ela vai expulsa-lo de casa.

– Nem ferrando, eu vou lutar por ele. – Minha seriedade fez Maya rir, como meu pai me fez querer rir a algumas horas atrás.

– Então tá, boa sorte. – Dois tapinhas foram deixados em meu ombro por Maya, que subiu as escadas para seu quarto.

Ajeitei a gravatinha que estava em Zeus para causar uma boa impressão quando minha mãe chegar, o que acaba de acontecer.

A porta principal se abre e Bethany da de cara comigo e com Zeus, posso imaginar seu coração bater mais rápido do que as hélices de um helicóptero.

– Haley, o que é isto.

– "Isto" é o Zeus, meu novo filhote.

– E quem lhe deu a permissão para ter um cachorro dentro de minha casa?

– Meu pai.

– Haley, esse cachorro não vai morar conosco.

– Ele vai se comportar, eu juro, – Minhas palavras não pareceram convence-la. – Meu pai contratou até um adestrador, você ja viu como são os cachorros que passam por esse tipo de luxo?? viram cães muito espertos e comportados! E ele é meu, e eu vou cuidar dele, totalmente minha responsabilidade.

Um silêncio tomou conta do ambiente, ela deve ter tido um bom dia de trabalho para não ter surtado feio até agora.

– Mãe por favor, você se lembra da última vez que você me deu uma chance? Eu fiz tudo direitinho! e não vai ser diferente agora.

– Haley, se esse cachorro chegar perto de qualquer coisa valiosa dentro dessa casa, é rua.

Isso me deixou surpresa, achei que eu iria ter que apelar para a atuação e chorar, mas não foi preciso.

– Obrigada mãe, você não vai se arrepender.

– Ah como vou. – Ela sussurou, mas foi possível de ouvir

Subi para o meu quarto com Zeus em meus braços, ele parece ser um cachorro comportado, o que me da sorte.

Arrumei um cantinho para ele do lado de minha cama, com uma caminha e ração e água ao lado, ficou tudo arrumadinho e aconchegante.

Com Zeus aqui em casa, vai me ajudar a não pensar muito no que anda comendo meu cérebro lentamente, o que é ótimo, era a única coisa que eu sabia fazer.

Ouvi uma batida em minha porta, mas sem precisar eu mesma abrir, a porta já foi aberta.

– Não ouvi gritos, e sua mãe está em casa, ela já sabe que existe um cachorro dentro dessa casa?

– Por incrível que pareça, ela aprovou.

– É isso mesmo o que eu ouvi? tem certeza que não foi uma alucinação sua?

– Absoluta pai, ela concordou em deixar Zeus morando com a gente, e sinceramente, não sei como isso foi possível.

Um sorriso imenso se abriu no rosto de meu pai, ele também é apaixonado por bichinhos, principalmente os filhotinhos, ele vai amar Zeus tanto quanto eu.

– Lembre-se Haley, ele é totalmente sua responsabilidade.

– Sim pai, sei que vai dar trabalho, mas com o tempo ele vai saber se comportar, tenho certeza.

– O adestrador disse que prefere treiná-lo cedo, assim ele aprende mais rápido, então é provável que semana que vem, Zeus já irá começar com os treinos.

– E ele vai se sair muito bem, foi comportado a tarde inteira, fiquei até surpresa, um filhote deveria ser bagunceiro.

– Agradeça que esse não é.

Sorrio e me viro para observar Zeus, que estava dormindo feito anjo em sua caminha.

Zeus não é tão novinho, ele deve ter 4 ou 5 meses.

– Mais uma vez, obrigada pai.

– Só queria ve-la feliz filha, e consegui, – Ele sorri e me entrega um beijo em minha testa. – Boa noite Hay, se precisar de alguma ajuda com Zeus durante a noite, pode me acordar.

– Boa noite pai, pode deixar.