𝐒𝐓𝐎𝐋𝐄𝐍 𝐋𝐎𝐕𝐄 | 𝐃. 𝐌𝐀𝐋𝐅𝐎𝐘 +𝟏𝟖

- 𝖒𝖆𝖗𝖎𝖑𝖞𝖓 𝖓𝖔𝖙𝖙

— MARILYN NOTT

— Pansy, verdade ou desafio — Theodore olhou para a garrafa que caiu em Pansy, sorrindo.

Secretamente, eu sempre soube que ele tinha uma queda por Pans. É óbvio, a maneira como ele olha para ela era como se ele estivesse apaixonado por ela há anos. Mas eu também vi o jeito que Blaise olha para Theodore, e eu praticamente podia sentir meu peito doer por ele quando ele viu Theo e Pansy interagindo.

Minha cabeça estava apoiada no ombro de uma garota aleatória, eu tive que manter minha bochecha escondida. Por sorte, quando Draco apareceu no meu dormitório, ele não viu o arranhão na minha bochecha. Olhando para ele agora, e vendo o jeito que ele está tentando parecer legal, faz meus olhos realmente afundarem. Não sei o que aconteceu com ele naquela noite, não sei com quem foi ou como aconteceu, mas sei que ele disse a alguém para parar de tocar seu corpo e eles não pararam.

Eu podia ver em seus olhos.

E ele não falou comigo desde então. Não desde que ele desabou em meus braços.

— De jeito nenhum eu vou fazer isso — Pansy fingiu engasgar, e meus olhos se conectaram aos de Draco. Ele me deu um rosnado. — Você sabe como isso é nojento?

Theo riu, aproximando-se de Blaise. — Oh, vamos lá, não seja medrosa.

— Tudo bem — Pansy revirou os olhos e se aproximou de Goyle, beijando-o nos lábios antes de se afastar bruscamente. — Blegh!

Uma risadinha deixou meus lábios, olhando para Pansy, rindo um pouco mais. — Vamos, Marilyn. Vamos tomar algumas doses — Theo me puxou para cima e meus olhos se arregalaram.

Esqueci que não podia beber.

Eu puxei meu cabelo sobre meus ombros para esconder minha bochecha, estava quase curado de qualquer maneira. Pansy me deu um olhar que me disse para ter cuidado. — Eu não acho que quero beber esta noite.

— Então pelo menos venha fumar comigo? — Theo implorou, me dando seus melhores olhos de cachorrinho.

Uma risada curta saiu dos meus lábios novamente. — Eu também não quero fumar.

— Eu vou fumar com você — Blaise se levantou com Theo e eles se afastaram, deixando-me sentar ao lado de Pansy.

Ela se inclinou em meus ouvidos. — Draco não parou de olhar para você a noite inteira. Você não acha que ele suspeita de alguma coisa, não é? — Ela sussurrou.

— Não que eu saiba.

— Você está pensando em dizer a ele? — ela fez a única pergunta que eu não queria responder.

Eu digo a ele? Ou eu apenas afirmo que é de outra pessoa? Eu não podia. Draco e Harry eram as únicas pessoas com quem eu já dormi e Draco sabia disso. O que eu deveria fazer quando meu filho saísse com a cabeça cheia de cabelos loiros e olhos azuis exatamente como ele? Eu não conseguia esconder. Eu só tinha que esperar que o bebê saísse parecido comigo.

Rezei para que fosse uma menina, espero que ela se pareça comigo o suficiente para não dizer quem é o pai.

— Não, não tão cedo — ou pelo menos até eu descobrir o sexo.

— Vamos comer um bolo — ela me puxou para cima, e eu não tive tempo para protestar.

Talvez não faça mal.

—

Isso machuca.

Inclinei-me sobre o vaso sanitário pela quarta vez, vomitando porque decidi comer pela primeira vez em dias. Isso é ruim e tão insalubre para o meu filho. Eu sabia que estava danificando meu corpo, sabia que se não melhorasse teria que fazer algo a respeito.

Peguei a escova de dente extra no banheiro de Pansy e comecei a escovar os dentes quando ouvi a porta dela se abrir. — Eu vou sair em um minuto, eu prometo.

Terminei de enxaguar minha boca com enxaguante bucal e água, desliguei a luz e voltei para o quarto dela. Fui recebida por Draco, encostado na porta de Pansy fechada, seus braços cruzados e um olhar severo em seu rosto.

Minha respiração meio que parou, ele era lindo. — O que você esta fazendo aqui.

Seus olhos saltaram para os meus, descruzando os braços e eu senti como se ele soubesse. Ele sabia que eu estava escondendo algo dele. — Seja honesto comigo, Nott.

— Eu não vou perguntar de novo, o que você está fazendo aqui. Este é o dormitório da Pansy–

— Ela sabe que estou aqui — ele me cortou duramente, aproximando-se de mim. — Eu só vou perguntar isso uma vez. Qual é a verdadeira razão pela qual você não vai beber ou fumar? —

Porra.
Porra, porra, porra, porra.

— O que você está perguntando? Eu não quero beber ou fumar porque eu não quero uma ressaca de manhã, eu quero relaxar esta noite. Isso não é um crime, Malfoy — eu cuspi de volta, tentando passar por ele, mas sua mão deslizou na minha cintura, me puxando contra ele de costas para sua frente.

— Diga-me. A maldita verdade — ele provocou no meu ouvido, suas mãos nunca deixando minha cintura. — Eu tenho que saber, Marilyn.

Minha respiração parou completamente. — Saber o quê?

— Você está grávida?

Meus joelhos quase ficaram fracos. Eu quase senti como se estivesse tendo um ataque cardíaco, parecia difícil respirar. Não quero que ele saiba, ele vai me odiar. Ele vai tirar sarro de mim ainda mais por ficar maior quando eu começar a desenvolver uma barriguinha, e essa é a razão pela qual eu não como. Porque é por isso que as pessoas zombavam de mim, por comer o tempo todo.

Eu mal podia me mover. — Por que diabos eu estaria grávida? Você me deu uma poção — eu menti, meu lábio inferior afundando entre os dentes.

Ele pareceu soltar um suspiro de alívio. — Nada, nada, eu apenas pensei, não importa — ele me empurrou para longe dele. — Você tem certeza que eu te dei uma poção?

— Malfoy–

Um grito pode ser ouvido do corredor, claramente chamando pelo nome de Draco e soou como Astória.

Eu vi seus olhos se arregalarem, pânico crescendo dentro deles e ele me puxou para dentro do armário de Pansy com ele, sentando no chão e ele me puxou para seu colo.

Tudo clicou dentro da minha mente. Astória o tocou sem consentimento.

Seu aperto na minha cintura estava aumentando a cada momento. — Era ela, não era? — eu sussurrei, observando seus olhos com raiva se voltarem para mim novamente.

De repente, seus lábios estavam no meu pescoço, uma de suas mãos deixando minha cintura para puxar o cabelo para longe do meu rosto e depois agarrar meu pescoço para que ele pudesse chupar meu ponto doce. Ele sabia que eu adorava lá, ele descobriu no momento em que eu o procurei depois que Harry me traiu.

Incontrolavelmente, um gemido deixou meus lábios com a sensação de satisfação. Ele continuou a chupar mais forte. — M–Malfoy, o que–

Ele se afastou, os lábios inchados, mas a raiva rodopiando em seus olhos. — Nunca me pergunte isso de novo, quando você desmorona tão facilmente ao meu toque. Cuide da porra da sua vida, Marilyn.

Ele me empurrou para fora dele, me deixando sentada no chão para me levantar. — Então você cuida da sua! Você não tem o direito de me perguntar se estou grávida–

— Eu pergunto se for meu — ele zombou de volta, sua mandíbula apertada. — Quem sabe, talvez você queira que seja meu–

Eu dei um tapa na cara dele. — Eu não estou grávida, idiota. Eu prefiro morrer do que ter um bebê com você — eu bati a porta de Pansy, meu rosto ficando vermelho. Chegou tão perto.

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