Trancado desde os seus 13 anos e não por seu desejo ou amor, mas por obrigação e para salvar sua vida e de quem ama. Seu maior desejo é sair de lá e viver uma vida normal como os jovens de sua idade. Porém, sabe que é muito arriscado e não quer co...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
(2342 palavras)
EU DORMI com a Laura, abraçado com ela, e sentindo seu corpo quente demais. Acho até que ela tava pegando fogo. Será que ela estava com febre?
Fiquei deitado com ela fazendo carinho em seus cabelos e sussurrando incentivos para que ela soubesse que não está sozinha e que eu não estava julgando-a. Como também garantir que não contaria nada a ninguém sobre o que ela me contou.
— Calma, Laura... eu tô aqui...
Ela só soluçava e se encolhia em meus braços, eu não sou grande, mas ela parecia tão pequena e tão frágil daquela forma. Tudo o que não quero é que a Laura sofra. Não quero que ela padeça e fique mal por conta de um cara que a fez cometer pecados muito feios.
Eu pensei muito sobre o beijo que ela me deu, no início eu queria repudiar tal ato, afinal estamos em um convento, mas agora, com ela assim tão... eu só consigo pensar que ela fez isso porque gosta de mim, gosta de estar comigo ou pode ser que ela esteja confusa... eu tô confuso!
E pra que a Laura não pensasse que eu a repudiava por seu ato e até por sua declaração, eu fiquei ao lado dela a semana toda, talvez até por medo de ela fazer alguma outra bobagem, posso dizer que ela é meu carrapato de estimação, só que mais cheiroso e bonitinho.
E nessa uma semana, enquanto Laura e eu estávamos tão próximos, o Felipe se distanciou e tudo que não quero, é que ele saia de minha vida... afinal, se Deus colocou ele na minha vida, foi um sinal para que eu não perdesse a fé de que vou sair daqui.
Era manhã, como de costume, eu levantei e fui acordar minhas amigas penosas, porém não era tão cedo... dormi bastante, pois na noite anterior, fique conversando com a Laura enquanto ela penteava meu cabelo, não surtiu o efeito de antes, que era eu apagar como vela... Não, na noite passada choveu e a Laura me pediu para dormir comigo, pois ouvimos leves trovões e ela já ficou igual uma vela, branca. Por isso, quando dei por mim, ela não estava mais na cama, olhei o relógio e vi que eram já 8:00 da manhã... Meu Deus, como me deixaram acordar já de tarde? Tá, é exagero, mas pra quem acorda às 4:00 todos os dias, 8:00 é cúmulo!
— Bom dia, joaquina... oi, jusefa... como foi a noite, janine?... E então, clodoaldo (era um dos galos. Resolvi dar nomes a todos, na verdade já tinha dado, eu só não quis dizer isso a vocês antes, para não pensarem que eu era completamente maluco, mas agora que vocês já sabem que ela são minhas amigas, melhor vocês as conhecerem), clovis, cadê a josefina? - olhei por toda parte e nada... então resolvi entrar no galinheiro — josefina, minha filha, cadê você? - nada. Josefina era uma das minhas amigas galinhas preferidas, não fazia alarde e não era bagunceira, como a janine.
Saí do galinheiro e olhei em torno para ver se por acaso a josefina resolveu seguir a jacira pra ciscar fora do galinheiro... Jacira tá com uma ninhada, foi mamãe a pouco tempo, então o Tonho deixa ela circular com os pequeninos dela por aí, desde que não vá para o jardim fazer bobagem.
