第32章 (Cap. 32)

39 10 0
                                    

(1712 palavras)

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

(1712 palavras)


ACHEI QUE depois de minha conversa com a Laura e de ela perguntar se ainda seríamos amigos que se beijam e se amam, tudo voltaria ao menos a ser como antes, mas não, estamos nos falando, conversamos, rimos, mas é só isso. Parece que ela age comigo como as outras noviças e isso tá me deixando muito triste, pois agora eu percebo que não a vejo como as demais, ela é a minha carrapatinha cheirosa e essa distância que ela colocou entre nós, me entristece. Se só eu gosto, talvez ela não seja a minha Eva e talvez... eu tenha que esquecê-la. É por isso que eu não queria papo com ninguém, tudo culpa da irmã Maria que disse que eu deveria me entrosar, agora deu nisso.

A única coisa que me deixa feliz, é que meu pai veio me ver e falta apenas uma semana para meu aniversário. Ele bem que disse que tentaria vir, pena que a mamãe não veio com ele. Estou precisando de colo e carinho e creio que só ela poderia fazer isso agora.

— Pai!

— Giovanni, como prometido, eu vim te ver.

— E a mamãe?

— Não pude trazê-la, sinto muito. Arriscado demais.

— Vou deixar vocês a sós - disse Madre Luzia, saindo da sala e deixando meu pai e eu sozinhos.

— Você não parece muito feliz - disse ele.

— Pai... eu... - comecei a chorar e meu pai veio perto de mim e me puxou para sentar em uma das cadeiras que há na frente da mesa da Madre. Ele sentou-se na outra, virando a mesma de frente para mim.

— Filho, o que houve? Achei que ficaria feliz em me ver - ele tirou o véu de minha cabeça, limpou meus olhos e beijou minha testa — Giovanni, o que houve?

— Eu tô com saudade de vocês. Eu queria que esse aniversário fosse diferente. Queria poder festejar, com bolo, uma festa, minha família e meu amigo.

— Eu sinto muito...

— Eu também.

— Eu tenho um presente para você. Foi sua irmã que mandou - ele levantou e foi até uma poltrona pequena perto da janela e apanhou uma sacola grande de papel com um laço e me entregou.

Abri a mesma, e o presente era uma calça jeans com uma camiseta branca e um tênis de marca. Olhei confuso para o meu pai.

— Gostou?

— Gostei, mas...

— Não vai perguntar qual é o meu presente para você?

— Qual? - coloquei a sacola no chão próxima dos pés da cadeira em que eu estava sentado.

— Filho, Graveto foi preso essa semana e entregou os comparsas, mas ainda estão buscando o chefe deles, o Ceifador, mas ainda não o encontraram.

— Sério?

𝕾ob o VéuWhere stories live. Discover now