Dizem que a primeira impressão é a que fica, então June Quinn odiou Chris Evans desde a primeira vez que o viu na vida. Os anos se passaram e eles se encontraram novamente, dessa vez, teriam que atuar juntos nos próximos filmes da Marvel. Mas June n...
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Enquanto estava no avião, eu começava a questionar se seria uma boa ideia passar quase cinco horas dentro de um avião apenas para passar o dia de ação de graças em Los Angeles. Principalmente por ser na casa de Mark, com sua família. Mas agora eu não podia desistir, nem mesmo se eu quisesse. Eu já estava naquele avião de qualquer forma.
Quando o avião aterrissou, eu fiquei triste. Eu não estava indo até a minha família. Eu não tinha uma família para passar o dia de ação de graças, ou qualquer outro feriado. E aquilo me deixou arrasada.
Pensei em pegar um táxi e ir para a minha própria casa. Pensei em pegar o avião e voltar para Atlanta. Mas não foi o que eu fiz. Eu fui para a casa de Mark.
Ellen me recebeu à porta com um sorriso iluminado no rosto.
Eu ainda não havia falado com Mark nas últimas semanas. Sobre nada. Nem mesmo sobre o trabalho. Então era de se esperar que ele me recebesse com a cara mais fechada possível.
— Que bom que veio, June! — Ellen dizia.
— Tia June! — os gêmeos correram até mim e pularam em meu colo.
— Oi pequenos. Que saudade que eu estava de vocês. — digo beijando a bochecha de cada um.
— O papai comprou um lego com muitas peças! — um deles dizia animado. — Você vai brincar com a gente?
— Claro. Com certeza. — digo sorrindo.
Eles ficam animados e correm pela casa.
— Eles adoram você! — Ellen diz. — Eu vou terminar de preparar o jantar.
— Oh, você quer ajuda? — pergunto.
— Ah, não, querida. Já estou quase terminando. Você pode ajudar Mark com a mesa. — diz.
— Não precisa. — Mark diz, rude.
Ellen rola os olhos divertida.
— Vai ficar um desastre se não tiver uma mulher para ajudar, querido. — ela diz e então vai para a cozinha, nos deixando sozinhos na sala de jantar.
Mark me encara visivelmente estressado.
— O que veio fazer aqui, June? Estragar o feriado? — pergunta. O tom de voz baixo, porém grave.
Engulo em seco. Eu já estava me sentindo péssima.
— Ellen me convidou... — digo baixinho.
— Você deveria ter recusado o convite. Não é bem vinda aqui. — ele revida.
Suas palavras estavam indo direto para o meu coração como facas. Eu já sentia o nó na garganta. Já sentia o incômodo no peito. Já sentia as lágrimas teimosas nos olhos.
— Por que está me tratando desse jeito? — pergunto. A voz embargada me fazia sentir raiva. — Não obriguei você a ficar comigo. Nós dois queríamos. Está agindo como se eu fosse a vilã.
