Capítulo 3

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Hanna Cooper.

Sinto a claridade incomodar os meus olhos e os abro lentamente. Primeiro sinto uma dor de cabeça tão forte que parece que vai explodir a qualquer momento, depois observo o teto branco como as nuvens, sem lâmpada, a cama macia me parece muito aconchegante, percebo que não estou em meu quarto e que não estou sonhando.

Sento-me rapidamente na cama e parece que o mundo está girando, a cabeça começa a latejar e aperto as minhas têmporas e respiro devagar algumas vezes tentando lembrar da noite anterior e principalmente tentar descobrir onde estou.

Quando sinto que estou melhor, começo o quarto com os olhos, vejo algumas janelas redondas e caminho até elas, as nuvens passam com rapidez e a imensidão azul do oceano preenche a minha visão, percebo está em um avião.

- Um avião - exclamo chocada e tapo a boca com as mãos em descrença - Com vim parar aqui?! - coloco as mãos na cabeça preocupada.

Noto a decoração rica e de bom gosto do quarto, sigo em passos lentos e cuidadosos até a porta. Abro devagar, e aprecio o interior luxuoso, com tons brancos e creme. Parece até uma casa, nem meus pais têm um jatinho desse porte.

Observo as poltronas, mesas, bar, bancos do bar, mesa de sinuca, chão, teto, televisão e ...

Esfrego os olhos para ter certeza que não estou delirando.

Murilo!

Murilo está sentado em uma das poltronas, vestido todo de preto, causando um contraste gritante com o ambiente claro, enquanto tem sua atenção em seu Notebook.

- Pode me explicar porque estou dentro de um avião com você? - pergunto cruzando os braços sobre o peito.

Ele levanta a cabeça pacientemente e encara os meus olhos, não me responde, ao invés disso, aponta para uma poltrona em sua frente.

- Sente-se ursinha - reviro os olhos para seu apelido - Vamos pousar em alguns minutos. Vou pedir que tragam comprimido suco para você.

- Pousar onde? - exijo saber ignorando o seu pedido - Você ficou maluco, Murilo?

Uma morena, magra e alta, com olhos verdes, sai da cabine do piloto e desfila com suas pernas longas, dentro de seu uniforme impecável de aeromoça. Ela para ao lado de dele, como se estivesse aguardando suas ordens.

Murilo fecha seu Notebook e guarda.

- Por favor, traga um comprimido para ressaca e um suco de limão para a senhorita Cooper - ele pede, e ela sorri tão abertamente, que eu acredito ser capaz de contar todos os seus dentes agora.

- Prefiro de laranja - falo só para contrariar.

Ela sorri levemente, sem a mesma empolgação que fez para o seu patrão.

- Sente-se, Hanna - a voz de exigente de Murilo me chamando pelo meu nome, lembra da voz que meu irmão usa quando ele se acha no direito de mandar em minha vida. Sera que ele sabem onde estou? E com quem?

Vicente vai tirar meu couro, quando souber que parei dentro de um avião desacordada e estou indo para não sei onde com o seu melhor amigo, galinha e sedutor.

Acredito que até o meu pai vai querer me esfolar, eles são muito protetores, e quando se trata da caçula que para eles é ingênua e indefesa, tudo fica um pouco pior.

Não que eu reclame disso, eu gosto as vezes. Eles são os melhores e mais loucos pai e irmão que uma garota poderia ter e eu me sinto protegida. Mas, também são como um pesadelo sufocante, às vezes.

"Hanna, fique longe de festas e bebidas!"

"Hanna, você não pode sair tão tarde!"

Meu CEO sedutorOnde histórias criam vida. Descubra agora