Capítulo 4

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Atenção: eu estava meio travada pra escrever, por isso esse capítulo não ficou do jeito que eu queria. Mas já era a quarta vez que eu o refazia, então tentei recuperar esse rascunho.  Prometo melhorar no próximo.

|Narradora|

A semana se passou num piscar de olhos para Amity, para Luz, devagar como um idoso atravessando a faixa de pedestres.

A Blight mais nova ganhava alguns trocados por ler para as crianças na biblioteca. Particularmente, adorava aquilo.
Era como se conectar com uma parte boa que havia nela, ou talvez seria sua criança interior orgulhosa de si - ferida e tentada a receber carinho de qualquer figura que se parece materna -.
O lado negativo vinha de uma sensação de que a todo momento se sentia presa ao passado, como se a qualquer momento alguém fosse puxar seu tapete. Nunca teve liberdade, agora finalmente a têm e sente medo de que ela suma a qualquer momento. Que da noite para o dia, o controle de sua vida possa ir por água abaixo.

Por outro lado Luz estava feliz por conseguir entrar no ritmo de suas aulas e em possivelmente semear uma nova amizade com Hunter e Edalyn.
As apostas bobas com a mais velha só aumentaram, Hunter e ela jogavam conversa fora nos tempos vagos dentro do petshop.

Também havia marcado de sair para conhecer a cidade com Willow e Gus.

Estavam tão ansiosos para finalmente sair com sua amiga, que decidiram bater na porta do seu dormitório em plenas nove da manhã de sábado.
Amity acordou com as batidas na porta e preguiçosamente foi ver quem era, xingando baixinho até a quinta geração de quem a incomodava.
Luz dormia feito pedra na cama, se remexendo pra lá e pra cá.

Dando de cara com os amigos de sua colega de quarto, apenas fechou a porta e vociferou:

— Noceda! - A Blight dá uns tapinhas na maçã do rosto da Latina. Estando vermelha de raiva por terem a acordado "cedo" em um sábado.— Manda esse pessoal ir embora que eu quero dormir.

Luz acorda sonolenta, vendo a esverdeada de cabelos bagunçados acompanhada de uma cara nada contente.

— Esse seu cabelo manchou o box inteiro de verde e nem por isso eu fiquei assim. - Se levantou, escovou os dentes e abriu a porta para recepcionar seus amigos do lado de fora. — Mulher complicada... - Resmungou, fechando a porta.

— Bom dia Luz! - Os amigos exclamaram ao mesmo tempo, lhe dando um abraço.

— Tá esperando o que? Hoje é dia de sair. Marcamos de conhecer a cidade, lembra?- Willow lembrou.

A Latina concordou com a cabeça mesmo que não tivesse ao menos escutado direito o que a amiga disse.
Estava aérea por conta de seu diálogo com Amity. Soava tão estranho conviver com ela depois de tanto tempo.
Luz não acreditava em carma. Mas depois de ter superado tudo, rever e ter de conviver com sua antiga paixão a faz duvidar disso.

— Luz... Você tá' legal? - Gus questiona preocupado.

— Tô sim, não é nada. Bom, vou tomar um banho. Espero vocês daqui uns trinta minutos na entrada da Hexside?!

[...]

O Sol já se despedia de todos, sumindo no horizonte.

Saindo do Fliperama, Luz e Willow comemoram sua vitória contra Gus. Passaram o dia inteiro indo nos lugares legais da cidade, em lojinhas, comendo sorvete e disputando quem faz mais pontos no Fliperama.

— Gente, o Matt chamou todo mundo da faculdade pra festa na casa dele hoje. - Gus guarda seu celular no bolso da calça.

Matt é popular e cursa engenharia com Gus. Willow estuda agronomia.

— Olha, eu não acho má ideia... - A latina fala cutucando seus piercings na orelha de maneira sugestiva. Queria se divertir depois de ter feito tanta coisa numa semana só.

— Acho que podemos ir. - Willow concorda. — Mas... Nada de arrumar briga, Luz Noceda!

Era como pedir para que acontecesse o impossível.

— Exato, desde o primeiro ano é a mesma coisa. - Gesticulou Gus.

— Mas eu nem... - Luz é interrompida por ele.

— Luz eu tive que entrar no meio da sua briga com o Gabriel cortez e saí com um soco no olho.

Ela sorri com a memória, degustando seu pastel de feira com copo de caldo de cana.
Sua mãe a repreenderia por comer tanta besteira em um só dia, que ainda nem acabou.

— Okok, eu me rendo. Desta vez eu juro que vou tentar ao máximo não me meter em encrenca, eu prometo. - Levantou sua mão livre em rendição, com um "bigode" de caldo de cana em seus lábios.

A verdade é que; mesmo que ela se esforçasse ao máximo, sempre se metia em encrenca. Não fazia por maldade, mas atraía aquilo para si, quase como um imã.
Para a antiga Amity, era um charme.
Talvez fosse um dos motivos para se ter conquistado a Blight mais nova, anos atrás.
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Notas: Demorei um pouco pra postar esse, não me matem.

Me perdoem por qualquer erro ortográfico.
Por favor, não sejam leitores fantasmas. Seu "simples" comentário dará incentivo para que eu possa continuar essa obra.

You again - LumityWhere stories live. Discover now