Capítulo 09

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𝗔𝗱𝗮𝗺 𝗕𝗲𝗿𝗿𝘆𝗰𝗹𝗼𝘁𝗵

Observo Hazel colocar sua mochila nas costas e parar a minha frente

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Observo Hazel colocar sua mochila nas costas e parar a minha frente.

— Como eu preciso ir para faculdade e depois para o trabalho, a Julie vai cuidar de você.

Olho para a garota loira que está de braços cruzados a minha frente me encarando. Pisco algumas vezes e olho para Hazel novamente.

— Você não pode ligar para o Ottis?

— Não, o Ottis está em horário de trabalho e vocês se conhecem só a um dia! — exclama — Já estou indo, não se matem.

Fico calado e observo ela sair de casa batendo a porta. Desvio meu olhar para Julie e ela me observa calada, a garota suspira e se levanta.

— Quer almoçar o quê? — pergunta colocando as mãos nos braços.

— Humm... — murmuro pensando em algo que eu gostava de comer — Cordeiro!

— É claro... — ela murmura pegando a sacola do chão e indo em direção a cozinha.

— Você gosta muito de mim, não é?

— Não é isso — responde começando a pegar algumas vasilhas de dentro do armário — É só que isso tudo é muito estranho. Afinal de contas, eu não consigo entender muito bem como você continua vivo.

— Humm... — suspiro e me levanto indo em direção a uma das cadeiras que tem próximo da bancada — Talvez... — murmuro — Não tenha problema em te contar.

— Talvez?

— Foi no meu aniversário de 21 anos — começo — Eu sou o mais novo, tenho é... tinha sete irmãos. Um deles, John, era o mais velho entre os meninos. Ele pediu para dançar com uma garota que supostamente era filha de uma feiticeira.

— E ele matou ela — afirma.

— É o que dizem — respondo — O que aconteceu naquela noite, naquele quarto... foi estranho. O John não bebia e nem saia com mulheres, então... ficamos em choque quando aquilo aconteceu. — bato meu dedo em cima do balcão enquanto observo ela usar um cutelo para cortar a carne. — A mãe dela jogou uma praga em mim — conto — Eu passei dias queimando em febre e vomitando um líquido escuro.

— Eca... — Julie faz uma careta.

Eu ri levemente e ela sorriu de lado.

— Mas teve um dia que eu não conseguia mais abrir os olhos — falo encarando o balcão — Eu não conseguia falar, não conseguia me mover. Foi horrível. Eu só conseguia dormir, porque era a única coisa que eu poderia fazer.

— E seus irmãos?

Dou de ombros sem dar muitos detalhes.

— Então você é uma espécie de Bela Adormecida — ela fala em um tom de provocação.

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