Chapitre Seize:

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H.J.P :

- O que está fazendo? - A voz do loiro soou como um sussurro nos meus ouvidos.

O olhei nos olhos, sorri minimamente.

Porque eu tinha que ceder a vergonha e evitá-lo por duas semanas? Pensei, novamente quase ri pela minha tolice.

O verde dos meus olhos se mesclavam com o azul das suas íris. Tive certeza que meus olhos brilhavam, como esmeraldas expostas a pequenos raios de sol, a dizer as seguintes palavras que mudariam o rumo da nossa amizade.

Eu só não sabia se seria para melhor ou pior, mentalmente torci pela primeira opção.

- Algo que eu deveria ter feito, a um bom tempo. - Com um movimento decisivo selei nossos lábios.

Senti Draco ofegar contra minha boca demonstrando surpresa. Não me movi, apenas fiquei parado com os lábios colados no dele, os olhos fechados.

Quando pensei que ele se afastaria, senti seu braço envolto da minha cintura, se estreitar em volta do meu corpo puxando-me para si. A palma da sua outra mão, grande e quente, embalou minha nuca, e como magia o Malfoy finalmente moveu seus lábios contra os meus de forma delicada, mas firme.

Não poderia descrever os sentimentos que explodiram dentro de mim e ao redor do meu quarto, com outras palavras se não 'Fogos de artifício'.

Por momento poderiamos esquecer o fato de toda minha família estar no andar de baixo, provavelmente se perguntando o que estamos fazendo. Era como se tudo ao nosso redor não existisse, tivesse simplesmente desaparecido.

Fiquei nas pontas dos pés abraçando seu pescoço com ambos os braços, suspirei baixinho contra sua boca ao sentir os dedos do loiro apertarem a pele coberta da minha cintura, puxando-me para perto, quase como se não aguenta-se a pouco distância - Agora inexistente. - dos nossos corpos.

Movi a cabeça para o lado dando um ângulo melhor a lingua do Malfoy, que invadiu minha boca, com uma simples pressão no meu lábio inferior usando a ponta da língua. Minhas pernas bambearam, com a sensação quente e reconfortante da sua língua vasculhando minha boca, quase como uma velha conhecida.

Sentindo minha oscilação, Draco andou alguns passos pra frente com os lábios ainda colados no meus e recostou meu corpo na parede mais próxima, pressionando seu peito levemente curvado, na minha estrutura corporal, que era definitivamente menor que a sua.

Apesar da minha pessoa ter começado o beijo, senti pouco a pouco, Draco tomar contra da situação, quando ergui minimamente o pescoço, cobrindo timidamente sua língua com a minha.

Deslizei meus dedos sua nuca puxando os fios curtos do seu cabelo loiro, que encostava no colarinho da sua camisa social azul clara, a mão de Draco, que estava na minha nuca, deslizou suavemente pelo meu corpo, pousando no meu quadril, fazendo um suave carinho na minha pele com o polegar.

Eu nunca tinha sido beijado assim antes, nunca achei que apenas um beijo, poderia fazer com que eu tivesse a sensação de viver, morrer, voar, cair, e viver novamente apenas para que, todas essas emoções, me afogassem continuamente no oceano da meu próprio sentimento.

Ao mesmo tempo que me beijava, Draco parecia se alimentar da minha alma, apenas para depois devolvê-la com um pequeno movimento de lábios e língua.

Não sei quando tempo, aquele beijo durou, junto com a sensação de borboletas no estômago. Só sei que infelizmente, a falta ar chegou, fazendo com que o loiro afastasse sua boca da minha, afim de permitir que ambas as nossas respirações ofegantes soassem pelo meu quarto, até então silencioso.

Petit Rayon de Soleil  - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora