Boku no Hero Academia: Uma Nova Versão

Capítulo 23 - Extras

Pov: Todoroki

All Might levara Midoriya mais uma vez. Ela jurou para mim que não era filha dele, mas era difícil não pensar que não era.

– Nós temos tarefa de inglês? – perguntei, eu realmente não lembrava.

– Não temos. – Uraraka respondeu com uma cara indecifrável.

O grupo ficou em silêncio, o que falaríamos? Cada um devia ter sua suposição sobre o relacionamento dos dois, mas ninguém sabia ao certo. Alguns professores deveriam ter seus favoritos e eu acreditaria nela.

– Acabei de me lembrar, mas ganhei 4 ingressos para o parque de diversões do Native. Neste sábado. Midoriya disse que não poderá ir, então podíamos ir nós quatro – disse Iida. Native era aquele super herói que salvamos do Stain.

– Desculpe, Iida, já marquei outro compromisso com as meninas – respondeu Uraraka.

– Também tenho outro compromisso. Irei visitar minha mãe – respondi.

– Estou livre. – Tokoyami ergueu os ombros.

– Pelo menos um! Precisamos encontrar outras duas pessoas.

Tokoyami e Iida combinaram de ir procurar outras duas pessoas na sala que poderiam e eu continuei o caminho em silêncio com Uraraka, era a primeira vez que ficávamos sozinhos.

– Você vai chamar sua mãe para vir na segunda?

– Acho que ela não pode sair do hospital – respondi.

– Ah, desculpe pela pergunta.

– Não tem problema. – E não tinha mesmo, nenhum dos meus amigos era obrigado a saber de coisas que eu não dizia.

– Todoroki, por acaso no sábado você vai se encontrar com a Midoriya? – perguntou Uraraka, ela olhava fixamente para os sapatos.

– Não, pois deveria?

– Ela me disse que vai em um encontro, mas não me falou com quem é. Fiquei-me perguntando quem poderia ser.

– Não sou eu – respondi. Midoriya em um encontro? Por que aquelas palavras juntas me deixaram... incomodado? – Será que não é o... Bakugou? – minha voz saíra um pouco tremida ao pronunciar o nome dele, não era aquilo, não é? Ela não se rebaixaria a sair com ele. Eu e Uraraka nos encaramos por breves segundos e começamos a rir juntos.

– Com certeza não é ele – respondeu ela.

– Claro que não.

Ficamos num silêncio desconfortável, e se fosse?

Nos despedimos com breves cumprimentos sem dizer mais nada sobre o assunto.

***

Quando cumprimentei a balconista do hospital ela ficara surpresa. Não a culpava, eu também estava surpreso de ter ido ali. Geralmente estava a visitando apenas de final de semana, porém meus pés se moveram quase que sozinhos, queria vê-la.

Bati na porta dela com calma, porém minhas mãos ainda teimavam de tremer toda vez que ia até ali. Minha mãe abriu a porta e surpresa invadiu seu rosto, seguindo por um sorriso afetuoso.