𝐃𝐀𝐑𝐊 ||
O ano de 1983 em Hawkins havia terminado, o terror e o pesadelo que os cidadãos passaram havia terminado, era isso que todos achavam, mas será mesmo que tudo havia acabado?
Novos moradores chegam à cidade, Jessie Fallon é uma delas junt...
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"Você perdeu, Jessie..."
JESSIE FALLON
Meses se passaram, muita coisa mudou desde o ano passado. Um novo "recomeço" em nossas vidas.
Os pesadelos não apareciam com tanta frequência agora, como se tivesse cessado completamente — e eu agradeço por isso —.
O ano passado inteiro foi difícil para todos em Hawkins; Eu fingi estar tudo bem para todo mundo, não queria que fosse mais um problema nas costas dos que estão ao meu redor.
Acho que se eu não tivesse Becky, Steve, Claire e os outros próximos que eu amo — que também faria tudo por eles —, acho que não estaria mais aqui.
Muitos pensamentos ruins vieram à minha cabeça no decorrer do ano, eu estava tão mal e sozinha que pensei em várias coisas que me afetariam.
Eu sabia o que fazer para que essa dor parasse, mas eu abandonaria todos que amo e a dor que sinto passaria para eles.
Ouvi batidas na porta, o que me fizeram sair de meus próprios pensamentos.
— Querida, já está na hora. — papai disse, então terminei de calçar meu par de tênis e abri a porta o vendo com um sorriso estampado em seu rosto. — Aqui.
Ele me entregou uma torrada e uma xícara com café até a metade, eu agradeci gentilmente e vi ele sair dali.
Becky estava tão quieta esses dias, a morte de mamãe a destruiu, nos destruiu, ela não falava mais comigo como antes e até havia se afastado de seus amigos.
Steve, Claire e Robin tentavam alegrar a mesma, mas ela sempre ia para o quarto ou respondia algo e ficava em silêncio depois.
Eu me preocupo com Becky e quero que ela fique bem, mas eu não conseguia fazer nada, nem papai conseguia.
Depois que terminei de me alimentar, fui até o banheiro e escovei os dentes logo arrumando a mochila em meus ombros e descendo as escadas em seguida.
Observei Becky parada ao lado da porta de braços cruzados.
— Bom dia. — abri um sorriso e ela retribuiu com um meio sorriso.
— Oi. — ela respondeu quase em um sussurro, então se virou para a porta abrindo a mesma e saindo, depois foi em direção ao carro.
Olhei para papai que nos encarava, ele suspirou — parecia chateado consigo mesmo, ele estava tentando mas não conseguia a ajudar —, o abracei e depois fui em direção ao carro que estava do lado de fora.
