Parceria para todas as horas

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Lena correu atrás de Kara, que parecia não cansar nunca de correr. Podia não ter super velocidade, mas devido ao corpo malhado, musculoso e bem forte, tinha muita energia para correr por muito tempo. Mas sua parceira também não se cansava facilmente e não iria desistir. Continuaram correndo até que foram parar no meio da floresta e perceberam que se continuassem indo longe, poderiam se perder.

-Bom... Aqui você não é a Supergirl que pode sair voando. Se a gente se perder no meio dessa floresta densa, nem sei se seríamos encontradas em algum dia. Agora você vai parar e falar comigo.

-O que você quer que eu fale, Lena? Do nada a minha mãe biológica tá viva? A mesma que me mandou sozinha pra Terra quando eu era um bebê? Que nem me deu o direito de saber da minha natureza kryptoniana, que eu tive que descobrir sozinha? O que espera de mim?

-Olha, eu tenho problemas de família e sou a pior pessoa pra te dar algum tipo de conselho... Mas ela pareceu bem surpresa ao descobrir quem você era. Sem contar que falou que fez isso pra te proteger. Se você tem algum parente que queira te conhecer, eu acho que deveria abraçar isso, pelo menos dar uma chance pra ouvir o que ela tem a dizer. Se ela não te convencer, vai te embora! Mas... Se a explicação realmente tiver sentido... É o caminho pra um novo recomeço. – Lena deu de ombros, sorrindo de maneira envergonhada, enquanto Kara a encarava sem nem piscar. Quando ela finalizou, sentiu-se abraçada com desespero.

-Lena, eu sinto tanto...

-Sente pelo que? – elas se soltaram.

-Provavelmente você não vai querer falar disso, mas... Eu meio que imagino o quanto você queria ter uma família presente na sua vida. Você foi arrancada da sua mãe cedo demais e teve que conviver com aqueles doentes... Psicopatas e narcisistas. Ninguém te amou.

-É mais ou menos por aí. Eu te amo Kara, mas quero te socar por ter uma mãe e rejeitar MAIS UMA! Quando eu praticamente não tive nenhuma. – ela deu um sorriso triste.

-Ah Lena, vem aqui. – novamente se abraçaram bem apertado. Os braços de Kara causavam intensos arrepios por todo o corpo da morena, que apertava seu corpo contra o dela o máximo que conseguia. Fechava seus olhos e se deixava levar por aquela sensação de proteção misturada com adrenalina, pois a paixão por ela nunca deixou de arder em seu coração. Ter seu corpo todo entregue nos fortes braços da super garota era desconcertante. Mesmo contra sua vontade, se soltou do abraço e encostaram as testas. – Eu prometo que vou fazer você se sentir amada sempre. E parte de uma família.

-Você sempre foi boa nisso. Quando a gente era adolescente... E a Lilian não fazia nem ideia de que você era kryptoniana. E nem nós mesmas. Pelo menos graças a isso a gente pôde se conhecer e ter um bom tempo juntas.

-E nos reencontrarmos agora. Me diz... Por que você ficou no distrito? Você conseguia fugir de todas as prisões, menos da minha.

-E quem disse que eu queria fugir de você? Eu queria ter a chance... De fazer isso de novo. – Lena sem deixar Kara raciocinar muito, avançou contra seu rosto e deu um leve beijo em sua boca, selando seus lábios com paixão. Por algum tempo, ela se entregou, mas logo deu um passo pra trás, afastando o beijo. – Desculpa Kara, eu não sei o que foi isso... A gente entrou numa conversa meio íntima e... Aconteceu, me desculpa.

-Tá tudo bem. Tá tudo bem. Não precisamos falar sobre isso. Somos amigas, Lena. Nada vai mudar isso. Vamos esquecer isso e... – ela suspirou. – Vamos lá tentar a chance com a minha mãe, né?

-É! É uma boa ideia. Vamos lá, as pessoas devem estar preocupadas. Vem, vai dar certo, vou estar do seu lado. – Lena ficou muito envergonhada com toda aquela confusão e fez o máximo para disfarçar e esquecer o ocorrido. Mas amou a sensação de poder beijá-la, mesmo que suavemente. Ainda assim, Kara a puxou e foram de mãos dadas até a área da rainha de novo.

-Filha! Você voltou... Eu queria ir atrás de você, mas a Sara não deixou, disse que era melhor vocês duas se entenderem... Então quis te dar espaço. Eu queria que... Me desse uma chance de te explicar.

-Eu tirei um tempo pra pensar e conversar com a Lena e graças à ela, resolvi dar uma chance pra você se explicar. Então é bom me convencer.

-Tudo bem garotas? – Sara perguntou. – Acho que esse assunto é mais familiar. Eu preciso voltar pra Ava, mas serei a ponte entre vocês e a Terra. Mais tarde chamo para falarem com a Alex.

-Tudo bem Sara. Pode voltar, manda um abraço pra Alex. – Kara a abraçou. – Muito obrigada por tudo e toma cuidado.

-Pode deixar. Até mais. – ela voltou para a Waverider e partiu. Sam suspirou e cutucou Andrea.

-Ei piromaníaca, o que acha de eu te mostrar um pouco do nosso planeta? Enquanto elas conversam...

-Tá bom, viciada em água. – Andrea não gostou muito, mas deu de ombros e a seguiu para longe.

-Então, eu vou achar algum lugar pra ficar enquanto vocês conversam. – Lena foi dando passos lentos para trás, mas foi impedida de continuar.

-Lena, você fica. – Kara afirmou. – Pode contar o que tiver que contar na frente dela. Somos família. – Lena ficou muito feliz ao ouvir isso e não escondeu o sorriso para a parceira.

I'll be watching you (Supercorp)Where stories live. Discover now