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Ele fica mais forte nas próximas semanas. Seu estômago está quase curado agora – não há mais necessidade de ervas. Em breve, ele também não precisará enfaixá-lo. É quase tecido cicatricial agora, feio e irregular, mas inteiro.

É a perna dele que é o problema.

— Quando posso tentar me levantar? — ele pergunta a Doutora Lan quando ela vem verificar seu progresso.

Ela franze a testa, então passa a mão para cima e para baixo na perna dele.

— Eu diria, em breve. Vou lhe trazer duas muletas. Você terá que manter seu peso fora da perna, mas você pode ser capaz de se mover. Mas... — E aqui, ela o perfura com seu olhar intenso. — Você não pode colocar peso nisso. Ainda não. Está entendido?

— Sim, doutora. — Ele concordaria com qualquer coisa. A ideia de ser capaz de se movimentar envia uma emoção alegre através dele. Para não estar mais preso a esta cama, para permitir que seus músculos trabalhem – oh, ele não pode esperar. — Quando você vai trazer as muletas ? Hoje?

Ela o olha com certa desconfiança.

— Amanhã. Vou ter uma conversa com Hanguang-jun sobre isso primeiro.

Wei Wuxian faz beicinho.

— Você não acha que eu posso fazer isso antes de amanhã? Já faz semanas.

Ela suaviza.

— Eu entendo que você esteja inquieto. Mas acredite em mim, você pode esperar até amanhã.

Ele suspira.

— Tudo bem. Amanhã, então.

Ela é tão boa quanto sua palavra. No meio da manhã, ela chega com duas longas muletas de madeira e Lan Zhan a tiracolo.

— Aqui estamos. — diz ela. — Agora, deixe-me mostrar-lhe como usá-los.

Tirar ele da cama é um procedimento completo – ele pode ver por que ela precisava de Lan Zhan para isso. Ele tem que ser alavancado para o lado, Lan Zhan o levanta sob os braços e, em seguida, a médica enfia as muletas lá para que Wei Wuxian possa se apoiar nelas. Os topos deles são planos, fáceis de descansar e têm alças até a metade para segurar. Estar de pé é uma viagem e meia - ele não tem essa altura há semanas. Ele se sente quase tonto com isso, e por um momento, ele balança, as mãos de Lan Zhan o agarrando pelo meio.

— Estou bem! — ele diz, e ele está. Ele está de pé. — Porra, isso é bom. Perdoe-me, doutora.

— Não há necessidade. — diz ela com diversão. — Você está indo bem mantendo a perna levantada. Não tente pisar nela.

Wei Wuxian acena com a cabeça.

— Então, como fazemos isso?

Ela diz a ele, então demonstra. Ele tem certeza de que pode se balançar, sem problemas. Mas acaba sendo mais difícil do que parece, e suas axilas doem com a pressão desconhecida da madeira embaixo delas, mas ele faz isso. Ele consegue se mexer.

— Lan Zhan! Lan Zhan, olhe, eu posso andar.

Lan Zhan o observa quase com indulgência.

— Sim eu posso ver isso.

Ele oscila mais uma vez, mas é capaz de se endireitar. Ele nunca amou nada mais do que ama essas muletas neste exato momento. Seu estômago dói, mas ele ignora.

— Doutora, acho que posso sair um pouco? Esqueci como é o sol.

— Só se você estiver acompanhado. Não podemos deixar você cair e quebrar a perna novamente.

Walking back to You • Wangxian ! Onde histórias criam vida. Descubra agora