capítulo 03

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" Ainda vai sorrir quando eu for teu único motivo?
Ainda vai ouvir o que eu digo, mesmo quando eu só quiser falar de amor?
Ainda vai tentar me entender quando eu não fizer mais sentido?
E ficar comigo quando tiver visto o pior lado de quem eu sou? "
( Luiz Lins  - a música mais triste do ano )

" Ainda vai sorrir quando eu for teu único motivo?Ainda vai ouvir o que eu digo, mesmo quando eu só quiser falar de amor?Ainda vai tentar me entender quando eu não fizer mais sentido?E ficar comigo quando tiver visto o pior lado de quem eu sou? " ...

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Essa Maria tá me tirando do sério, não consigo ter paciência, acho que enlouqueçer,  faço um grande favor, uma gentileza e fica brava comigo, e que diabos eu fui fazer na sua casa, não sei que  necessidade tenho em querer ajudar ela.

Há um desespero em mim que me faz querer arrumar algo pra ir até casa dela só com a desculpa pra ir  ver - lá,  não sei ao certo transpor em palavras exatas o que tá acontecendo comigo.

Essa tal de Maria flor me olha de um jeito que pertuba minha alma, é como se eu estivesse muito tempo no escuro e a luz acende forte incomodando a vista, um incômodo diferente, mas é tipo isso.

Os olhos dela tem luz, uma luz que não quero que me clareie, mas ao mesmo tempo que me olha , quando toquei sua mão pra tirar o dedo de mim, me deu vontade de sentir a pele dela, tão branca parecia ser bem macia.

Seu cabelo tão preto, seus lábios tão vermelhos e inchados de quem acabou de acordar, deve ser delicioso o sabor daquela boca.

Parece uma branca de neve…

Que diabos to fazendo, eu to traindo a memória da minha Lucy, não posso fazer isso,  tô enlouquecendo desde do dia que ela chegou não sai da minha cabeça.

Corro para o piano para tentar tirar Maria do meu pensamento, ela me perturba, me estressa.

Ela se tornou meu estresse diário.

Meus dedos sobre as teclas do teclado não conseguem acertar a música, que droga me levanto inquieto, nem me concentrar em meu piano consigo.

Olho para janela e vejo que já é noite, há uma necessidade enorme dentro de mim que me leva até ela, vou arrumar uma desculpa, já sei a lenha, vou levar  lenha.

Estou me sentindo com dezoito anos de novo, que droga.

E algo que me deixou encabulado são os patins, será que são dela? Será que ela patina ou é apenas um hobby, aqueles patins brancos são iguais aos da Lucy que eu nunca fui capaz de jogar fora.

Mas na casa dela não vi nada relacionado sobre, fiquei tão mexido com isso, não posso e nem quero aproximação com nada que tem haver sobre patinação artística, não mesmo.

Me vejo pegando lenha e levando até sua casa, coloco tudo no quintal dela até que ela surge no quintal e sinto minha alma se inquietar com o brilho dos seus olhos negros nessa luz da noite.

Seu olhar está calmo, ela bota as mãos no bolso do casaco e suspira.

Mantenho minha postura séria.

— Você de novo? — seu tom é calmo.

— Sim  —   é tudo que consigo dizer.

— Eu estava indo até sua casa, o que veio fazer aqui? — ela perguntou franzindo o cenho.

— Trouxe mais lenha. — dou de ombros e procuro algo pra fixar meus olhos, não posso olhar pra ela, não consigo, tô ficando pertubado com sua presença.

É como se eu tivesse uma conexão com ela, é estranho.

— Obrigada, eu queria pedir desculpas pela forma que falei com você hoje, não tinha necessidade de agir daquela forma quando sua atitude era nobre.

Crio coragem e olho em seus olhos, Por Deus.

Seus olhos, aqueles par de olhos negros havia uma intensidade neles, os olhos mais lindo que já vi, parece uma menina.

Apenas piscou pra ela, ainda sério e me viro pra ir embora quando escuto ela me chamar.

— Você é tão mal educado, eu te pedi desculpas. — ela indagou confusa.

Vai começar tudo de novo, eu to dizendo, eu vou enlouquecer, a presença dessa mulher é pertubador.

— Quantos anos você tem? — Me vejo perguntar isso a ela, não consigo nem controlar a minha boca, sinto curiosidade de saber sua idade, sei que já é uma mulher, mas é tão jeito de menina.

— É sério isso?  — ela diz incrédula.

—  Sim, é sério. — mantenho minha postura séria e ela me olha como se estivesse tentando me entender.

— 25, e você? — ela debocha.

— 37, as lenhas são suficientes pra você usar a semana toda, tenha uma boa noite.

Dou uma última olhada pra Maria flor que me olha incrédula e sai indo embora pra casa.

Se eu ficasse mais um pouco ali não sei o que aconteceria, Maria me estressa, ela é falante demais, fico doido.

Sacudo a cabeça nervoso com isso, preciso me afastar, se ela precisar de  algo sabe onde me encontrar, não vou fazer  feito adolescente agindo estranhamente com ela.

E não quero nenhuma aproximação com nenhuma mulher, ninguém vai ter o meu coração, só Lucy, mais ninguém.

Por muito tempo, anos não olhava pra mulher nenhuma, não tinha vontade de beijar, de conhecer, de ter relações com nenhuma, a falta da Lucy era tanto que me esfriou completamente, em todos os aspectos, e cá entre nós, perdi até minha intimidade com ele, como todo homen costuma fazer, se masturbar é normal, da natureza nossa,  e muito tempo nem sabia o que era isso.

E desde de manhã ao vê Maria vestida como estava hoje com sua pele branca tão exposta e macia, eu tenho a convicção que seja macia, queria sentir aquela pele nas minhas mãos, seus lábios tão inchados me fez ter pensamentos impuros.

Estou dentro do banheiro, preciso tomar um banho quente para tirar a imagem daqueles lábios de minha mente, mas quando vejo o meu pau está duro feito uma rocha, preciso me masturbar pra aliviar essa tensão, e puta que pariu por muito tempo eu não tinha feito isso, Maria flor é o motivo do meu desequilíbrio.

E me sinto mal por trair a memória de Lucy, é assim que me sinto.

              
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Coração Frio  ( Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora