Depois de seu divórcio um tanto conturbado com a Ayla Ricci, Cabelinho se sente sozinho e meio perdido depois de tudo. Mas isso está prestes a mudar com a entrada de uma nova aluna em sua academia.
Lola Perradi é filha de um militar do exército apo...
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Eu não consigo parar de pensar na Lola, ela é uma pessoa simples e isso me encanta, já faz duas semanas que nos conhecemos.
Consegui seu número de celular e nos falamos todo dia por mensagem e os dias de treino pessoalmente.
Contei a Manu sobre ela e a mesma surtou, disse para apresentá-las logo pois já está curiosa sobre a mulher que está me deixando de quatro de acordo com ela.
Hoje eu iria convidar ela para jantar, no restaurante dos tios. As pizzas de lá são estilo brasileiras e quero saber se ela vai gostar.
E se quiser provar outra comida brasileira lá é o melhor lugar para isso, eles já reservaram a melhor mesa para nós dois.
Me levanto indo em direção a sala de treinamento, agora seria aula para as crianças de cinco a sete anos.
- Boa tarde pestinhas. - sorrio entrando.
- Boa tarde tio. - falam em coro.
- Todos em posição, vamos começar. - digo.
Essas aulas com as crianças são a melhor, eles têm uma energia tão boa que tira todo meu estresse.
Eu amo crianças, não é atoa que sou grudado nos meus sobrinhos. Me sinto bem dando aula para eles, é divertido como eles são cuidadosos uns com os outros mesmo depois de brigar.
Assim que a aula termina vou até o banheiro do meu escritório e tomo um banho. Visto uma calça preta rasgada no joelho e uma blusa preta com um tênis branco.
Finalizo meu cabelo deixando os cachos mais definidos, percebi como a Lola gosta deles.
Qualquer oportunidade ela está passando a mão com todo cuidado e puxando as "molinhas" como a mesma diz.
Me despeço do meu gerente e melhor amigo e saio da academia, entro no meu carro e dirijo até o endereço que a mesma me mandou.
Vinte minutos depois paro em frente a uma mansão muito linda, havia alguns seguranças ali que logo me olharam de cima a baixo.
Um deles vem até aonde eu estou, meio desconfiado.
- Boa noite, vim buscar a Lola. - falo com o segurança.
- Um minuto. - o mesmo responde.
Parece esperar uma confirmação e logo o mesmo abre o portão me dando passagem.
- Me acompanhe. - pede.
Vou andando atrás dele que entra na mansão, passamos por alguns corredores e eu vejo algumas fotos dela criança me fazendo sorrir.
Paramos em frente a uma porta escura, o segurança bate e logo depois me da passagem.
Assim que eu entro percebo ser um escritório, vejo um senhor sentado me analisando.
Pela pose militar esse é o pai dela, o olhar dele é frio e mesmo morrendo de medo não demonstro nada.
Não julguem, o cara é militar e eu sou brasileiro. Apesar de morar aqui a alguns anos o Brasil não vai sair de mim nunca.
Acho que se ele levantar eu coloco a mão na cabeça e abro as perna encostado na parede. Sou morador senhor.
- Boa noite senhor Perradi. - ofereço a mão a qual ele aperta quase quebrando meus dedos.
- Então você é o treinador? Daniel estou certo? - pergunta.
- Sim senhor. Prazer conhecê-lo, Lola fala muito do senhor. - sorrio ao lembrar de como os olhos dela brilham ao falar dele.
- Eu iria perguntar qual é sua intenção com ela, mas pela cara de besta que fez já tenho minha resposta. - fala.
- Vim buscá-la para jantar. - digo.
- Ela já deve estar terminando de se arrumar. - explica. - Bom, vou ser direto com você rapaz. Se fizer algo com a minha filha eu mato você, sem pensar duas vezes entendeu?
- Não pretendo magoar a sua filha e eu nunca machucaria ela. Nos conhecemos a pouco tempo e estamos apenas conhecendo um ao outro, não quero apressar nada. - falo.
- Você me parece um boa pessoa, óbviamente que mandei investigarem você. E sei que se divorciou pouco tempo depois de casar, isso me deixou intrigado. - fala.
- Tivemos alguns problemas com ciúmes. Ela era uma pessoa muito possessiva e depois que casamos pareceu piorar ainda mais, eram muitas brigas por coisas que nem mesmo existiam. O senhor é experiente sabe como isso pode ser desgastante. - explico.
- Você ainda ama sua esposa? - pergunta sério.
- Não, não mais. Sinto carinho por tudo o que a gente viveu sabe? Mas o sentimento foi morrendo aos poucos, eu sofri bastante com isso. Lutei com tudo de mim para dar certo, mas infelizmente não deu. - respiro fundo.
- Como eu disse, você parece um garoto legal e foi sincero. Vou te dar um voto de confiança, não faça eu me arrepender disso. - apenas assinto.
Ele iria falar algo mas foi interrompido com a porta abrindo, Lola passa com uma cara brava que a deixava ainda mais bonita.
- Papai! O senhor prometeu não se meter. - Ela suspira.
- Eu só queria garantir a sua segurança. - ele bufa como uma criança que foi repreendida.
- Nós estamos nos conhecendo, somos apenas amigos. - Ela revira os olhos.
- Relaxa preta, ele só quer proteger você. Não me importo de responder as perguntas que ele tem. - apoio minha mão em suas costas sentindo ela relaxar.
- Converso com você mais tarde senhor. - aponta para o pai que a olha inocentemente. - Vamos, estou com fome.