11 Capítulo

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Olho para o lado de fora pela janela da cozinha vendo a chuva cair fortemente. Ela veio em péssima hora. Chuva não é nada bom quando você quer muito dormi e não trabalhar. Chove muito em Munique o que me faz lembrar da minha cidade natal, Lubeck, aquela cidadezinha está sempre muito frio e com o tempo chuvoso.

Suspiro terminando meus afazeres por aqui na cozinha.

Já está tarde e como sempre sou a última a sair. Pego um bolinho sem culpa por engordar e como com gosto, saboreando o bolinho de Baunilha com pedacinhos de chocolate que Margot fez. Peguei os que sobraram.

Estou olhando para o lado de fora comendo meu segundo bolinho, minha paz é interrompida quando uma voz familiar e nojenta é sussurrada no meu ouvido e suas mãos posicionada bem na minha bunda.

Franzo o cenho me virando para Ralf, que olha para minha boca e desce para meus peitos.

- Me solta. - Esbravejo me afastando dele.

Um sorriso malicioso é direcionado a mim.

- O que foi? Não quer trepa comigo? - Pergunta num tom que me da ânsia de vomito.

- Você é louco por imaginar que eu iria pra cama com você, e Sophia é uma idiota e cega por confiar em um cara tão nojento.

Dou um gritinho de susto quando ele se aproxima de mim tampando minha boca com uma das mãos e a outra nos meus pulsos, me encarando com fúria.

- É melhor você ficar quietinha e ser legal comigo garota, caso contrario eu meto meu pau em você sem a sua autorização e te jogo na rua. - Sussurra no meu ouvido.

A raiva em minha é tanta que dou com toda a minha força um chute no meio das suas pernas, fazendo Ralf gemer alto indo para trás com as mãos entre as pernas.

- Da próxima vez que encosta em mim, eu te mato. - Esbravejo com um facão que peguei as presas dentro do armário atrás de mim.

Ele rir me olhando e da menção de se aproxima, mas é interrompido por Guzmán que entra na cozinha franzido o cenho ao olhar para a faca em minhas mãos.

- O que está acontecendo aqui? - Pergunta pausadamente esperado que eu responda.

Seu olhar é voltado totalmente a mim. Engulo seco e abro a boca para dizer, mas o filho da puta é mais rápido.

- Nada cunhado, só vim pega esses bolinho e encontrei com ela amolando a faca... se bem que já está tarde não é mesmo menina? Deveria ir dormi. - Diz me encarando atrás de Guzmán que não ver o olhar cheio de malicia e maldade que Ralf me lança.

- É isso mesmo Angeline? - Sua pergunta é como um sinal de que eu posso confiar nele, seu olhar não é duro como das outras vezes e sua voz é mansa.

Me sinto mais aliviada por seu comportamento.

- É sim. - Digo baixo deixando a faca em cima da bancada e saindo da cozinha sem dar mais explicações.

Se eu disser a verdade ninguém vai acreditar mesmo.

Paro de mexer na colher pensando na noite de ontem, aquilo está me atormentando. Eu deveria ser sincera com Sophia, mas ela não acreditaria em mim e eu perderia meu emprego por nada. Mulher corna nunca acredita em nada, então nem vale a pena dizer nada, até porque todas as cornas bem lá no fundo sabe do que seus maridos são capazes e mesmo assim continuam agarradas a eles. Patético.

Bufo irritada e xingo baixo por ter concluído que coloquei pimenta demais na sopa.

- Parece que hoje você está em outro mundo. - Diz a madrinha com um sorriso meigo.

Um pedaço do seu coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora