IVY CARTER
Estou arrumando minhas coisas para ir embora, hoje aqui na empresa até que foi calmo, Silvie foi para casa muito cedo e sem o irmão, talvez a briga deles deve ter sido bem séria mesmo. Pego minha bolsa e saio com Mei até o elevador, ela parece estar nervosa já que está mexendo em seus pés sem parar.
— O que foi? — pergunto à japonesa que já começava a roer as unhas. — Mei, tudo bem? — toco seu ombro.
— Tudo bem, sim... — ela olha para mim e sorri nervosa. — Humm... A Sonya foi para casa primeiro, ela disse que tinha assuntos a tratar! — diz
— Ah! Tudo bem. — Olho para ela desconfiada. — Você quer passar em algum lugar antes de ir para casa? — pergunto. — Um restaurante talvez, já que não jantamos, é uma boa hora. — Olho para meu relógio e sorrio.
— Não, muito obrigada, Ivy. — diz e sai do elevador apressadamente. Tento acompanhar seus passos até fora da empresa. — Obrigada pelo convite e até amanhã, querida! — beija meu rosto e sai andando pela rua iluminada. É muito estranho esse comportamento da Mei. Ela nunca é assim, deve estar me escondendo alguma coisa. Suspiro passando minha mão pela testa e olho para o céu; está tão lindo, cheio de estrelas. Estou tão distraída que não sinto mãos agarrando minha cintura. Solto um grito me virando para trás e vejo quem é.
— Mas... — digo olhando para Ares que sorria. — Por que fez isso? Você me assustou, sabia? — bato em seu ombro e ele ri alto. Cruzo os braços, chateada. Ele para de rir e me olha. Seus olhos azuis me deixam hipnotizada, são tão lindos e frios. Gostaria de saber o que causou essa frieza toda neles. Ares passa a mão no meu rosto, guardando a mecha atrás da minha orelha.
— Vamos! — diz pegando no meu braço. Não digo nada, não questiono. Onde ele for me levar, eu vou. Caminhamos alguns minutos até encontrar o seu carro. Ele abre a porta para mim e entro, coloco o cinto de segurança esperando ele fazer o mesmo e ligar o veículo.
— Confia em mim, Ivy? — pergunta. Sua voz está tão rouca, isso me deixa desconcentrada por alguns segundos, mas volto à realidade. — Ivy? — me chama.
— Confio em você! — digo sem hesitar, confio nele sim. Ele sorri e liga o carro. Não sei onde está me levando, mas qualquer lugar que ele for me levar, eu vou.
***
Chegamos a um lugar que eu não conheço. Ares me pede que eu vendasse meus olhos e o esperasse.
— Ares? — chamo. — Você está aí?
— Estou, sim... — consigo ouvir sua voz, está à minha esquerda. — Calma, já pego você. — diz e fico quieta. Depois de alguns segundos, passos se aproximam de mim. Ares toca meu braço delicadamente e me puxa com cuidado. Estou sentindo frio, minha pele se arrepia. — Está tudo bem. — Ele sussurra próximo à minha orelha, seu hálito quente me deixa mais arrepiada.
Ares, com cuidado, tira a venda dos meus olhos. Pisquei por alguns segundos, passando minhas mãos neles, tentando enxergar melhor.
— Vire-se! — diz e assim o faço. Arregalo os olhos ao ver algo tão lindo. Estávamos numa colina onde podíamos ver a cidade iluminada de longe, estávamos tão longe. Olho para a mesa posta ao redor. Tinha pisca-piscas desde as cadeiras até o chão.
Tudo está tão lindo.
Ares tem um lindo sorriso no rosto, um sorriso sincero.
— É.... é lindo! — digo encarando seus olhos que brilhavam. É um brilho tão estranho, mas tão lindo. — Eu adorei!
— Que bom, querida! — se aproxima de mim, suas mãos vão directo para minha cintura e apertam suavemente. Tento não soltar um suspiro, ele parece gostar disso. — Vamos jantar, pequena!
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𝑶 𝑪𝑶𝑵𝑻𝑹𝑨𝑻𝑶
RomanceIvy Carter mulher de vinte e dois anos. Ela trabalha em uma empresa famosa na cidade de New York. Ivy com seus quinze anos descobriu que sofre de galactorreia,uma doença que faz mulheres sem filhos produzirem leite. Ares um gângster! Possui trinta e...