34-Capítulo

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IVY CARTER

Estou arrumando minhas coisas para ir embora, hoje aqui na empresa até que foi calmo, Silvie foi para casa muito cedo e sem o irmão, talvez a briga deles deve ter sido bem séria mesmo. Pego minha bolsa e saio com Mei até o elevador, ela parece estar nervosa já que está mexendo em seus pés sem parar.

— O que foi? — pergunto à japonesa que já começava a roer as unhas. — Mei, tudo bem? — toco seu ombro.

— Tudo bem, sim... — ela olha para mim e sorri nervosa. — Humm... A Sonya foi para casa primeiro, ela disse que tinha assuntos a tratar! — diz

— Ah! Tudo bem. — Olho para ela desconfiada. — Você quer passar em algum lugar antes de ir para casa? — pergunto. — Um restaurante talvez, já que não jantamos, é uma boa hora. — Olho para meu relógio e sorrio.

— Não, muito obrigada, Ivy. — diz e sai do elevador apressadamente. Tento acompanhar seus passos até fora da empresa. — Obrigada pelo convite e até amanhã, querida! — beija meu rosto e sai andando pela rua iluminada. É muito estranho esse comportamento da Mei. Ela nunca é assim, deve estar me escondendo alguma coisa. Suspiro passando minha mão pela testa e olho para o céu; está tão lindo, cheio de estrelas. Estou tão distraída que não sinto mãos agarrando minha cintura. Solto um grito me virando para trás e vejo quem é.

— Mas... — digo olhando para Ares que sorria. — Por que fez isso? Você me assustou, sabia? — bato em seu ombro e ele ri alto. Cruzo os braços, chateada. Ele para de rir e me olha. Seus olhos azuis me deixam hipnotizada, são tão lindos e frios. Gostaria de saber o que causou essa frieza toda neles. Ares passa a mão no meu rosto, guardando a mecha atrás da minha orelha.

— Vamos! — diz pegando no meu braço. Não digo nada, não questiono. Onde ele for me levar, eu vou. Caminhamos alguns minutos até encontrar o seu carro. Ele abre a porta para mim e entro, coloco o cinto de segurança esperando ele fazer o mesmo e ligar o veículo.

— Confia em mim, Ivy? — pergunta. Sua voz está tão rouca, isso me deixa desconcentrada por alguns segundos, mas volto à realidade. — Ivy? — me chama.

— Confio em você! — digo sem hesitar, confio nele sim. Ele sorri e liga o carro. Não sei onde está me levando, mas qualquer lugar que ele for me levar, eu vou.

***

Chegamos a um lugar que eu não conheço. Ares me pede que eu vendasse meus olhos e o esperasse.

— Ares? — chamo. — Você está aí?

— Estou, sim... — consigo ouvir sua voz, está à minha esquerda. — Calma, já pego você. — diz e fico quieta. Depois de alguns segundos, passos se aproximam de mim. Ares toca meu braço delicadamente e me puxa com cuidado. Estou sentindo frio, minha pele se arrepia. — Está tudo bem. — Ele sussurra próximo à minha orelha, seu hálito quente me deixa mais arrepiada.

Ares, com cuidado, tira a venda dos meus olhos. Pisquei por alguns segundos, passando minhas mãos neles, tentando enxergar melhor.

— Vire-se! — diz e assim o faço. Arregalo os olhos ao ver algo tão lindo. Estávamos numa colina onde podíamos ver a cidade iluminada de longe, estávamos tão longe. Olho para a mesa posta ao redor. Tinha pisca-piscas desde as cadeiras até o chão.

Tudo está tão lindo.

Ares tem um lindo sorriso no rosto, um sorriso sincero.

— É.... é lindo! — digo encarando seus olhos que brilhavam. É um brilho tão estranho, mas tão lindo. — Eu adorei!

— Que bom, querida! — se aproxima de mim, suas mãos vão directo para minha cintura e apertam suavemente. Tento não soltar um suspiro, ele parece gostar disso. — Vamos jantar, pequena!

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