Capítulo 4. All my friends say you're dangerous, but I don't fucking care

620 85 44
                                    


Durante a madrugada, Kinn se sente agitado demais para conseguir relaxar e dormir. Mexendo no celular, conversou com o primo, discutiu toda a situação que aconteceu e pensou em como poderia ajudar Porsche.

Ele tinha noção de que não bastava ele pensar em soluções. Porsche precisa querer resolver a situação com o namorado, e precisa apenas de apoio, e não de alguém que o induza a fazer qualquer coisa.

Desde que Porsche entrou em seu carro, o mais velho tentou ao máximo fazer ele se sentir no controle da situação. Ele queria passar segurança e fazer com que o outro confiasse em seus cuidados. Sem nem pensar no que fariam no dia seguinte, tudo o que importava para Kinn era que ele ficasse bem essa noite.

Enquanto o dia amanhecia, a porta aberta de seu quarto permitia a entrada da luz vinda do corredor.

O apartamento, com tantas paredes de vidro, tinha muita iluminação natural. Kinn normalmente não percebia isso, pois sempre dormia com a porta de seu quarto fechada. Mas, nessa noite, a deixou aberta para o caso de Porsche precisar dele.

Quando sentiu sede - logo após o amanhecer -, ele se levantou e foi em direção à cozinha. Ao passar pelo quarto em que Porsche dormia, ele olhou pela abertura da porta se o outro ainda dormia.

Porsche estava deitado, tranquilo e com o rosto virado para a porta. Dava para perceber o machucado em seu lindo rosto, e isso fez o coração de Kinn apertar. Ele queria que isso nunca tivesse acontecido com o outro homem.

Se afastando do quarto de visitas, Kinn voltou para o seu próprio quarto e colocou o celular para carregar ao lado da cama. Quando se deitou novamente, o cansaço finalmente o dominou e ele dormiu.

O som do celular tocando pareceu ser apenas segundos após fechar os olhos, mas a tela do aparelho indica que ele dormiu por cerca de 5 horas. Já é meio dia. E ele precisa levantar da cama e agilizar as coisas para o dia.

Por sorte, é sábado e não há nenhum compromisso programado. Ele teria que ir num jantar na casa dos pais, mas avisa seu pai que talvez não consiga estar presente hoje. Sua prioridade é outra, e ele não quer ter pressa para ajudar Porsche.

O despertador do celular, por um acaso, havia sido programado semanas antes. Ele sabia que aos sábados costumava dormir até não aguentar mais, e nem sempre isso era algo bom. Então, para manter uma rotina mais saudável e organizar sua rotina de sono, todos os sábados ele era acordado com seu despertador ao meio dia.

Com o celular na mão, ele vai em direção ao banheiro de seu quarto e envia mensagens para Vegas, questionando se ele e Pete estão bem e se podem ir para o seu apartamento.

Quando sai do quarto, já com uma resposta de Vegas informando que iriam assim que terminarem de almoçar, Kinn confere se Porsche ainda está dormindo.

Ele está, dessa vez, virado de costas para a porta do quarto, mas continua debaixo das cobertas, todo encolhido.

Kinn fecha um pouco a porta para bloquear mais a luz que entra no cômodo, e também para que o mais novo não acorde quando Vegas e Pete chegarem.

Na cozinha, ele prepara algo para que ele e Porsche almocem. Kinn sempre gostou de cozinhar e é muito bom em preparar qualquer tipo de prato, até mesmo os mais elaborados. Cozinhar, para ele, é algo que o acalma e deve ser feito para colocar os pensamentos em ordem.

Kinn sempre gostou de receber os amigos ou familiares em seu apartamento e preparar um jantar especial para eles. Afinal, essa é sua forma de demonstrar carinho por aqueles que de quem ele é próximo.

Sempre planejou algo assim envolvendo também os amigos de Pete, com quem eles se encontravam em bares e festas. Mas nunca surgiu a oportunidade e ele não sabia se Porsche participaria.

Queen of the night || KinnporscheOnde histórias criam vida. Descubra agora