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Enquanto dirigia, Juan-Mao cantarolava alegremente pelas ruas desertas na saída da cidade. Tamborilando os dedos no volante de acordo com a batida da música, o homem movimentava vez ou outra seu corpo que parecia explodir de felicidade. Ele não tinha como não estar feliz.

"Havia matado Xiao Zhan."

Só em pensar no que havia feito, Juan já imaginava o quão agradecido Zhen ficaria e o reivindicaria para vice-líder da organização, tudo bem que ele já era o braço direito, mas ele queria mais, muito mais. E nada melhor que o chefe depois do chefão. Isso sim, seria uma recompensa de milhões.

Juan não pensava apenas em Zhen, ele pensava em sua amada, Daiyu. Aquela mulher de longos cabelos escuros o deixava completamente louco e sim, ele estava apaixonado por aquela deusa.

Virando a direita e seguindo em linha reta, o homem avistou um pequeno trailer, lugar onde ele costumava passar para "descansar". Juan gostava do luxo que expandia, mas ele precisava de privacidade pois ele tinha planos ambiciosos com a mulher que tomava conta de seus pensamentos dia e noite.

Estacionando o carro, Juan pegou uma bolsa com uma quantia boa de dinheiro e seguiu em direção ao trailer. O dia já estava quase amanhecendo e ele pretendia passar com Daiyu, havia mandado uma mensagem para a mulher que avisou estar no avião a duas horas atrás, alegando passar antes em uma floricultura e ir ao cemitério deixá-las para Xiao, para logo em seguida se jogar em seus braços como a algumas semanas não fazia.

Ao entrar, Juan tirou a roupa e começou a preparar um café especial. Tirou um champanhe e o colocou no gelo.

"Aquele dia, merecia uma comemoração a dois. Seria inesquecível."

(...)

Estacionando em frente ao cemitério, Daiyu colocou uma perna para fora exibindo um de seus melhores e mais caros saltos. A mulher não media esforços e luxava com vontade, afinal, além de ter riqueza o bastante, ainda era casada com o líder.

Pegando um buquê de flores brancas, a mulher dirigiu-se para a entrada do cemitério calmamente. Algumas pessoas estavam no local e saiam aos poucos, provavelmente já tinham visitado seus parentes.

Mudando sua expressão para uma chorosa, a mulher tirou os óculos escuros e seguiu em frente ao ver a lápide com o nome Xiao zhan em letras grandes nela. Ao olhar para baixo, Daiyu começou a andar rapidamente, tinha algo errado e quando se aproximou, viu que a cova estava vazia.

- Maldito. - gritou jogando as flores no chão com força.

Furiosa a mulher ligou para o amante e quando o mesmo atendeu ela revirou os olhos ao ouvir a voz "melosa" vindo do homem.

"- Oi amor.

- Não venha com "oi amor". - proferiu em tom raivoso. - Você disse que Xiao zhan estava morto.

- E ele está. - falou obviamente.

- Sério? Ah, não me diga. Então porque eu estou aqui em frente a cripta e a cova está vazia. VAZIA JUAN.

- Como? - exasperou o tom de voz. - Eu o coloquei na caixa, ele estava amarrado e vi a terra ser jogada. Não tinha como isso ter acontecido.

- Mas aconteceu, você falhou, o'que te deu na cabeça para enterrar ele vivo? Você melhor do que ninguém, sabe que não pode se esperar nada vindo dele, é claro que algo teria que acontecer.

- Calma, amor, fica calma. Venha me encontrar no lugar de sempre, conversamos e daremos um jeito, tudo bem?

Daiyu respirou fundo, tinha que resolver essa situação de uma vez por todas. - Tudo bem, estou indo. "

𝐀 𝐌𝐨𝐫𝐭𝐞 𝐓𝐞𝐦 𝐍𝐨𝐦𝐞 || 𝐘𝐢𝐳𝐡𝐚𝐧Where stories live. Discover now