[Livro 01] [Dark Romance]
Uma policial de elite se infiltra nas gangues que controlam o submundo de Tóquio com uma missão: destruí-los por completo de dentro para fora. Entretanto, ela não contava que a sensação de poder que tanto amava se tornaria...
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— Hanna, segura o Dragão, por favor? Ele vai vir atrás de mim — Ikitsuyoi disse, ao tentar pela terceira vez sair de casa, mas ser seguido pelo doberman.
— Dragão, vem com a mamãe. Olha o ossinho — ela apertou o brinquedo com o apito.
Queen, a doberman albina (assim como a dona), levantou as orelhas e mordeu o brinquedo. Enciumado, Dragão correu na direção dela, e rapidamente os dois cachorros começaram a brincar juntos.
— Até mais tarde, amor — Ryu acenou e Hanna lançou um beijo no ar.
Trancando a porta, Ryu saiu do apartamento e desceu de elevador rapidamente. Estava quase na hora de buscar Sora no aeroporto, mas o imprevisto com os cães o atrasou um pouco, portanto, apenas agradeceu a si mesmo pela ideia prévia de ficar com o carro do rapaz.
No estacionamento, deu a partida com o veículo e saiu rapidamente, mas recebeu uma ligação no meio do caminho.
— Fala — atendeu o telefone enquanto dirigia.
— Senhor, estou aguardando aqui no portão. O senhor vai se atrasar? — a voz do jovem o fez dar um tapa na própria testa.
Ryu tinha se esquecido completamente do novato!
— Ah... é! Eu vou me atrasar, mas já tô chegando — ele deu seta, pegando o retorno para voltar até o ponto de encontro.
— Tudo bem, vou continuar esperando — desligaram a chamada.
— Puta merda, minha memória tá um lixo — Ryu reclamou.
Continuou dirigindo enquanto se irritava, porém ria de si mesmo. Tinha se esquecido completamente que ele estava responsável por treinar o novo rapaz.
Passou por algumas ruas até finalmente chegar na frente do ponto de ônibus em que haviam combinado. Ryu estacionou o carro um pouco mais a frente, e o garoto correu até lá.
— Achei que ia vir pela outra rua — ele comentou, sentando-se no banco do passageiro.
— Tive um imprevisto. E aí, tudo bem? — eles se cumprimentaram com um toque de mãos.
— Empolgado, eu acho — riu nervoso.
— Coloca o cinto.
Deu a partida novamente, desta vez sem esquecer ninguém.
O garoto devia ter acabado de completar vinte anos. Tinha se destacado nos clubes de luta e acabou conquistando a atenção dos superiores, que rapidamente o sondaram. Ryu descobriu sobre o passado problemático e a prisão por agressão quando ainda era menor de idade, mas ele era um bom garoto.
Não demorou muito até ele ter uma oportunidade dentro da Canis. E o momento da promoção havia chegado. O dia em que treinaria para ser um dos membros que possuíam a permissão para dirigir os carros e buscar os líderes. Arriscado, porém tentador.
