1. ANTES DOS PESADELOS

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ZOEY COLLEMAN

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ZOEY COLLEMAN

Denver, a capital do Colorado. Uma cidade incrível para se morar, era o que todos pensavam.

Tudo era perfeito, crianças brincavam na rua até tarde sem nenhum preocupação. Os casos de sequestro quase não eram em grande quantidade e os cuidados eram menores.

Até o começo do ano de 1978, quando três crianças desapareceram. Griffin Stagg, Billy Showalter e agora Vance Hopper.

A cidade virou o próprio terror, crianças não ficavam sozinhas por muito tempo nas ruas, os cuidados foram aumentando e a polícia faltava ficar louca para achar o tal sequestrador.

— Anda lendo muito jornal, não acha? — Blaire perguntou se sentando ao meu lado e encarando o jornal em minhas mãos.

— O que? Ah, é bom sabermos o que acontece, né? — olhei para a garota que assentiu.

— É, mas se for ler o dia todo vai acabar ficando louca. — tirou de minhas mãos e eu revirei os olhos logo soltando um riso. — E termine logo se não vai se atrasar, e sabe o que acontece quando a mamãe fica sabendo que você se atrasou para a escola.

Eu assenti e então fui até o banheiro que ficava em meu quarto e escovei meus dentes.

Nas últimas vezes que mamãe recebeu uma ligação de que eu havia me atrasado para aula, fiquei dois dias com manchas avermelhadas em meus braços e pernas.

Eu ainda consigo lembrar do som do estalo do cinto em minha pele e a ardência que ficara logo depois. Era o próprio inferno.

Isso geralmente acontecia quando Blaire não estava em casa, quando ela estava trabalhando. Mas ela sempre ficava sabendo depois ao perguntar sobre a vermelhidão em minha pele.

Até meus seis anos, as coisas com mamãe eram normais, antes da morte de papai. Ela fica jogando a dor e culpa para cima de mim, porque fui eu que o encontrei pendurado com uma corda no pescoço no meio do quarto.

Blaire me protege de seus surtos de bipolaridade e raiva, mas nem sempre ela está comigo — por isso corro para meu quarto e fico trancada até minha irmã chegar —.

— Zoey, vamos! — a mais velha berrou do andar debaixo então corri até as escadas.

— Estou indo.

Passei pelo quarto de minha mãe e vi que a porta um pouco aberta e vi mamãe deitada em cima da cama segurando uma garrafa de cerveja que estava quase caindo de sua mão.

PICK UP THE PHONE - FINNEY BLAKEWhere stories live. Discover now