𝐏𝐈𝐂𝐊 𝐔𝐏 𝐓𝐇𝐄 𝐏𝐇𝐎𝐍𝐄 ||
Até o fim da década de 70, na cidade de Denver no Colorado, famílias viviam calmamente e felizes. As coisas eram um "mar de rosas".
Mas então garotos começaram a desaparecer misteriosamente e seus corpos nunca mais...
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ZOEY COLLEMAN
O fim de semana havia chegado, hoje era sábado e eu estava em casa olhando para a TV que passava "O Massacre da Serra Elétrica", Robin me aconselhou a assistir esse filme.
E eu decidi assistir, finalmente.
Minha mãe não ligava muito pro que eu assistia, na verdade, ela não ligava para nada do que eu fazia mesmo.
Já estava de noite e eu estava sentada no sofá com um pote cheio de sorvete em cima de minhas pernas.
Levei a colher cheia até minha boca enquanto encarava o filme que passava na tela.
Blaire chegaria daqui a pouco, já eram seis da tarde.
Minha mãe também não estava em casa, havia ido no supermercado.
Ontem eu havia sido interrogada antes de sair da escola, por dois detetives que queriam saber mais sobre o desaparecimento de Bruce.
Eles faziam perguntas um pouco estranhas, como "você estava com ele quando desapareceu", "vocês brigavam muito?", "sua relação com Bruce Yamada era boa?".
O que eles queriam saber? Se eu era o sequestrador? Se eu havia sequestrado meu melhor amigo? Ah sim, claro.
Ouvi um barulho próximo de casa e meu olhar desviou rapidamente para a porta principal.
Escutei passos do lado de fora e então a porta foi destrancada, logo depois aberta e vi Blaire entrar pela mesma.
Me acalmei soltando um suspiro e a garota desviou o olhar para mim.
— Tudo bem? Está pálida. — ela se aproximou e desviou o olhar para a TV. — Zoe, eu já te disse várias vezes para não assistir este filme. Principalmente quando estiver sozinha em casa.
Ela pegou o controle e desligou a TV.
— Eu não estava com medo.
— Não? — riu. — Acho que se eu for comparar você com a parede não tem muita diferença.
Joguei um travesseiro na mais velha e então ela me encarou franzindo o cenho e partindo para cima de mim.
Ri enquanto batia com o travesseiro na mesma, mas tudo cessou quando o telefone começou a tocar.
— Já venho. — ela se levantou indo até o mesmo e atendeu. — Residência Colleman, quem fala?
Observei a mesma me ajeitando no sofá e levando mais uma colher de sorvete até a boca.
— Entendo. Obrigada por ligar...
Por um momento eu pensava que era a família Yamada dizendo que haviam encontrado Bruce e que ele estava bem.
Blaire desligou o telefone e sua feição estava triste.
