A Court Of Wings And Stars

Capítulo 5

Eu ainda olhava para o meu pescoço no espelho, massageando e esfregando as marcas para que saíssem.

Ouvi batidas na porta e arregalei os olhos. Joguei meus cabelos longos e volumosos para frente para que cobrissem as marcas em meu  pescoço.

Minha mãe entrou no quarto e parou.

Ela ne olhou respirou profundamente.

Merda!

Ela tinha sentido o cheiro de Rhysand. Ela provavelmente teria uma ideia errada do que fizemos.

Seus olhos azuis me encararam enquanto se estreitavam, ela caminhou até mim e me cheirou. Seu rosto se contorceu em uma careta confusa e suas mãos jogaram meus cabelos para trás.

Sua boca se abriu e fechou rapidamente, os dedos finos pálidos dela tocaram as marcas.

— É melhor sumirmos com isso antes que seu pai e irmão cheguem. — Ela disse, os olhos varreram o quarto até um pequeno frasco de hidratante. — Talvez isso tire essas marcas com uma boa massagem. — Mamãe pegou o frasco e o deixou em minhas mãos, ela apertou nossas mãos juntas.

Olhei para as nossas mãos entrelaçadas, não tinha coragem de olhar para ela.

— Vamos dar um banho em você, querida. O cheiro dele está por todo o seu corpo. — Ela me puxou até banheiro onde encheu a banheira e me fez entrar nela. — Esfregue bem a pele.

Ela estava quase na porta do banheiro  quando a chamei.

— Mamãe, você não vai brigar comigo? — Eu perguntei confusa.

— Por que eu brigaria com você? Eu só acho que você deve esperar para... — Ela parou por um instante como se procurasse uma palavra — aceitar um laço de parceria.

Corei e olhei envergonhada para a água.

Ela suspirou e saiu do banheiro trancando a porta.

Esfreguei meu corpo com sabão, minha pele ficou vermelha e ardida. Eu não queria tirar o cheiro dele do meu corpo, mas meu pai poderia não reagir bem.

Depois de ter tentado tirar o cheiro dele de mim, peguei o frasco com a loção hidratante e derramei um pouco nas palmas das minhas mãos.

Comecei a massagear meu pescoço e inclinei a cabeça para trás enquanto fechava os olhos.

Deixei minha mente vagar até o momento em que ganhei essas marcas.

Me lembrei dá sensação dos lábios de Rhysand em minha pele, sua boca sugando e beijando lentamente meu pescoço e colo. Sua língua era tão quente e macia em minha pele, suas mãos em meus cabelos, os puxando para trás e me fazendo inclinar a cabeça. Eu não podia acreditar que eramos parceiros. Talvez isso não estivesse certo e nós dois estávamos sendo equivocados.

Soltei um resmungo e me levantei da banheira,  peguei a toalha e me sequei.
Vesti roupas limpas e fui para a cozinha ajudar minha mãe.

Enquanto cortava legumes e temperos meus pensamentos eram dispersos.

Suspirei pesadamente e relaxei os ombros sentindo o peso das minhas asas.

Asas.

Se não fosse por ele, eu não as teria mais. Eu devia muito a Rhysand por isso, se minhas asas fossem decepadas, eu provavelmente me mataria.

Não poder voar para mim era como morrer.

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Após o almoço resolvi caminhar um pouco por entre as árvores frutíferas perto da minha casa, eu não me sentia segura para voar.