Capitulo 24

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Annabeth estava louca para ir ao parque novo da cidade, mas só havia um problema eu odiava altura e todos aqueles brinquedos que ficavam de cabeça para baixo.

- Ah Percy para de ser frouxo! Você parece aqueles garotinhos bobões que têm medo de tudo. - Ela falava comendo algodão doce extremamente melecada pelo açúcar.

- Não sou frouxo só não gosto de arriscar a minha vida. Você já viu o tanto de ferrugem que tem nesses brinquedos? - Falei exasperado.

- Vamos! - Ela disse me puxando e eu a acompanhei praguejando baixo.

Ela entregou os tickets de entrada e por sorte era apenas a roda gigante a nossa frente. Me entendam, eu não era medroso nem nada, mas quando eu me imaginava tão acima do solo terrestre eu entrava em pânico. Sentei ao dela dessa demônia loira e estupidamente corajosa e olhei para o alto verificando as ferragens expostas daquela roda gigante. Busquei alguma proteção, mas não havia nada além de uma trava a nossa frente onde era possível segurar e e sentir a cadeira balançar.

- Eu estou aqui com você, não precisa ter medo. - ela segurou na minha mão e sorriu carinhosamente pra mim. Ela poderia ser uma teimosa de mão cheia, mas quando sorria daquele jeito ganhava meu coração ainda mais.

- Tudo bem... Obrigado. Talvez não seja tão... Terrível! - Gritei quando olhei lá de cima e vi toda a cidade abaixo de nós. - Meu Deus Annabeth você só pode ser louca! Eu vou morrer aqui! Socorro!

- Meu amor calma. - ela me abraçou meio de lado, como pode, tentando me confortar. - Você não está sozinho e também não vai morrer. Não olhe para baixo Pê, olhe para as estrelas. - Ela sorriu novamente e eu fraquejei diante daqueles olhos prateados e o sorriso doce. - Você lembra as constelações que eu lhe ensinei?

- L-lembro – consegui falar um pouco mais calmo pelo abraço dela.

- Você pode me dizer qual é aquela ali benzinho? - Ela apontou para um desenho logo a nossa frente e eu acompanhei seu olhar.

- Parece o Cinturão de Órion. - Consegui identificar.

- Uau, muito bem, meu amor. É isso mesmo.

Ficamos mais alguns minutos naquela brincadeira infantil aproveitando o carinho um do outro até que me vi respirando aliviado quando aquela gigantesca bola de ferrugem parou me deixando, finalmente, tocar o solo.

- Ta vendo – Anna me olhou carrancuda – nem foi tão ruim assim! - Ela cruzou os braços e fez um biquinho engraçado.

- Que tal irmos para o carinho de bate-bate? - Perguntei louco para mudar de assunto.

- Yeah! Vamos, desde que antes passemos na barraca de tiro! - Acho que sou melhor pistoleira que você, Jackson. - Ela piscou pra mim.

- Isso é o que veremos Chase. - Respondi cheio de marra porque se tinha uma coisa em que nós eramos parecidos, era no espirito competitivo.

Caminhamos até a barraca e quando a vi segurando a pistola confesso que tive que fazer um grande esforço para não esconder debaixo de alguma mesa, Annabeth tinha um olhar intimidador quando queria. Parecia aquelas heroínas de filme de ação, com os cabelos presos num rabo de cavalo com poucas mechas soltas, ela vestia um short jeans branco e uma jaqueta jeans na cintura o que a deixava parecendo minha filha e a desgraça parecia se vestir assim de propósito, além de um par de all star brancos também. Eu tentei ao máximo me manter longe dos trajes formais de todos os dias, vesti uma bermuda cargo azul muito escuro e uma camiseta branca por dentro de outra camisa jeans.

- Já disse que você tá me dando muito tesão sem aqueles ternos de sempre? - Anna parecia adivinhar meus pensamento quando sussurrou essa frase no meu ouvido ficando na ponta dos pés. - Sorri ao ouvir aquilo e desci discretamente minha mão pelo traseira maravilhoso dela.

- Assim que eu vesti. - Beijei rapidamente seus lábios convidativos.

- Daria tudo pra te chupar agora mesmo. - Ela devolveu não satisfeita com a minha resposta.

- Podemos fazer isso assim que tivermos sozinhos.

- Então chega de parque por hoje – Ela gritou e me puxou.

- Ei, calma! Ainda não terminamos com os tiros e também tem o bate-bate. - Reclamei infantil.

- Você tem quantos anos? 5?

- Você me fez vir até aqui e agora quer ir embora? - Resmunguei fazendo pirraça.

- Você pensa que vai ganhar de mim Percy Jackson? - Ela provocou.

- Eu tenho certeza Annabeth Chase. - Respondi cruzando os braços e fazendo uma carranca.

- Ai não faz essa cara que eu não consigo ficar séria. - Ela, de repente, pulou nos meus braços beijando meu rosto e me dando vários cheiros. - Te amo bebê, mas nem por isso vou te deixar ganhar. Quem perder vai lavar a louça por uma semana.

- Feito!

E lá fomos nós para essa disputa eletrizante. Ela até que se saiu bem nos tiros, mas eu fui melhor. Porém aquela demônio fez a mim e outras duas crianças chorarem no bate-bate deixando a competição empatada. Resolvemos decidir na sorte, ou seja na pescaria. E aquela filha de hades supersticiosa acertou o último prêmio me vencendo de uma vez por todas nas brincadeiras.

- Prometo que não vou sujar muito Pê – ela disse segurando vários ursos de pelúcia que ganhamos. - Talvez eu faça alguns bolos e doces azuis e muita comida todo dia. - Ela riu.

- Quieta! - Briguei e ela continuou rindo de mim até chegarmos no carro e ela ficar carente querendo sexo, depois disso quem riu fui eu.

A garota dos meus sonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora