abril. raiva, contratos e coisas não ditas

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evento anual de primavera, parte três.
2001.

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ANGELLE CONSEGUIU O DIREITO DE PODER comparecer a mais um evento de primavera. Ninguém tentou fazer nada contra ela no ano anterior e ela se comportou relativamente bem nos dias pós briga com Satoru Gojo. Sim, ela havia voltado para casa chateada, já que o grupo de Satoru Gojo venceu os jogos daquele ano, mas ela disse a si mesma que não ficaria mais um ano atrás dele e logo a chateação passou.

Ela continuou a passar a maior parte de seus dias na casa de Rouen, quase nunca ia a Vénus Noire e raramente ia para a outra base em Paris. Raoul continuou sendo a única criança com a qual Marie Angelle mantinha contato direto, principalmente porque, em fevereiro daquele ano, ela quase foi morta ao andar sozinha por Rouen. Por sorte o seu pai estava por aquelas redondezas.

Depois disso, Valen não pegou leve e reforçou a segurança e foi mais severo quanto ao treinamento. Valentin disse que só tentaram algo contra Marie Angelle naquele dia porque a energia amaldiçoada dela era como um chamariz, qualquer um conseguiria rastrear a menina por conta disso.

O Evento Anual de Primavera começaria no dia seguinte, Marie Angelle estava ansiosa para colocar os planos que tinha em mente em ação. Passou um ano pensando em como iria deixar Áurea — a equipe de Satoru Gojo — para trás. A menina não se importava se tivesse que usar um pouco de trapaça.

Ele a irritava e merecia ser passado para trás.

Marie Angelle balançou as pernas por baixo da mesa quando Layla, a cozinheira, colocou um prato cheio de croissant na sua frente. Layla era elegante e bonita e uma das melhores cozinheiras do mundo. Ela não era francesa e era uma feiticeira de nível um, no máximo. A maioria dos feiticeiros que estavam na casa de Rouen estavam longe de serem franceses — o único francês era Theodore Bernard — a maioria costumava ser formada por amigos que Valentin colecionou nos países pelos quais passara, caçando maldições e resolvendo assuntos da família.

“Você me parece muito ansiosa, Marie.“

Layla disse com os cotovelos apoiados no balcão.

“É onvio que eu tu.” Marie Angelle disse de boca cheia, terminou de engolir o croissant e reformulou a frase. “É óbvio que eu tô!”

“Algum motivo especial?”

Layla perguntou rindo e Marie Angelle revirou os olhos. Não tinha nenhum motivo especial. Seu primeiro ano tinha sido incrível e ela estava pronta para repetir. Era só. Ela disse isso em voz alta. Layla ergueu a sobrancelha, mas não questionou a mocinha.

Yuka, a governanta, que era amiga de longa data dos pais de Marie Angelle e tinha cabelos vermelhos e olhos castanhos, entrou na cozinha e se sentou ao lado de Layla, passando os braços ao redor desta.

“Ichigo pediu para avisar que vocês vão hoje para Vénus Noire.” E para Layla: “Nós vamos amanhã, quando o Theodore e Lukas voltarem com Valentin. Angie, sua mãe pediu pra você arrumar suas coisas. Raoul já está lá em cima com tudo pronto.”

Marie Angelle, que não era boba e nem queria ficar para trás, engoliu mais um croissant e saiu correndo, tropeçando nas próprias pernas. Ela ouviu Yuka gritar um “cuidado” alto e sonoro, mas não deu bola.

𝐅𝐋𝐎𝐑𝐈𝐂𝐈𝐃𝐄, gojo satoruDove le storie prendono vita. Scoprilo ora