●7. sadismo

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Sadismo: Parafilia em que o prazer depende do sofrimento físico ou moral afligido a outrem.

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A chuva tomou conta de Denver. Eu adormeci vendo as gotas no vidro da janela como fantasmas errantes. Tive pesadelos sequenciais em que era torturada e violentada pelo meu sequestrador e acordei transpirando com a porta se abrindo.

Tremia tanto com o suor gelado escorrendo pela testa, que achei que seria capaz de morrer de hipotermia ou de crise de abstinência naquele porão. De boca seca e garganta doendo, vi o homem entrar no cativeiro. Confusa e febril, peguei o pedaço de plástico de dentro do decote e segurei firme na mão direita, pronta para qualquer ação caso fosse necessário. Fiquei sentada no colchão, esperando.

Minha guarda baixou por vários motivos. O primeiro: ele estava sem a parte debaixo da máscara. Pela primeira vez eu vi o queixo e lábios dele, sendo que na boate não distingui muito devido ao escuro e os flashes da pista de dança. Segundo motivo: ele trazia debaixo do braço dois tecidos grossos que deviam ser um cobertor, eu reconheci também meu sobretudo preto.

 Segundo motivo: ele trazia debaixo do braço dois tecidos grossos que deviam ser um cobertor, eu reconheci também meu sobretudo preto

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(Povo ignorem o sangue na cara dele please rs)


- Tá calada hoje. - ele notou, parando adiante de mim.

- Eu... tomei banho na pia.

- Mesmo? Deixa eu ver.

Se abaixou indo pra cima de mim no colchão. De perto, percebi que ele provavelmente era muito mais velho que imaginava. Os lábios eram finos e pálidos. Permaneci estática, congelei de cima a baixo quando o homem me cheirou como um animal, pondo o nariz próximo de minha intimidade. Fiquei em choque com a atitude inesperada e quase vulgar dele, realizada de forma tão natural. Quando ele se afastou, pondo-se de pé novamente, colocou as mãos na cintura e afirmou:

- Sua roupa ainda fede a mijo. Tira tudo e coloca o casaco. - ordenou, mostrando o meu sobretudo que estava debaixo do braço dele.

Fiquei sem reação.

- Vai fazer o que mandei ou vou ter que arrancar à força?

Nessa hora me lembrei que ainda segurava o pedaço de plástico. Pra que mesmo? Como eram patéticos meus planos de defesa. Ele esteve tão perto e eu não consegui mover nem um músculo. Com a ameaça, me levantei desajeitada e hesitei antes de começar a retirar o vestido.

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The Final Girl  ◇The GrabberOnde histórias criam vida. Descubra agora