Capítulo 4

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Eles estão errados. Ambas as partes não gostam uma da outra.

Severus lê a mesma frase pela quinta vez, sem absorver nada. Deixando de lado o fato de que a informação sobre a lenda de Conrad e/ou Barry veio de George e Ronald Weasley, o que já a torna suspeita, não há como Granger gostar dele. Suas emoções sempre estão estampadas em seu rosto, tão claras quanto a Legilimência. Ela não poderia ter escondido isso por nenhum período de tempo.

Eles estão errados. Isso é tudo o que há para fazer.

Do outro lado da mesa, Granger murmura baixinho. Ninguém jamais virou as páginas com tanta raiva. Ela lê como se todo esse desastre fosse culpa do livro, olhando e resmungando. Severus bate com os dedos na borda gasta de seu próprio livro e lê a frase novamente.

Depois de muitos meses de pesquisa, essa mesa no canto da biblioteca se tornou a deles. Um lugar aconchegante e familiar onde eles cochichavam sobre planos - onde o joelho dele ocasionalmente batia no dela. Ele pensou que tudo acabaria depois de sua expedição à floresta, mas aqui estão eles novamente. Agora está um pouco mais frio.

Malditas flores de sponsa. Se Granger as quer por suas propriedades de remoção de cicatrizes e regeneração da pele, como Severus suspeita que ela queira, há muitas outras coisas que ela poderia usar. Da mesma forma, se ela pretende usá-las para cataratas ou joanetes. E, bem, as flores de fato seriam um veneno eficaz se tomadas internamente, mas o mesmo aconteceria com muitas outras plantas. Antes de suas núpcias surpresa, Severus estava intrigado demais com o desafio de encontrar as flores para sugerir alternativas para qualquer um de seus usos potenciais.

— Ah — Granger diz. — Encontrei.

Graças a Merlin ela finalmente encontrou algo. Eles não descobriram nada sobre seu tipo de vínculo matrimonial, além das escassas informações que a irada Srta. Patil lhes forneceu.

— O nome do mago era Ceadda — diz ela. — Não Barry ou Conrad, embora eu ache que George estava um pouco mais próximo em seu palpite. O resto da lenda é como eles contaram. Ceadda parece um completo idiota. Estou feliz que a bruxa o envenenou.

— Qual era o nome da bruxa? — Severus pergunta.

— Ela nem sequer tem um na história. Típico. — Fechando o livro, ela esfrega os olhos. — Eu mostraria isso para Padma para tentar convencê-la de que realmente foi um acidente, mas não acho que ela se interessará. Recebi uma coruja mais cedo, dizendo que ela mandou todas as minhas coisas de volta para minha casa. Ela realmente terminou comigo.

E Severus costumava pensar que a Srta. Patil era um tanto inteligente.

— Que irracional da parte dela — diz ele. — Tudo o que você fez foi ficar ligada para o resto da vida com outra pessoa.

— Sim, é uma luta que todos os casais enfrentam eventualmente, certo? É o melhor, realmente. Mesmo se eu não tivesse... Desculpe. Por que estou lhe contando tudo isso? Você não se importa. — Balançando a cabeça, ela empurra a cadeira para trás da mesa. — Eu preciso ir para a aula. Vejo você mais tarde, Snape.

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Hermione está fazendo uma disputa de olhares com a sacola de presentes de casamento de George.

Ela quer saber o que tem lá dentro, mas o presente veio de George. Não há como saber se o fato de mexer na sacola vai provocar algum tipo de pegadinha. Ela deveria ter escrito para Lavender, perguntando sobre a seção de adultos na loja de George. Lavender lhe diria; foi Hermione quem lhe conseguiu o emprego lá. Mas então Hermione teria que explicar por que estava perguntando. Lavender não deixaria passar essa.

Pressing Flowers | SevmioneWhere stories live. Discover now