Capítulo IX - A Vida no Complexo - Parte IX

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POV Narrador

O silêncio que prevalecia nos corredores escuros e sombrios da base da S.H.I.E.L.D., era desconcertante.

S/N conseguia ouvir as vozes de Tony e Steve a darem-lhes indicações sobre como chegar até ao laboratório. Todavia, as vozes pareciam estar debaixo de água devido ao zumbido constante que ouvia nos seus ouvidos.

Respirando fundo, a Romanoff mais nova viu-se obrigada a colocar o receio e o medo para trás das costas ou, com certeza não iria conseguir concentrar-se na missão em questão.

A jovem caminhava com precaução e, cada vez que a borracha da sola do seu sapato fazia contacto com o chão, o seu coração batia com mais força.

Todo o ambiente sentido naqueles corredores era estranho e assustador. Era perceptível o dano causado pelos dois jovens que, ainda não há muito tempo, tinham passado naqueles mesmos corredores.

No entanto, as suas presenças eram desconhecidas. Não era possível ouvir nada para além do leve barulho da respiração das duas mulheres. Estranhamente o silêncio assustava mais S/N do que o barulho porque, face à ausência de som, parecia que a Romanoff não tinha controlo sobre a situação.

A qualquer momento, podia sofrer um ataque de um dos jovens e não estar preparada para ele e, isso, aterrorizava-a.

O cheiro a queimado era nauseante e, as pilhas de cinza que estavam no chão só demostravam a carnificina que ali dentro tinha ocorrido. S/N queria respeitar a dignidade daqueles que tinham perdido a vida e, não pisar naquele pó mas, chegou a um ponto que isso era impossível. A cinza cobria o chão dos corredores por inteiro e não havia como a contornar. A cada paço, o seu coração levava com uma facada. Eram pais e mães, filhos e filhas que tinham perdido a vida ali e, S/N pisava nos seus restos como se nada deles restasse se não, apenas a memória. E isso magoava-a pois, era a total verdade.

S/N só conseguia pensar na reação dos parentes dos agentes que tinham morrido, ao saber do ocorrido. Tinha penas deles uma vez que, não iriam ter um corpo para, pelo menos, terem um funeral digno.

E a Romanoff, sabia. Se ela não tivesse cuidado e não conseguisse concentra-se na missão, também ela teria o mesmo destino das pilhas de cinza. Também ela se tornaria num monte de pó entre muitos outros.

Cada vez que se aproximavam mais do centro da base, um leve zumbido e murmurinho era possível ser ouvido.

As duas mulheres prepararam-se para o ataque que estavam à espera. Levantando os dois braços até à altura das suas cinturas, suspiros escarlates e dourados dançavam por entre os seus dedos.

Os sons iam ficando mais altos e quando parecia que as duas se iam encontrar com a sua fonte e, prepararam-se para lançar as bolas de energia, quatro agentes da S.H.I.E.L.D. surgiram à sua frente.

O olhar dos quatro agentes ao verem Wanda e S/N tornou-se mais aliviado. Todavia para sua surpresa, nenhum dos agentes lhes direcionou uma única palavra. Um deles, apenas apontou com o seu dedo indicador na direção do corredor de onde tinham vindo.

As duas seguiram nessa mesma direção e para terror e surpresa de S/N a destruição e presença dos dois jovens era mais intensa. À medida que penetravam mais a base, as mortes aumentavam. E, para repulso e tristeza da mais nova, havia ainda algumas pilhas de cinza que ainda fumegavam.

Isto só significava duas coisas: estavam a chegar ao seu destino, o laboratório, e, aproximavam-se do inimigo.

Alguns metros mais à frente pararam à frente de uma sala quadrada rodeada por altas e largas janelas.

A primeiro relance, nada anormal era possível avistar dentro daquele cómodo mas, prestando mais atenção, S/N conseguiu ver um borrão de cabelo castanho que apareceu e desapareceu impossivelmente rápido.

Até um dia (Wanda Maximoff x S/N) Where stories live. Discover now