Visita noturna

36 2 2
                                    

"Daqui a alguns anos, eu não estarei aqui, mas Hagrid sim"

A noite estava fria e uma leve brisa soprava pela janela da cozinha quando o meio gigante adentrou o cômodo, uma xícara fumegante de chocolate em sua mão e um exemplar do profeta diário na outra, cruzando a "pequena" casa, Hagrid estava prestes a se sentar em sua poltrona confortável quando um baque alto do outro lado da casa o fez saltar.

-- Pelas barbas de Merlin! - o Moreno falou largando o jornal em sua poltrona. - você ouviu isso fofo?

O pobre cão que antes cochilava ao lado do bruxo, agora estava alerta e com as enormes orelhas atentas, um olhar curioso alternando entre o dono e a direção de onde vinha o barulho. Intrigado, Hagrid seguiu em direção ao seu quarto, o homem nem se preocupou em se armar, talvez fosse apenas um casal de gatos brigando, ou uma coruja mandada por Dumbledore, quem sabe até algum aluno aprontando uma das suas.

Chegando até seu quarto, Hagrid abriu a porta calmamente, com medo de assustar qualquer possível animal que pudesse ter entrado ali, infelizmente, Fofo não tinha toda essa calma e pulou sobre a porta a escancarando e se estabanando no chão, o cão desajeitado correu todo o quarto latindo e babando atrás de quem quer que fosse o seu alvo. A muito custo Hagrid conseguiu acalmar o animal.

-- Acalme-se Fofo!! - O homem falava ainda amansando o cachorro - não tem ninguém aqui, olhe, o quarto está vaz-

-- Kyaaaaa!!!

Ao ouvir o canto estridente de uma ave, Fofo não se conteve e voltou a correr o quarto todo atrás do misterioso pássaro, por mais que Hagrid tentasse conter o cão, ele escorregava por seus dedos e voltava a saltar sobre almofadas e sobre a cama espalhando penas por todos os lados, em dado momento, Fofo passou por entre as pernas de Hagrid fazendo o homem cair, com o baque, um cesto que estava caído no chão se virou revelando uma pequena ave. Uma coruja suindara, uma espécie rara e que parecia muito assustada com a movimentação.

-- Olha o que temos aqui - Hagrid falava aproximando lentamente as mãos para alcançar a coruja - Não tenha medo pequenina, eu não vou te machuc-

-- Aaaaaaaaaaauuuuuu au au au au au - Fofo latia após pular sobre a cabeça do homem e começar a perseguir o pobre pássaro.

-- FOFO!!! PARA, FOFO CALMA.

A corujinha com medo do animal corpulento, saltou e fugiu tentando voar, mas por mais que ela tentasse levantar voo, suas asas pareciam não obedecer aos seus instintos, talvez esteja ferida, Hagrid pensou, preocupado que Fofo pudesse machuca-la ainda mais, o Homem se levantou tentando pegar o animal, por alguns minutos essa foi a cena que tomou conta do lugar, a corujinha tentando fugir de todas as maneiras, Fofo tentando pega-la a todo custo, e Hagrid em desespero tentando conter qualquer um dos dois.

O meio gigante já estava exausto e quase desistindo quando a ave em desespero deu um rasante e, tentando escapar, bateu contra a janela aberta e caiu desacordada no chão, antes que Fofo pudesse abocanhar o animal, Hagrid a apanhou e aconchegou em seus braços.

-- Certo, certo - Disse afagando a ave desacordada - que noite agitada a senhorita teve em? o que acha de cuidarmos de nossa visitante inesperada em, Fofo?

-- Au au.

-- É... acho o mesmo - disse sorrindo jocoso.

Hagrid's Pov

O sol já raiava no horizonte, depois da noite agitada com a captura da corujinha, eu cogitava passar alguns momentos a mais na cama, mas a minha curiosidade me fez saltar assim que lembrei da pequena ave dormindo em um ninho improvisado na minha poltrona, assim como eu suspeitava sua asa estava machucada, talvez pelo baque na janela do meu quarto. De qualquer forma eu já tinha colocado algumas ataduras, feito um curativo e aconchegado ela em um cantinho, o baque que a fez desmaiar também só causou um pequeno galo no topo de sua cabecinha.

O canto da corujaTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon