-001-𝐭𝐡𝐞 𝐛𝐞𝐠𝐢𝐧𝐧𝐢𝐧𝐠

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1909. A lua se expandia no céu escuro, as estrelas brilhavam mais do que nunca, testemunhando o nascimento de uma criança. No mesmo momento as estrelas também presenciaram um experimento. Todos esperavam o fracasso dele, mas não sabia ao certo o terror que ele traria. O fracasso aconteceu, a criança nasceu, os irmão desorientados se tornaram horríveis monstros cadavéricos e ressequidos, a criança está morta.

Ao entregar a criança de pele azulada nos braços de Alma LeFay Peregrine, que ficou com os olhos arregalados, suas lágrimas caiam sobre o rosto do pequeno ser, as mãos trêmulas entrelaçadas ao corpo frágil do bebê. Um milagre aconteceu,os pequenos olhos se abrem exibindo a escuridão em seu olhar, ela não chorou, apenas encarou os olhos azuis fluorescentes de sua mãe que agora contia um sorriso no rosto.

—Bem vinda ao mundo Adeline Margoret Peregrine.–Alma sorriu com os olhos lacrimejando.

Com a medida do tempo, Adeline crescia e junto com ela seu dom foi aumentando. Ela havia se tornado famosa entre as crianças, por ser una peculiar filha de dois peculiares, o que era realmente algo impossível, a linhagem dos peculiares sempre pulavam uma geração ou seja apenas os netos recebiam dons. Adeline já tinha aprendido como manipular o tempo e a se transfomar em um pássaro, diferente de sua mãe que se transforma em um falcão-peregrino, a mesma se torna um corvo. Todos achavam que ela era apenas um ymbryne e que cresceria e teria suas prórias crianças para cuidar, proteger e ensinar.

Mas tudo muda, quando a pobre peculiar se irrita com um garoto, que a perturbava. Todos os outros alunos assistiram seus olhos negros se tornarem totalmente pretos, veias negras surgiram ao redor de seus olhos e tocaram a pele do outro peculiar que se tornou pálido e depois azulada e caiu na grama com os olhos brancos. Gritos soando por todo o orfanato, todos se afastaram da peculiar que havia voltado ao normal e olhava fixamente para o corpo sem vida da criança na grama do jardim.

Com os olhos arregalados e as mãos trêmulas, Adeline correu até as profundezas da floresta ao redor do orfanato, onde caiu de joelhos e uma sombra se instala em sua volta, que se espalhou por quilomêtros, destroçando as árvores, matando-as. Braços se entrelaçam em volta da Peregrine,em um abraço ao mesmo tempo forte e delicado.

—É a mamãe, eu estou aqui Adel–Alma susurra em seu ouvido—Tá tudo bem, tá tudo bem.

—Eu matei ele não é mamãe– perguntou a peculiar em meio a um soluço de seu choro—Eu não queria fazer aquilo, eu não queria.

—Eu sei meu amor–A ymbryne tenta reconforta-la, seus braços apertavam cada vez mais a menina. Ela certamente estaria sendo sufocada e se soltaria do contato fisíco, mas ela não sentia nada, simplesmente sua parte sentimental havia paralizado.

Os anos foram se passando e o orfanato da srta. Pregrine foi se enchendo de crianças de diversos lugares do mundo com dons estranhos e extraórdinarios, e nehum deles tentou se quer se amigar com a pobre Adeline. Sua feição séria, seu olhar mortal, assustava os peculiares, principalmente sobre o fato de seu dom ser a morte, e que ela simplesmente poderia matar todos quando quiser, fazendo-os a temer e se afastarem dela. Menos uma pessoa não se incomodava com sua presença medonha. A peculiar passava a maior parte do tempo na biblioteca ignorando a todos, sempre que ia nos horários livres depois das aulas. 

. . .

No meio da aula de história, a chuva começou a ficar mais forte. A Peregrine estava sentada na última carteira como sempre, a banca da frente e do lado esquerdo estavam vazias, ninguém senta nelas, “os tolos ” como Adel chamava as outras crianças, eles achavam que se sentarem iriam morrer. Adel não se importava se sentariam por perto dela ou não, portanto que não falesse.

──𝐏𝐄𝐂𝐔𝐋𝐈𝐀𝐑𝐈𝐓𝐘 | Enoch O'connorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora