CAPÍTULO 1 - ITALIANA SORRIDENTE

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NORMAN REEDUS

Eu não tenho motivos para reclamar, na realidade eu tenho uma longa lista para agradecer.
Aos 49 anos eu estou no auge da minha carreira, estou em um lugar que eu nunca pensei que poderia chegar. Tenho amigos que são família e tenho um filho incrível que me deixa cada dia mais orgulhoso.

E ainda tem toda a estabilidade financeira, que me permite sonhar. Fora tudo que eu posso dar para aqueles que eu amo.

Como eu disse, uma longa lista para agradecer.

Mas ainda falta algo. Eu sentia isso.

Quando namorei com Helena, éramos jovens, tínhamos gostos semelhantes, éramos amigos. Era genuíno.
Na realidade fomos amigos antes de tudo.
Acho que em algum ponto eu a amei.  Principalmente quando descobrimos que ela estava grávida, mas nunca ouve aquela paixão enlouquecedora ou o que os jovens de hoje gostam de falar as tais "borboletas no estômago". Nunca ouve nada disso e por fim terminamos.
E não foi doloroso, foi amigável. Como sempre fomos.

Os anos foram passando e eu fui me dedicando a minha carreira e ao meu filho.
Tive vários casos, nada intenso ou duradouro. O relacionamento mais longo que tive depois de Helena foi Diane. Ficamos juntos por seis meses, mas não era para ser. Ela era uma mulher incrível. Eu a admirava e ainda nos falamos as vezes, mas não passou disso. De uma bela amizade.

Talvez eu só seja um bom amigo e não um bom namorado ou marido, embora todos digam ao contrário. De que eu apenas não achei a pessoa que o destino colocou para mim, mas eu já estava com uma certa idade. Não sei o que ele está esperando afinal.

Estamos em agosto no forte do verão, e eu estava de férias de filmagem. Recarregando as energias para a décima temporada como diz Danai.

Normalmente eu viajaria, mas dessa vez resolvi ficar em casa. Talvez me dedicar aos meus hobbies, Mingus estava viajando com Helena então eu estava sozinho.

Era fim de tarde e eu queria cozinhar hoje, estava inspirado. Ou talvez esteja só entediado mesmo.
De qualquer forma tinha dado férias para Lucy, então não teria nenhuma janta a minha espera. 

Coloquei um boné, peguei as chaves, carteira e segui para o mercado mais próximo.

Batucava os dedos no volante enquanto Best of you preenchia o som do carro, dirigi por cerca de quinze minutos e cheguei ao meu destino. Pego uma cesta e ando pelo mercado pensando no que exatamente eu iria fazer.
Depois que pego tudo necessário, vou em busca e um vinho.

O corredor está praticamente vazio, tirando uma mulher de cabelos ruivos que poderia facilmente ser confundida com aquela princesa do filme de sereia...

Paro a uns metros de distância e a observo. Ela estava com um vestido longo florido, combinando com a estação suas mãos tinham o que parecia ser resquícios de tinta.

Ela era linda.

Ela tinha uma garrafa de vinho nas mãos e lia com muita atenção, mas logo ela devolveu e começou a olhar as prateleiras em busca de algo.

- Maledizione - escuto ela reclamar baixinho em outra língua. Isso é espanhol ou italiano? Escuto ela soltar um suspiro pesado e então se vira em minha direção e eu automaticamente puxo o meu celular e olho como se fosse a coisa mais interessante. - Com licença. - ela fala e me olha abrindo um sorriso que eu classificaria como um belo sorriso. - Desculpa te incomodar, mas será que você poderia pegar uma garrafa de vinho que está na última prateleira para mim? Se não for te atrapalhar é claro. - seu sotaque era bem presente e a deixava com uma voz quase musical.

- Claro! Não me atrapalha, é só você me falar qual é. - digo e dou um sorriso em sua direção e ela sorri de volta e se vira na direção onde estava.

- É aquele vinho tinto gaja, por favor. - concordo e pego a garrafa sem nenhum problema e entrego para ela.

- Muito obrigada! Você me poupou uma busca por algum funcionário. - ela comenta e acabo rindo.

- Sem problemas, é um bom vinho aliás. - comento apontando para a garrafa.

- Ele é realmente, mas o melhor vinho vocês não tem nessas prateleiras. - ela diz e abre um sorriso enorme.

Ela da muitos sorrisos e todos eles pude perceber ser sincero.

- O qual seria o melhor, senhorita... - falo arqueando as sobrancelhas e ela da uma risadinha em resposta.

- É Diamore. Angelina Diamore. E o melhor vinho é da vinícola da minha família em Toscana. - então uma das minhas alternativas estavam certas. Ela era italiana.

- Uau, uma italiana em Nova Iorque. Bom, então realmente seu vinho deve ser melhor do que esse. O pouco tempo que estive lá foi o suficiente para ter essa certeza. - ela da uma risada e aponta em minha direção.

- Você sabe elogiar um italiano. E sim, ele é mesmo o melhor. - ela sorri e seu celular toca e ela revira os olhos. - Bom, eu tenho que ir, muito obrigada de novo e foi um prazer te conhecer... - ela me olhou esperando que eu falasse meu nome.

Ela não me reconheceu? Não que eu ache que todo mundo tenha que saber quem eu sou, mas nessas últimas semanas só se via cartazes de the walking dead na cidade.

- Norman, meu nome é Norman. - digo saindo dos meus pensamentos e ela sorri e me estende a mão.

- Lieto di conoscerti Norman. - fala olhando em meus olhos eu aperto sua mão.

- O prazer é meu Angel! - digo e ela se afasta sorrindo, meus olhos acompanham seus movimentos até o fim do corredor. E eu dou uma risada sozinho.

Quem diria que em um final de tarde tedioso, eu encontraria uma italiana sorridente.

Na volta para casa eu me xinguei mentalmente por não ter pedido seu telefone, ela com certeza é alguém que eu gostaria de conhecer melhor.

Saber as histórias por trás de seus enormes sorrisos, saber o motivo das suas mãos sujas de tinta.

Saber porque ela estava aqui afinal.

Poucos minutos, que me deixaram curioso querendo saber tudo sobre Angelina Diamore.

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Saiuuuu o primeiro capítulo dessa história que mal começou e já deixou todas as borboletas do meu estômago nervosas!
Esse e o próximo capítulo serão menores só para introduzir um pouco do Norman e da Angel. Mas depois prometo que os capítulos serão mais longos.
Espero que vocês gostem!
Beijos!

AMORE DESTINATO - NORMAN REEDUS Donde viven las historias. Descúbrelo ahora