Taehyung odiava as pessoas, ele tinha certeza disso, guardava consigo uma longa lista de decepções no bolso traseiro da calça jeans.
Ele também havia feito uma promessa a si mesmo que jamais iria se entregar ao amor e que jamais quebraria o seu cora...
Oioii, cerejinhas, estou com mais uma att para vocês, com muito amor e choro... Eu escrevi esse capítulo ao som de "creep" - Radiohead (versão Melanie Martinez) E eu tenho duas noticias para dar, uma boa e outra ruim. Vamos começar pela ruim ...
Avisos:
. Este capítulo possui menções homofóbicas, autodepreciação, angústia e cenas comoventes.
Pode conter gatilhos para algumas pessoas, por isso sugiro que, caso você seja sensível a algo acima, suspenda a leitura.
Perdoe os erros ortográficos, boa leitura.
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Taehyung entrou em casa nas pontas dos dedos dos pés, evitando fazer barulho, mas sua fuga correu como água entre os dedos quando o sininho gritou em sua porta anunciando sua chegada, fazendo o rapaz se arrepender de não ter subido pela janela como Jeongguk fazia. O moreno olhou para a figura do seu pai se inclinando sobre o sofá da sala, olhando o com curiosidade enquanto o rosto de Taehyung ficava pálido, com medo do mais velho brigar por estar chegando tarde e sem as compras, pois o mercado não fechava tarde como Jeongguk havia dito.
- O que é, garoto? Quer que eu te convide a entrar? - Seu pai resmungou, voltando a se ajeitar no sofá e olhar para a televisão. Bom humor, seu pai estava com bom humor. O mais novo dos dois deixou o ar escapar levemente, colocando os sapatênis no armário.
- Não senhor. - Falou baixinho e descalço entrou na sala, atravessando o cômodo ligeiro, prestes a subir para o seu quarto.
- Onde estava a essa hora? - Perguntou seu pai por cima do volume alto do programa que assistia e Taehyung tencionou os ombros, parando no terceiro degrau da escada e se virando para o mais velho lentamante. - Cadê as compras? - Seu pai não tirava os olhos da televisão.
- Eu... - Taehyung pensou se deveria contar a verdade ou não, poderia dizer que ficou perdido, mas seu pai não cairia nessa, poderia dizer que foi assaltado, mas seu pai morava no interior há tempo o bastante para saber que era seguro o suficiente para sair. - Eu... - O mais novo fechou os olhos ao gaguejar, coçando o pescoço de forma desajeitada, receoso demais e sem ideias sobre o que falar. Ele escutou o barulho do sofá se movendo quando o seu pai se inclinou para trás novamente, procurando-o para olhar bem em seu rosto.
- O que? Estava usando drogas? - Perguntou impaciente e Taehyung o olhou assustado, negando com a cabeça rapidamente.
- Não, não!
- Estava se pegando com um garoto? - A pergunta soou ofensiva, mas Taehyung negou com a cabeça também com medo de agir desrepeitoso ao não responder, ele conhecia o tom de maldade do seu pai. O mais velho sorriu com desdém voltando a olhar a televisão. - Então, não há nada com que se preocupar, não quero que faça essas duas coisas, ou vamos ficar falados aqui. - Seu pai expirou longamente ao se concentrar em uma propaganda que passava no visor e Taehyung quase revirou os olhos. - Já pensou descobrirem que você é bichinha?
