Coleção de OneShots Marace - Marco x Ace

Nosso Segredo Pt. 1

N/a: Salve, famiL

"O Marco trabalha para a minha família há muito tempo, mas só agora eu o conheci. Antes ele era segurança pessoal da minha mãe, e braço direito do meu pai. Meus pais se separam, mas Marco permaneceu leal aos dois. Ouvia sempre meus pais cochichando sobre como ele era um bom aliado e sempre quis conhecê-lo. Eu morei com meu pai por alguns anos, quando pensei que fosse ver esse tal de Marco pessoalmente, ele agora só ficava na casa da minha mãe. Na verdade, eu não entendia muito bem porque meus pais precisavam de um forte aliado, mas eu era uma criança inteligente e não questionava. Quando crianças fazem perguntas sérias aos adultos, eles respondem de forma estúpida, e as crianças acreditam, mas eu não era assim, nunca fui. Eu era esperto, sabia que iriam mentir para mim, então decidi por mim mesmo descobrir que segredos minha família escondia. Bem, me levou alguns anos para eu de fato entender o que estava acontecendo. Só aos 15 anos eu consegui descobrir as respostas que eu procurava. A verdade é que meus pais eram... Ou melhor, são loucos. E minha sina é continuar com a loucura, e assim sucessivamente. Eu nem precisava investigar nada, deveria ter aproveitado minha infância e adolescência, já que no final das contas eu herdaria o fardo das coisas que meu pai fazia. Ele deveria ter me dito isso, que aí eu não tentaria tanto assim "entrar" nos negócios da família. Agora eu tenho o Marco para mim, e é isso o que importa. Ele não é o meu segurança, ou o meu braço direito. Ele é o meu cachorrinho."

- Marco! - Chamou Ace.

- Sim, senhor! - Respondeu o louro.

Ace começou a rir sem motivo aparente e Marco apenas seguiu a vibe e começou a rir também.

- De que está rindo? - Perguntou o de sardas ainda sorrindo, mas com uma sobrancelha erguida.

- Sua risada é contagiante, senhor Portgas. - Marco disse mais formal que pretendia e Ace corou. A intenção era mostrar que Marco essa seu cachorrinho, muito bem adestrado, que fazia tudo que ele queria, mas o maior de alguma forma, embora fosse de fato o que Ace dizia ser, sempre arrumava uma forma de deixá-lo tímido.

- Marco, sabia que eu sempre quis conhecer você, só de saber da sua existência? - Ace falou de forma sedutora. Agora ele conseguiria deixar Marco constrangido.

Marco coçou a garganta antes de falar:

- Sabia sim. Seu pai sempre me disse. Você era uma criança muito esperta e curiosa. Inclusive, seu pai sabe o que você descobriu aos 15 anos.

Ace arregalou os olhos.

- E o que ele vai fazer quanto a isso?

- Nada. Ele não descobriu hoje, ontem, ou recentemente. Ele... Ou melhor, eu, descobri no dia exato em que você executou seu plano, contei a ele, e ele não fez nada. Apenas disse que você era filho dele de fato, porque o seu potencial era muito semelhante ao dele, do seu avô, da sua família no geral, e blá blá blá, eu parei de ouvir depois de um tempo.

O moreno riu.

- Velho cretino! Então você já me conhecia mesmo antes de eu conhecer você?

- Não. - Marco negou. - Mas também não posso revelar como descobri, e descobria as coisas que você fazia a mandado de seu pai.

- Meu pai mandava me vigiar?

- Não, só coisas em relação ao que você descobriu. Se eu percebesse algo de diferente em qualquer situação, logo descobria que alguém estava tentando roubar dados, se infiltrar, seja o que for, só fazia se ameaçasse a companhia.

- Nunca fui uma ameaça então?

Marco estalou a língua e balançou a cabeça que não.

- Nunca chegou nem perto. Sempre tive você sob controle e sempre soube, aliás, sei como pará-lo.

- Mas agora sou seu chefe. - Ace provocou.

- E eu adoro ser mandado por você. - Marco falou baixinho no ouvido de Ace. O menor sentiu seu corpo tremer. A respiração quente de Marco tão perto... Sua própria respiração ficou desregulada e seu coração bateu rápido.

"Às vezes parece que eu sou o cachorrinho do Marco." Pensou Ace. "Ele domina meus pensamentos e sempre faz eu sentir vontade que ele mande em mim. É, talvez ele seja dominante, mas só na cama."