Coleção de OneShots Marace - Marco x Ace

Du bist meine Sonne

N/a: Escrever isso foi um grande desafio para mim, as informações podem não estar tão completas, mas eu pesquisei tudo. Eu também escrevi um Sanji com deficiência auditiva se quiserem checar outras obras minhas!

Du bist meine Sonne: Você é o meu sol.

(Estou estudando alemão aí tudo quero colocar em alemão haha.)

Boa leitura!

Azul, amarelo, verde, vermelho, roxo, preto, branco... Ace ainda se lembrava de todas as cores. A cor amarela era sua favorita, infelizmente por certas complicações na infância, perdera a visão. Ele ainda lembrava do rosto dos irmãos e de alguns amiguinhos, já adulto enfrentava diversas dificuldades pela falta de acessibilidade nas ruas e até mesmo na universidade, no entanto, Ace não se resumia apenas à sua deficiência, ele era um homem forte e determinado, inteligente e esperto, conseguia fazer tudo o que queria. Na adolescência, Ace sofreu alguns tipos de bullying, além de piadinhas de mal gosto. Isso o fez confiar ainda menos nas pessoas. Eram raras as pessoas que confiava: Sua mãe, Rouge, que fez e faz tudo por ele. Seu pai, Roger, com quem ele tinha uma boa relação. E os irmãos, Sabo e Luffy. Ninguém além da própria família.

Quando contou a primeira vez que fizeram uma brincadeira de mal gosto na escola, Roger foi o primeiro a ir até a casa da diretora e reclamar, que se aproveitavam da inocência de Ace e o fato de ele não enxergar e colocarem animais perigosos e venenosos nas mãos dele. As medidas foram tomadas, mas desde então, Ace não fez mais amizade com ninguém, não ao ponto de confiar nessas pessoas, pelo menos. Ele se sentia solitário às vezes e odiava o fato de não enxergar mais, teve um período depressivo e quase tirou a própria vida. Mas Ace também dizia que isso era parte dele. Dizia que mesmo se enxergasse, ele não seria uma pessoa que confiaria facilmente em ninguém, as pessoas são más com todos. E sim, também existem pessoas boas, como Heaven e Leone Abbacchio, dois irmãos que ele conheceu no ensino médio, foi o mais próximo que ele teve de "amigos", e infelizmente após irem para a faculdade, se separaram.
Na faculdade as coisas melhoraram um pouco. Ace ainda ouvia coisas como: Uau, um deficiente visual conseguiu?

Por que ele não conseguiria? Ele é inteligente.

Ou perguntas como: Cego enxerga tudo preto?

Ele ainda tinha que ouvir coisas estúpidas, algumas pessoas não falavam por maldade, mas outras... Ace tinha o dom de diferenciar isto, embora ambos o incomodassem. Ele preferia ficar sozinho e sem falar com ninguém.

Ace tinha um trabalho de meio período na floricultura do pai.

Era o segundo ano da faculdade de jornalismo, não era uma das profissões mais comuns que Ace escolhera, mas não era impossível. Infelizmente a realidade que se tem é essa, mas Ace é uma das pessoas que estuda para mudar as estatísticas, e ver pessoas cegas e com deficiência visual sendo professores, jornalistas, psicólogos, afinal, pessoas capacitadas já se tem. Foi só no segundo ano da faculdade que ele conheceu um garoto chamado Marco, quando Marco finalmente tomou coragem para se aproximar dele, Ace tentava ser simpático, mas manter a distância, não queria deixar ninguém se aproximar dele para que não o machucassem, mas Marco, um homem alto e louro, com os olhos castanhos e olhar cansado estava decidido.

- Oi, eu sou o Marco. Marco Newgate. - Ele se apresentou.

- Ace. Portgas D. Ace.

Marco estendeu a mão e pegou a mão de Ace para encontrar a sua.

- Esse é o meu toque. - Ele deu um leve sorrisinho. - Com o tempo você vai reconhecer meu toque e a minha voz.

Ace ficou confuso. Ele pretendia permanecer na vida dele? Quem disse que ele queria? Mas Ace não seria insensível de falar uma coisa dessas e apenas tentou dar seu melhor sorriso.