Fake love

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— Acorda, dorminhoco!! Hora de ir visitar todo esse paraíso!

— Já estou indo, só mais dois minutos…

— Se não for agora, eu vou sozinho.

No restaurante, ficamos na mesa de outras pessoas já que havíamos chegado tarde.
Mas logo Macau fez amizade.

— Você treina, Macau? — Um sorubim lá perguntou.

— Um pouco. Tenho uma genética boa.

— Percebi por causa do seu shape. Vou correr e vou fazer uma trilha com o pessoal. Vamos, Macau?

“Vamos Macau... seboso”

— Eu também amo trilha e cardápio saudável e natural. — Macau olha pra mim com a sobrancelha levantada.

— Então fechou. – Ele pisca para Macau.

Eu odeio trilha. É real e oficial.

E odeio coisas naturais. Esse homem só me dá folhas e bananas para comer. Deveria ter pelo menos uma batata doce, e ainda tenho que aguentar ele tocando em Macau a todo instante.

Avisto o hotel. Graças a Maria Madalena!! Vou comer algo saboroso.

— Aqui, Tay, você vai adorar essas castanhas. — O sorumbim sonso diz.

Eu até ia relevar e comer minha castanha em paz, mas eu olho e vejo ele dando suco verde a Macau, limpando logo após o peito dele onde derramou suco.

Pra mim já deu!

Corno na vida real eu já sou, mas ser corno pagando aí já é demais!

Chego logo puxando o suco verde da boca de Macau. Derramando tudo na camiseta dele.

— Chega disso! Pare de ficar tocando no meu namorado como se eu não estivesse aqui!! Ele tem mãos para beber esse suco de capim sozinho. E coma você essas castanhas!! — Jogo  as castanhas nele, e saio andando.

Macau com certeza deve estar pedindo desculpas. Para os outros ele é um anjo, mas para mim, é o capeta.

Quando estou chegando no elevador ele me alcança.

— Tay, você não pode fazer isso com as pessoas. Ele estava só me limpando.

— Pois eu limpo se for por isso!

— Não precisa.

— Precisa sim. — Pego e tento tirar a blusa dele enquanto ele pede pra eu parar, dizendo que não precisa. Mas esquecemos que estávamos no elevador, e esta cena é muito suspeita. Quando a porta abre, um senhor com uma bengala na mão, vendo tudo, começou a gritar. Não deu outra. O senhor começa a me bater com a bengala, me chamando de pervertido, que eu estava assediando o garoto e não sei mais o quê.

Saldo do dia: Eu com fome, Macau com raiva de mim, um inimigo solto por aí, uma advertência por perturbação da ordem e um velhinho me jurando de morte.

À noite, Macau ainda não tinha falado comigo, e eu estava péssimo. Prefiro ele brigando do que ficar sem falar comigo.

Resolvo pedir comida e fazer as pazes.

— Cacau, me desculpe. Trouxe oferta de paz. — Ele até tenta ficar bravo, mas aceita minha comida.

Assim que ele coloca na boca e engole, na segunda colherada ele cospe.

— Tay, o que é isso?

— Risoto e um pouco de creme de… — Nem terminei e Macau já estava vermelho e sem conseguir respirar.

Foi tudo rápido, mas logo eu entendi. Liguei pra recepção e logo fomos correndo para o hospital. Ainda bem que esse hotel tem tudo.
Logo fomos atendidos no hospital, e quando estou sozinho com ele, posso chorar.




Amor Real-Tay E Macau- #RevisadaWhere stories live. Discover now