CAPÍTULO UM

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Alessandro Del Rei Martinelli

Passo meu olhar por todo o cômodo,vendo familiares e amigos dos meus tios espalhados pelo mesmo.

Os semblante de alguns estavam estampados com tristeza e outros com sorrisos e olhares procurando alguém para fazer negócios.

Eu odiava aquilo.

E também odiava o fato de nossa família está tendo tantas mortes em tão pouco tempo.

Primeiro meus avôs Eduardo e Miguel por causa de um confronto com uma das copas mexicanas.

Depois meu tio Miguel,tia Melinda,o segundo filho do tio Miguel,tia Manuelle. E agora meus tios...

Os membros da família estavam sumindo aos poucos.Sem contar o sumiço da minha irmã Kiara.

Era impossível não ficar triste enquanto tentavam eliminar nossa família aos poucos. Nos temos tantos inimigos que não sabemos da onde estava vindo os ataques.

O que não está ajudando em nada.

Suspiro e seco a lágrima que deixei escapar.

— É membro da família? — Me assusto pela voz grossa repentina mas não demonstro, olho para o lado observando o dono da voz.

Era um homem.

Um homem bem mais velho que eu, mas não deixava de ser bonito. Viro voltando a olhar o movimento no cômodo.

— Sim,eles eram meus tios.

— Meus pêsames — Ele disse.

— Obrigado. — Falo controlando minha lágrimas.

As lembranças me atingiam com força a todo momento.

Nesse últimos dois dias os meus choros eram constantes mas não tanto quanto o do meu psi e dos meus primos. Que sentiam bem mais a perca de um irmão e de um pai.

Viro paro o homem ao meu lado dando um leve comprimento com a cabeça.

— Licença. — Falo me virando para sair e vejo ele segura em meu braço.

— Vai tomar um ar? — O encaro confuso e olho para sua mão em meu braço que logo se retira do mesmo. — Oh,me desculpe. Só ia pergunta de quer companhia.

O encaro em total confusão.

Eu não o respondo,só me viro para me retirar do cômodo. E assim que chego no lado de fora dou um suspiro grande antes de começar a caminhar pela grama da mansão.

Eu ouvia passos atrás de mim e não acreditava que aquele homem estava de fato  me seguindo.

A medida que eu chegava em um banco que tinha no jardim,eu afrouxei minha gravata ainda sentindo ele me seguindo.

— Por quê você tá me seguindo? — Pergunto me virando chateado.

— Vim tomar um ar,igual você.

— Não permiti que me seguisse. — Falo sério.

— Que eu saiba eu posso tanto ir quanto vir,quando eu quiser. — Ele diz com ar superioridade.

— Você está na mansão Romanov. Temos regras aqui,e não queremos estranhos perambulando pela mansão. Que tal voltar para dentro?

— Só se você vier comigo.

— Não,muito obrigado. — Falo sentando no banco.

— Quer conversar? — Ele pergunta.

— Não.

— Tá bom. — Ele diz colocando as mãos no bolso — Que tal sermos amigos?

— Não. Não faço amizades com gente velha.

— Assim você me ofende,lindinho.

Ele diz e eu o olho com jugalmento.

— Você não tem nada melhor pra fazer não?

— Adimirar sua beleza é a melhor coisa que tenho pra fazer. — Ele responde de modo galanteador.

sério que ele fazendo isso?"

— Você não tem respeito algum,não é?

— Não entendi sua pergunta.

Me levanto e me aproximo dele.

— Meus tios acabaram de morrer. Não se dar em cima de uma pessoa que está de luto. — Dito com raiva — Imbecil.

Falo antes de sair dali. E volto a caminha para a mansão.

"Como tem pessoas que são assim? Meus tios acabaram de morrer,cadê o respeito? E por ser amigo deles,ele deveria ser mais respeitoso"

Penso,enquanto andava irritado.

"E eu definitivamente não quero amizade com pessoas assim. Se ele agiu desse modo em um velório,imagina sem nada disso acontecendo"

Olho de relance por cima do ombro,vendo ele também caminhar de volta para mansão.

"Velho imbecil"

É a última coisa que penso antes de entrar na mansão é ser abordado pela família Martin.

Eu realmente odiava aquele oportunista.

— Senhor Martinelli.

— Sra.Martin. — Comprimento os filhos dela com um aceno de cabeça.

— Creio que agora podemos falar de negócios não? — Ela diz com um sorriso no rosto e eu senti vontade de matá-la.

— Sra.Martin,não seja inconveniente acabamos de enterrar meus tios. Tenha o mínimo de respeito. — Falo de forma intensa — E eu não desejo fazer negócios com uma família falida.

Vejo sua cara de espanto se forma e sai de perto deles.

Eu estava em um local cheio de cobras. E não via a hora de sair dali.

FAZENDO DE TUDO PARA CONQUISTÁ-LO - OS MARTINELLI'S - LIVRO 2Where stories live. Discover now