Capítulo XXVII

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Cheiro de cigarro e bebida eram as únicas coisas que chegam ao meu olfato agora. Era Halloween e eu estava no que deveria ser na festa mais badalada da cidade, dada por outro adolescente rico de outra escola. Tudo que fiz para entrar foi atravessar os portões, então não consigo nem imaginar o tipo de pessoa que possam estar espalhadas por esse lugar, até agora eu ja vi tudo que foi tipo de entorpecentes espalhados pelo salão e pela quantidade, me admira até agora ninguém ter caído no chão com uma overdose. 

Eu já tinha bebido a minha cota da noite e estava embriagado o suficiente para ficar animado. Ao meu lado Ana e Hugo estavam sentados se atracando, parece que estão na fase da lua de mel. Eu já tinha perdido Verônica de vista a algum tempo. Quando eu cheguei, Hugo me disse que ela estava na festa, vi ela atravessar o salão e tentei acompanha-la com o olhar, mas desisti lá pela quinta vez que a perdi. 

Cansado do cheiro forte de tabaco que está espalhado por todo lugar, eu me levanto e caminho pela festa atrás de achar um lugar com um pouco de ar fresco. Estava vazio o suficiente para avaliar minha agonia, respirei fundo sentindo meu pulmão agradecer pela primeiro oxigênio puro que inspiro desde que cheguei. Me aproximei da piscina e ajoelhei molhando minhas mãos, passo ela pelo rosto descendo pelo meu pescoço deixando a brisa fria abaixar minha temperatura. Meu cabelo estava molhado de suor de tanto dançar e eu definitivamente podia sentir o cheiro do álcool em minhas roupas, mesmo que meu ultimo copo tenha sido a muito tempo atrás. 

Tudo que consigo pensar agora é se eu iria para casa de Veronica depois da festa, se ela iria para minha ou se ela sequer iria se dar o trabalho de vir me ver. Fazia muito tempo desde a ultima vez que a toquei, ja fazia uma semana que ela havia dormido comigo, mas só dormido. Ela tinha sumido desde aquilo e eu resolvi não me estressar com isso ou ir atrás dela, não adiantaria muita coisa, no fim ela me falaria que estava tudo bem, mas depois age de forma totalmente contraria. A esse ponto eu ja devia estar me acostumando com esse zigue-zague emocional que ela causa na nossa "relação", e para falar a verdade, sinto que cada vez mais vou me conformando de que tudo que terei dela será seu corpo e os poucos gestos de carinho que trocamos quando ninguém esta olhando.

Eu não vou mentir, nos últimos dias que em nos falamos pouquíssimo, eu senti sua falta, senti saudades da sua pele, do seu cheiro, do seu toque, dos seus beijos, dos gemidos, dos apertos, do prazer... Eu já tinha acumulado um tesão de dez adolescentes no cio e faltava muito pouco para jogar tudo pro alto e ir atrás dela e arrancar o beijo que me tirar o ar, mas eu sei que se ela esta cumprindo o lado dela do nosso acordo de exclusividade, ela deve estar passando tanta vontade quanto eu. Posso estar apaixonado, mas não sou nenhum otário, se ela me quiser ela vira atras de mim, é a prova que eu vou ter que as coisas que ela falou são verdade. 

Me levanto para sair dali, mas trombo minhas costas em alguém que segura em minha cintura me impedindo de cair na piscina. Sua respiração bate forte em minha nuca e não demora muito para eu sentir seu perfume invadir meus sentidos.

No fim das contas parece que jogar afirmações pro universo funciona mesmo. 

Seu nariz se arrasta pelo meu pescoço, chegando até meu ouvido, ela morde meu lóbulo fazendo com que um choque elétrico passar pelo meu corpo e eu esqueço  que preciso respirar por alguns segundos. 

— Sentiu minha falta? — Sussurra me arrepiando por inteiro. 

— Você sentiu a minha? —  Devolvi na mesma intensidade. 

Veronica sorri atras de mim e me vira me deixando cara a cara com ela, uma de suas mãos segue pra minha nuca. Seus olhos eram pura luxuria, sua pele estava corada, mas não era de vergonha, tudo na sua postura agora exalava desejo e eu estava fodidamente tentado.  

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