Capítulo 35 - Dançando à Dois (Ou Não)

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Quando Voltamos, as outras duas rodadas tinha acabado.

Nobara e Yuji haviam ganhado de Miwa e Mechamaru. Mas Maki e Inumaki haviam perdido.

Contemplei o placar por uma tempo.

Tókio - 55 pontos
Kyoto - 45 pontos

Se eles ganhassem essa última dança nos passariam no placar.

Minha cabeça começou a doer. Olhei para a janela mais próxima mas só conseguia ver árvores.

-Você está bem Kita? - Yuji perguntou.

-Sim... Só estou um pouquinho tonta - Senti minhas pernas falharem e quase cai no chão.

-Aqui Kita, se sente - Senti Junpei segurar o meu braço para me guiar até uma poltrona.

Por mais que eu estivesse sido posta em um lugar para descansar, a sensação de ser observada apenas aumentava.

-Está tudo bem com ela? - Gojo sensei se aproximava para checar meu estado.

-Ela diz que sim, mas não tenho certeza... - Junpei fazia Cafuné em meus cabelos para me acalmar - Começou de repente.

-Sabe se ela bateu a cabeça durante o problema na floresta? - Meu professor segurava meu rosto dando leves tapinhas na minha bochecha para me manter acordada - Ela parece estar tendo os efeitos de uma pancada bem forte.

-A gente tinha se separado... Se aconteceu, não pude ver.

-Melhor chamar o pai dela... E a Shoko para pode examiná-la... Vou carregar ela até a enfermaria - Tenho quase certeza que ele disse mais alguma coisa, mas desmaiei antes de ouvir.

Quando meus olhos se abriram de novo, já era o final da tarde. Alguém estava sentado no final da minha cama, e demorou para minha visão voltar ao normal e eu poder reconhecer quem era.

-Parece que meu girassol acordou - ouvi una voz masculina rouca porém suave em minha frente.

-... Memorian? - Me ajeitei em posição de defesa quando vi o irmão de Mahito se levantar e ir até mim.

-Calma, você vai chamar atenção de alguém - Ele segurou meu rosto com delicadeza e checou minha temperatura - Se Mahito souber que estou aqui...

-Ei me solte! - tirei as mãos dele rapidamente e ele recuou.

-Você é muito teimosa... Deve ter aprendido isso com o Kento - Comentou cruzando os braços numa expressão fechada.

-... E tu conhece ele por acaso? - Questionei após ouvir o primeiro nome de meu pai adotivo.

-...Então né, Tá na hora de ir embora! - Memorian se virou rápido em direção a porta.

-Volta aqui oh Maldição, ce tá me devendo explicações!

-... Só se você prometer não surtar.

-... Depende do que você disser - Cruzei os braços.

-Aqui, feche os olhos - Memorian posicionou una das mãos em meus olhos, lhes cobrindo e esperou um pouco - Prontinho - A voz estava diferente, mais aguda, mas tão suave quanto antes.

Abri meus olhos devagar e demorei um pouco até perceber que Memorian agora tinha outra aparência.

Para ser mais exato, Uma versão um pouco mais velha de Akemi Kita, minha mãe.

-... Mas que po... - Memorian, ou melhor, Akemi tampou minha boca antes que eu terminasse o palavrão.

- E isso você deve ter aprendido com o Gojo.

-... Cadê minhas explicações?

- Resumindo, eu não morri. Só me disfarcei na minha versão maldição - Ela se sentou em minha cama - Assim como você tem a sua.

-Sua versão maldição é um homem.

-Um homem gostoso.

-Vou fingir que não ouvi isso - A observei de cima abaixo - E Geto sabe disso?

-Não, ele queria é nos matar.

-...Faz sentido.

-Como você deve saber Geto coleciona maldições... você é basicamente a incubadora de maldição que ele precisava... E criada por mim...

-... Agora faz ainda mais sentido.

-Agora ele e Mahito estão brigando para ver quem fica com sua maldição. E tudo começou a dar problema quando eu me recusei a te entregar para o Geto e tentaram me matar.

-Mahito?

-O próprio Geto.

-...Rapaz que novela.

-Verdade - Ela deu uma risadinha  e me observou por  um tempo em silêncio - ...Sinto muito por não te ver crescer...

-Ta tudo bem... Eu acho - Olhei minha mãe voltar a forma de Memorian - Não foi culpa sua... - Fiz uma pausa - Eu te chamo de mãe ou pai?

-Bem... Dizem que nossas versões maldições são nosso verdadeiro eu.

-Pai então... Se te faz confortável - Sorri - ...Posso te perguntar uma coisa?

-Claro Koemi.

-O que nós... Somos?

-Bem... Há muito tempo uma mulher teve um relacionamento com uma maldição... E apartir dali... Um clã secretos de maldições humanoides se iniciou... Cada um mais único que o outro. Todas canalizando um sentimento ruim do mundo.

-Pelo seu domínio, julgo que o seu seja medo - Vi meu mais novo pai se sentar ao meu lado enquanto perguntava.

-É... Basicamente - Ele acariciou meus cabelos - E sinto muito pelo seu namoradinho... Não sabia que ele tinha ligações com você.

-Ele se traumatizou um pouquinho... - Fiz uma pausa pensando - Aliás, você nos prendeu naquele domínio mas não veio atrás da gente.

-Foi só para manter vocês longe da briga - Disse colocando uma mecha de cabelo atrás de minha orelha - Era um pouco perigoso deixar vocês lá fora... E eu não queria que suspeitassem de mim.

-Entendi - inclinei a cabeça levemente - Até que você parece bem legal quando não é genocida.

-Um pouco - Ele riu - Agora descanse, está muito fraca - Memorian segurou o meu rosto com carinho - E eu não posso ficar muito tempo aqui.

-Até mais - Me despedi.

-Tchau meu girassol - Fechei os olhando quando o ele me deu um beijo na testa antes de se afastar e abrir uma janela para ir embora - E obedeça o Kento ein...

-Pode deixar.

Jujutsu Kaisen, Lá vou eu!Onde as histórias ganham vida. Descobre agora