✓ | SAFE AND SOUND, alice cullen

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ㅤ҉⌇࿚ 𝐒𝐀𝐅𝐄 𝐀𝐍𝐃 𝐒𝐎𝐔𝐍𝐃 . . .
CAPÍTULO QUARENTA E QUATRO
▮ EPÍLOGO DOIS

O CHEIRO DE sangue foi abafado pelo cheiro de folhas e pela chuva do dia anterior. O chão ainda estava úmido, coberto com musgo encharcado, perfeito sob os pés enquanto corríamos pela floresta, contorcendo-nos por entre as camadas de galhos pesados que se projetavam como braços.

Rosalie passou por mim, suas mãos avançando como se estivessem segurando o vento, forçando-o a puxá-la para frente o mais rápido que os elementos pudessem levá-la. Mas ela era incrivelmente rápida à sua maneira - provavelmente a mais rápida de todos nós. Emmett era forte, mas Rose era rápida - eles eram o par de caça perfeito.

Alice e eu éramos muito parecidas com eles, pois podíamos trabalhar perfeitamente para derrubar até mesmo a maior das presas. Ela era pequena e rápida e eu era quase indetectável, capaz de pular quando menos esperava. Levou apenas algumas semanas para aperfeiçoar nossa rotina, para nos misturarmos perfeitamente entre as árvores, sentindo quando cada um faria algo.

— Rose! Eu e El vamos ter uma partida de força quando voltarmos para casa. — Emmett gritou de volta enquanto avançávamos pelo terreno acidentado. — Quer se juntar?

As sobrancelhas perfeitas de Rosalie se ergueram em surpresa. — E Elide concordou com isso desta vez? — Ela perguntou, ficando do meu lado. Da última vez, a luta de força com Emmett foi pouco mais do que um no chão quando eu menos esperava.

— Não, eu não concordei. — Eu disse, rindo do olhar irritado, mas brincalhão de Emmett. — Mas eu poderia tentar. Não costumo desistir de um desafio.

Muitas vezes era a palavra-chave lá.

Rosalie se juntou com uma leve risada. — Eu sei que você não sabe. — Disse ela. — Eu te aviso, ele é tão forte quanto parece. Como um urso. Foi um urso que quase o matou também. Acho que foi predestinado.

Ela balançou a cabeça, como se afastasse a dor que veio com a memória, e então Rosalie estava sorrindo de novo, uma visão que eu acabei de me acostumar também, mas facilmente aprendi a amar. — Eu não vou entrar desta vez, por exemplo, mas suponho que Jasper pode. — Acrescentou ela. — A propósito, onde ele está?

Alice deslizou entre Rosalie e eu. — Ele foi na frente para a casa para fazer companhia a Esme enquanto Carlisle está no trabalho.

Rosalie assentiu e se afastou novamente, colocando uma mão na de Emmett enquanto diminuíamos o ritmo pela primeira vez, tomando nosso tempo enquanto fazíamos nosso caminho para casa. Era reconfortante a ideia de que tínhamos uma eternidade para vagar como quiséssemos. Tentei não pensar nas coisas que me impediriam de ficar com Alice o tempo todo.

— Você está devagar hoje. — Alice brincou, me atraindo com seu tom cadenciado quando ela parou, apoiada em uma árvore, deixando seus irmãos vagando na frente. — Eu não acho que você pode acompanhar.

Minhas mãos encostaram nas dela, e eu coloquei todo o meu peso contra ela, então ela teve que me manter de pé. Alice levantou uma sobrancelha arqueada, deslizando para longe, então eu caí para frente, facilmente me pegando pelo giro do calcanhar. Ela colocou um beijo na minha bochecha quando eu fiz isso.

Eu sorri. — Isso é um desafio?

— Só se você fizer um. — Alice disse com um encolher de ombros.

— Ah, então é um desafio. — Eu disse. — Eu vou te dar uma vantagem.

Alice não esperou para ver se eu estava sendo honesta ou não. Ela correu para longe, tão rápida que parecia que estava voando, um simples borrão contra o pano de fundo verde. Parei por um único momento, cumprindo minha palavra, deixando meus ouvidos sintonizarem a música do dossel acima. Os passos quase inaudíveis de Alice se fundiram entre o chilrear e o esmagamento das folhas até que ela estava longe o suficiente para que eu soubesse que teria dificuldade para alcançá-la.

Minhas costas ficaram rígidas quando senti pela primeira vez.

Fazia meses desde que eu pensei sobre ele - sobre o homem que uma vez atormentou cada pensamento intrusivo e se escondeu nos rostos de cada um dos meus amigos. William. Parecia que ele estava aqui, me observando novamente. Mas pensei ter me livrado dos pensamentos sobre ele há muito tempo, mas aqui estava ele, escondido em algum lugar entre as folhas e as multidões de árvores.

Eu balancei isso. William sempre me atormentaria, mas eu não precisava deixá-lo me seguir nem mesmo nos momentos mais felizes. Os sons das folhas úmidas farfalhando contra o vento envolveram-me novamente, uma doce sinfonia repetida. Eu corri.

Alice me encontrou rapidamente no lado leste da casa, pulando os degraus pela parede de vidro, as mãos estendidas para as minhas. A sensação de seus dedos frios era aterradora. O céu estaria escurecendo em breve, um preto empoeirado cobrindo o horizonte distante, dando as boas-vindas a uma lua nova. E ainda assim, Alice brilhava, iluminando a área ao nosso redor com sua pele pálida e brilhante. Eu levantei a mão para sua bochecha, roçando um dedo contra ela, suavizando as linhas finas feitas de sua preocupação.

Ela pegou minha mão, colocando um beijo na ponta dos meus dedos. — Você está bem? — Ela murmurou. — Eu pensei que você estava bem atrás de mim.

Eu balancei a cabeça suavemente. — Havia alguns caminhantes por perto, só isso.

Não a deixei em nenhum momento para reconhecer a mentira. Eu envolvi meu braço ao redor dela, o cabelo roçando meu rosto, e respirei seu aroma fresco e dourado que eu reconheci desde meus primeiros dias em Forks.

Esqueci tudo sobre William, sobre as memórias que pareciam tão reais que era como se ele estivesse sempre ali na minha frente. Esqueci-me dele e, em vez disso, pensei no futuro, sobre como se eu tivesse que passar o resto dos meus longos e intermináveis dias com alguém, seria ela, a bela vampira que me acolheu tão prontamente, tão carinhosamente. Seria Alice quem eu ficaria ao lado enquanto meu coração frio não estivesse batendo. Alice.

Eu estava muito mais fundo do que eu pensava.