entre farpas e um banheiro cheio

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Era meu primeiro dia, mal sabia falar coreano, tinha me mudado a pouco tempo da Malásia, e todos olhavam para mim como se vissem um monstro, eu só estava de preto invés de xadrez.

Demoraria muito para que eu conseguisse um amigo, e pior ainda, uma namorada.

Vim para Seul depois se meus pais me ameaçarem a sair de casa, eu era muito festivo e não trabalha, meus pais tinham sim dinheiro para isso tudo, mas festas todos os dias não dá para ninguém.

Mesmo eu querendo fazer a faculdade na Malásia por seu alto desempenho, tive que vim para a Coreia, pois não conhecia ninguém e por isso não ficaria com ninguém.

Então colocar-me em uma escola com dormitórios e com tempo para não sair me deixaria mais atento as matérias.

Entro na sala, a professora me apresentou, falou onde me sentaria, na última cadeira perto da janela.

Foi até meu assento, coloco minhas coisas na mesa e ela começa a dar aula.

Era para responder com que material era melhor para uma casa dependendo de seu local, exemplos: Como são feitas as casas do Brasil? Com tijolos, simples e fácil.

- Se eu moro num lugar afastado e quente, que material posso usar?

- Um tipo de madeira do local, eu usaria bambú. - Um rapaz de cabelos castanhos claros se levantou e respondeu.

- Dando suas boas impressões não é Lee Know? - a professora riu, eu revirei os olhos, e ele assento e se sentou.

- Um lugar que tem muitos terremotos, como Japão? - Eu me levantei rapidamente.

- Um material leve, como vemos lá, pode ser trago do arroz e do bambú. - A professora me olhou, assim como os alunos, espantados com a resposta.

- Parabéns Han! Foi muito bom mesmo, parece que Ele Know terá alguém com quem competir. - Ela sorri, eu dou um sorriso sínico e me sento, parecia que aquele garoto não era apenas Babaca, era sabichão.

- Casas como onde é a Flórida? - Lee Know levantou mais rápido, dizendo a resposta primeiro que eu.

- Concreto. - Jogou seu cabelo para trás.

- Que tipo classe? - A professora suspira e eu levanto.

- Concreto convencional de 60 MPa de resistência e medem 3 polegadas. - O Lee olhou para mim, com ódio em seus olhos.

- Você por acaso sabe quantos centímetros são 3 polegadas? Nem parece saber o princípio de engenharia. - Ele se vira, olhando fixamente a mim, com tom desafiador e debochado, típico idiotices de melhor aluno.

- São 7.5, quer saber mais? Internamente, elas são preenchidas com 2 polegadas, o que são 5 centímetros; de isolantes termoacústicos. O telhado segue o mesmo padrão, e ainda recebe uma membrana externa à prova d'água para evitar infiltrações. Mais alguma coisa? Talvez como alguém que se acha se sente depois se uma patada?

Sorri debochado e cruzei os braços, Lee Know me olhou com raiva, sua mão fechava, e todos riam dele.

- Sente-se os dois, não quero brigas na minha sala de aula.

A aula se seguiu, eu me sentia feito, enquanto o Lee se mordia de ódio.

[...]

Já no fim do dia, indo para o banheiro depois da última aula que era de matemática.

Senti alguém puxar minha mochila para trás, me colocando no chão, vi quem era, Lee Know.

Ele me deu um soco e me puxou para cima pela camisa que eu usava.

- Como é viver sendo um hamster? Hein? - antes de que ele podesse reagir, a porta do banheiro se abre, antes de que alguém entrasse, ele me pega e a minha bolsa, me jogando junto da cabine.

- Mas que por... - Lee tapava minha boca, ouvimos que não tinha entrado só uma ou duas pessoas, mais sim 4 garotos.

Eu revirei os olhos e tirei aquela mão suja da minha boca.

- Se descobrirem que eu estou aqui eu juro que você morre agora! - Ele se faz de sínico.

- Peça desculpas por me ofender se não eu grito o meu e o seu nome! - Ele cruzou os braços, eu tomei um choque, eu não tinha feito nada! E ele queria desculpas?

- Por quê? Eu não fiz nada! - Ele apontou seu dedo para mim. Ouvindo alguém bater na porta do banheiro, e falando logo em seguida.

- Quem são as gay daqui? - Eu me senti envergonhado e puto, Lee Know por outro lado, me olhou e sorriu.

- Faz algo! Vão dizer que eu sou gay se me virem assim!

Ele tira a camisa e bagunça o cabelo, me fazendo de sonso, o que ele imaginava?

- Me escuta, tira sua camisa e me abraça quando eu começar a falar.

- Não! pra que? - Falei baixo, me senti envergonhado e não queria estar ali nem fudendo.

- Faz o que eu tô mandando porquê esses caras são meus amigos, vai logo! - bati nele, mas fiz o que disse, não queria que sofresse bullying, muito menos que me chamassem de gay.

- Eita que o negócio tá bom né? - Falaram lá fora, eu só queria voltar para minha cama.

Ele colocou sua mão na minha cintura e eu coloquei as minhas juntas perto do peito dele, me aproximando do mesmo.

- Agora só fica quieto e faz o que eu mandei ou vou mandar, eu não vou te zoar por isso. - Ele respirou fundo, e Por fim falou. - Porra cara, deixa eu aqui mina, ela até paro de gemer como antes!

Os meninos gritaram, eu coloquei minhas mãos para meu rosto, Lee Know ria, a minha cabeça foi a seu peito, pois as mãos que ficariam nos separando, estavam me ajudando; ele me apertava se.

- Fica tímida não cara, não vamos te entregar aqui não.

Lee Know ria, eu também, mas tinha tanto ódio que nem o olhava.

- Vão na frente que eu vou atrás, vou só levar ela pra casa. - Suspirei aliviado.

- Tá, vamos tá na casa do Jackson Hyung, hoje é por conta dele!

Eles saíram, joguei ele para trás rápido, pegando minhas coisas e vestindo minha camisa.

- Eu quero um pedido de desculpas e dinheiro! - Saí da cabine, lavando minhas mãos e ajeitando a camisa. - Você me bateu, me fez passar pela maior vergonha nessa escola, e é meu primeiro dia!

- Eu vou porque isso parece ter cido humilhante para você. - Lee se aproxima da pia, lavando suas mãos.

- Vá me deixar no meu dormitório agora! Eu quero comida também.

- Tá bom! Meu Deus além de chato ainda é exigente. - Lhe deu um tapa e ele riu. - Já estamos indo para meu carro comer.

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Between us, nothing will happenOnde histórias criam vida. Descubra agora