Trovões

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Lee Know tirou seu sapato, e seu moletom, ele estava com um suéter de tricô, parecido com o que eu usava.

- Você podia ter perguntado onde era o meu dormitório. - Eu estava sorrindo debochando, e ele revirou os olhos.

- Você acha que eu lembrei? - eu rio do mesmo, e ajeito a mesa onde faríamos o trabalho.

Ambos sentamos no chão, e comecei a desenhar a base, mas tinha esquecido de tirar as medidas.

- Você trouxe uma trena? - Perguntei, ele afirmo, me entregando e fomos os dois até a porta.

Eu comecei medindo a parte da lateral, e ele aí anotando.

- Então são essas as medidas né? - Lee Know assentou, enquanto mexia no celular. - Não use seu celular enquanto chove! É perigoso!

- Perigo de que?

Nessa hora, trovejou, e eu tapei meus ouvidos, mas foi muito forte, eu estava apavorado, e me coloquei no peito de Lee know.

Ele via meu desespero, estava chovendo muito, eu tinha quase que um trauma com chuvas fortes.

- Calma Han, é só uma chuva, já vai passar. - Ele alisava meu cabelo, mais raio, em seguida outro trovão.

Eu o apertava cada vez mais, eu estava já tremendo, e ele se afastou um pouco, vendo meu rosto, que estava molhado, mas, bem pouco.

- Vamos pro seu quarto. - Assentei, e ele me levou o mais rápido.

Após entrarmos, mais um trovão, eu corri para abraça-lo, estávamos do lado da cama, mas eu estava com medo, muito medo.

- Podemos nós sentar aqui mesmo, se quiser. - Ele alisou mais uma vez meus fios. Eu assenti, e ele se sentou junto de mim, e ficamos lá, sentados, enquanto eu tremia.

[...]

Eu acordei, estava na minha cama, deitado e olhei para o lado, onde estava o relógio, eram 21:47, eu lembrei que Lee Know ainda está aqui em casa.

Me levanto e vou até a sala, vejo ele medindo o corretor, e parando para anotar e talvez até fazer logo os cálculos.

- Acordou a bela adormecida. - mesmo sem tirar seus olhos do papel ele me diz, e em seguida, depois de anotar, olha para mim.

- Quanto tempo eu dormi? - Balanço o cabelo e jogo-o para trás.

Lee Know olhou e desviou o olhar, eu vi que passou a língua entre os lábios, os umedecendo.

- A 1 hora eu acho. - ele olha pra cima e olha pra mim, vai até onde eu estava. - Eu já estou quase acabando! Sem ajuda sua.

Meu olhar que estava sereno, passa agora para um de raiva, eu sabia que ele podia esfregar muito bem isso na minha cara por dias, ou até mesmo anos.

- Dá a trena! - estendo a mão para pegar, mas ele devia e leva para cima. - Você tem 7 anos Lee Know?

Eu tentava pegar, mas ele colocava mais alto sempre.

Virou para a direita, eu virei junto, ele corre para os lados, sobe naquele pequeno e desconfortável sofá, e eu estava o seguindo.

- Seu merdinha! - dizia correndo atrás dele.

Ele para, estava rindo e eu vou até ele, bem devagar eu diria, e fico bem perto dele.

- Eu só dou a trena depois de um desafio. - Ele esconde a trena atrás de suas costas.

- Qual é? - O questiono.

- Você admitir que eu sou lindo e incrível! - Lee se vangloriava, eu revirei os olhos e tirei a trena de suas mãos.

Corri para meu quarto, para medir por lá.

Ele corre até mim, eu que estava medindo, tive a trena puxada das minhas mãos, mas eu ainda a segurava, e ela me fez cair em cima da cama, junto do mais velho.

Caímos um do lado do outro, rindo. Ver os olhos do Lee em mim, muito fixados até, me fez sorrir, eu acho que fosse por estar com vergonha.

- Você é muito diferente do que é na sala de aula. - ele se senta, e eu o acompanho. - Eu não vou falar nada sobre o que aconteceu mais cedo.

Eu me recordo, sinto muito arrependimento por ter sido tão fraco.

Ele sorri e passa a mão nos meus fios.

- Não falarei nada dessa noite para ninguém, não se preocupe caralho! - ele ri, Lee Know coloca a sua mão na minha, pelo ato, senti verdade em suas palavras, ri e assenti. - Vamos terminar porque eu já tô com fome!

Assenti e fomos.

[...]

Combinamos que trocarmos as funções, uma vez eu iria medir, a outra ele iria medir.

- Acabou! - Grito me sentando no sofá. - Cê pode comer o que tiver na geladeira, menos meu pudim!

- Melhor eu comer em casa. - Ele olha o telefone e suspira. - São quase meia noite, e o portão vai fechar assim.

Assenti, me sentei e ele pegou as suas coisas que estavam na mesa.

- E Han, me chame de Minho, não Lee Know! - ele sorri, e sai.

Não tive tempo de perguntar o por que, mas não estava querendo mais me levantar ou falar, está muito cansado.

Foi até meu quarto para dormir e acordar provavelmente atrasado de novo.

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⏰ Última actualización: Dec 18, 2022 ⏰

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