O início da grande Vitória

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Michelle

Eu sorri olhando nos olhos de Soraya
que me encaravam inocentes. Era tão
ingênua, mesmo depois de anos de
aprendizagem Soraya ainda tinha dentro
de si a ingenuidade para um mundo tão
maquiavélico. Eu poderia sentir muito por
isso, mas não cabia a mim perder a mulher.

Não Soraya, ela era a fonte de poder e desejo
da Boate. Era seu corpo e sua dança que
atraia diversos olhares e pessoas que tinham a ambição de possuir seu corpo.

Como um diamante perfeitamente lapidado as mãos de Deus, ou do diabo por causa tamanho desejo.

- Eu sabia que você iria tomar a decisão certa, querida.

Falei de forma animada, fazendo Soraya sorrir.

- Seu último pedido não é? Depois de tanto
tempo me ajudando, eu me vi sendo muito
injusta em não aceitar.

- Claro, você é uma garota maravilhosa,
Soraya. Fico bem triste em saber que vai sair da Boate. Mas sei que está querendo
outros caminhos para sua vida.

Soraya sorriu docemente, sentando no sofá
macio, onde rapidamente me sentei também.

- Isso mesmo, tenho muitos planos. Mas saiba que sou extremamente grata por tudo que fez por mim, Michelle.

- Eu sei, minha querida. Não se preocupe
com isso. Eu quero que saiba que as portas
da Boate sempre vão estar abertas para
você.

- Você é uma mulher maravilhosa. Me ajudou tanto.

- Não poderia fazer menos, eu vi que
precisava de mim naquele dia Soraya.

Nos olhamos por alguns segundos, e então
eu a puxei para um abraço calmo. A moça
suspirou pesado, e me apertou contra si.

- Bom, querida já está muito tarde. Eu já vou, ligo para você amanhã para informar o dia do seu show.

Soraya se levantou e assentiu, enquanto
caminhava em direção a saída. Gentilmente
ela abriu a porta, me dando passagem.
Trocamos mais um pequeno abraço e um
simples boa noite para eu então me retirar
dali.

Disquei para Carla assim que entrei em meu
carro e sai do prédio de Soraya. Não demorou muito para que a mulher atendesse.

Eu estou indo a sua casa, tenho novidades.

- Posso saber ao menos do que se trata?

Perguntou curiosa.

- Nossa vitoria está perto. Abra um
champanhe, eu quero comemorar com você.

- Com todo prazer.

Foram suas palavras antes de desligar.

[...]

- Você está falando serio?

Carla perguntou  com um largo sorriso.

- Sim! Ela caiu feito uma patinha. Precisava
ver como é agradecida a mim.

- Oh Deus, isso é maravilhoso!

Exclamou animada pegando as duas taças.

- Precisamos brindar a isso.

Soltei um sorriso para a mulher que tinha
os olhos brilhantes de tão alegre. Carla me
estendeu a taça com o champanhe caro que
ela havia comprado especialmente para
aquela ocasião.

- Um brinde a nossa vitoria.

Disse ela erguendo a taça para o alto.

- Um brinde.

Falei fazendo o mesmo movimento que ela.

Tomei todo o liquido do recipiente, para em
seguida deixar sobre a mesa.

- Temos que nos manter calmas. Vou ligar
para ela amanhã e informar o dia da
apresentação. Quando esse dia chegar, você
vai dar um jeito de se encontrar com Simone e levar ela  a Boate.

Carla sorriu, mordendo os lábios. Eu poderia ver o quão eufórica ela estava.

- Ela vai pirar.

Disse se sentando no sofá da sala.

- Eu imagino. Simone me parece muito
possessiva.

Falei me juntando a ela.

- Eé, instinto de empresaria não é mesmo?
Gosta de mandar em tudo ao seu redor.
Ela é muito arrogante.

- Gosto disso nela. Faz com que ela seja
melhor do que os outros. Mas vai ficar tão
magoada por sua doce vadiazinha estar
mentindo.

Eu soltei uma risada fraca.

- Você vai está lá para consolar ela.

- Eu vou estar sim, da forma como ela me
quiser.

- Posso sentir ciúmes disso, sabia?

Carla me olhou e riu.

- Simone,é muito boa no sexo. Mas gostei mais de você.

- Claro que gostou.

Falei me aproximando da mulher e tomando sua boca em um beijo.

- Eu só consigo pensar nas manchetes do
jornais daqui a alguns meses. Eu estando ao
lado de Simone novamente, mas como sua
esposa.

- Você adora isso não é mesmo? Dinheiro,
fama.

Carla riu, e tomou o último gole em sua taça
de cristal fino.

- Amo. Você tem idéia do quanto Simone é
rica e poderosa? Ela é a melhor empresaria
do Brasil. Dona de uma fortuna incalculável.

- Pelo que eu saiba, tudo é da mãe dela ainda.

- Aquela velha maldita está quase para
morrer, ou seja já  a consideramos invalida.
Ela nunca gostou de mim.

- Vai ver ela percebeu seus interesses.

- Não, porque ela é uma rica metido a humilde.Deve ter adorado aquela vadiazinha da Soraya. 

-Ouvi dizer que ela se deu muito bem com a família de Simone.

- Uma pena, já que logo vai ser escorraçada
pela mesma.

- Você não vale nada.

Falei com um sorriso, jogando meu corpo contra o dela em cima do sofá.

A mulher mordeu os lábios, e envolveu meu
pescoço com os braços.

-E nem você, Michelle.

Disse antes de me beijar.

The stripper- Simone e Soraya Onde histórias criam vida. Descubra agora