Capítulo 7: Uma carta há muito esperada

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1936

- Feliz aniversário.- Harry disse, alegremente, colocando uma caneca de chocolate quente na frente de Tom. Havia também um bolo pequeno, mas delicioso, sobre a mesa, com uma tigela cheia de biscoitos ao lado. Tudo estava descombinado e uma das colheres estava ligeiramente torta, mas mesmo assim Harry estava orgulhoso do café da manhã de aniversário.- Dez anos já! O tempo voa, hein?

- Por que você está tão alegre?- Tom perguntou sonolento, fechando os olhos e pressionando o nariz contra a caneca. Seu cabelo normalmente bem penteado estava bagunçado e Harry percebeu que o pirralho havia desafiado o toque de recolher mais uma vez e ficado acordado até tarde da noite, lendo.- Eu quero dormir. Esse é o seu presente de aniversário para mim este ano, Harry. Eu quero dormir até amanhã.

- Não seja ridículo.- Harry disse com uma risada. Ele se sentou do outro lado da mesa com sua xícara de chá e pegou um biscoito.- Podemos ir ao Beco Diagonal de novo, se quiser. Comprar mais alguns livros para você.

- Você é ridículo.- Tom murmurou, embora finalmente parecesse interessado no que estava acontecendo.- Quantos? E podemos ir no próximo sábado, porque sei que vai estar muito lotado perto do ano novo.

- Tenho dez galeões reservados para seus livros.- disse Harry.- Depende de quais livros você compra, mas eu diria que você consegue pelo menos três. Possivelmente quatro. E sim, claro que podemos ir no próximo sábado.

- Tudo bem.- Tom suspirou, como se ir até o Beco Diagonal de repente se tornasse uma tarefa árdua. Harry não se preocupou em segurar o sorriso, satisfeito com o quanto a hostilidade do garoto havia diminuído desde o início de sua estada. Tom ainda era bastante rabugento e teimoso, e Harry não sabia o que o menino pensava dele na maior parte do tempo, mas agora eles se davam bem o suficiente para cair na rotina de viver juntos.

Eles não eram uma família, não realmente. Não do jeito que Harry desejava, não do jeito que os Weasleys eram. Ele só podia esperar que isso mudasse por conta própria eventualmente.

- Você não tem trabalho hoje?- Tom perguntou, finalmente pegando o bolo e cortando uma fatia para si mesmo.- Eu tenho uma pergunta sobre Gringotes, a propósito. O banco dos bruxos.

- A loja da Maggie está fechada porque ninguém vem no ano novo, então estou livre hoje e amanhã.- explicou Harry.- Gringotes? Tudo bem. Não posso prometer saber a resposta para tudo o que você está perguntando, mas farei o meu melhor.

- Em Enhanced England, o autor diz que o banco é totalmente administrado por goblins. Não há pessoas reais envolvidas em nenhum estágio do gerenciamento. Eu posso entender ter goblins trabalhando lá, mas realmente não há bruxas ou bruxos para lidar com alguma papelada ou relações públicas?

- Acho que não há, mas não é tão surpreendente. O banco foi fundado por um goblin e, como os goblins nunca gostaram de pessoas, eles simplesmente decidiram não contratá-las. Embora às vezes façam contratos temporários com quebradores de maldições e eu conheci uma pessoa que trabalhou em Gringotts como gerente de contas por um tempo. Eles precisavam de alguém que falasse francês. Mas ela também não era completamente humana.

- Eu não me importo com isso. Não é o ponto.- disse Tom, impacientemente.- Desde a Guerra dos Goblins, a relação entre eles e os bruxos tem sido tensa e, de acordo com o livro, mesmo agora, os goblins são extremamente rudes e pouco cooperativos. E se eles decidissem travar uma guerra contra os bruxos algum dia novamente?

- Eu acho que eles estão sob juramento de não fazer isso.- Harry disse, balançando a cabeça.- É um regulamento do ministério e, como tem a ver com dinheiro, tenho certeza de que o ministério garante que seja obedecido.

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