2.19. mudaram as estações, mas nada mudou

257 32 34
                                    

DESCULPE ESTOU UM POUCO ATRASADO, MAS ESPERO QUE AINDA DÊ TEMPO etc, etc!! estou oficialmente de férias, agora vou conseguir terminar esta história, gente. além disso, hoje é o meu aniversário e eu gosto de comemorar escrevendo. vem aí!!! 

***

Sentada no sofá de um milhão de reais de Indiana, Georgia experimentava o tipo de conforto e comodidade que somente roupas limpas e secas podiam proporcioná-la depois de uma intensa noite de chuva.

Enquanto brincava com o sachê de chá de camomila, cujo qual a empregada de Indiana havia preparado para elas momentos antes de Georgia terminar de tomar banho no quarto de hóspedes da mansão da irmã, ela tentava organizar os próprios pensamentos antes de contar o que aconteceu que a deixou tão abalada.

— Cadê o Iran? — ela perguntou de repente, olhando para a sala enorme e vazia. Não havia sinal de criança na sala e Georgia logo pensou em Helena e em Madá.

— No quarto com o Bruno — ela respondeu com os olhos calmos e pacientes na irmã. — Daqui a pouco ele acorda para mamar. É o tempo todo. Olha a minha cara de quem não sabe o que é dormir há meses.

— Bem que a Helena disse que amamentar é desgastante — Georgia riu, mas logo ficou séria com a pontada que sentiu no peito.

— Você ainda é apaixonada por ela? — Indiana a encarou com a expressão livre de qualquer julgamento, como se a enxergasse pela primeira vez. — É por isso que ficou tão desolada quando soube que ela se casaria com o desajeitado do Daniel?

Georgia assentiu com a cabeça baixa, fungando baixinho para Indiana não suspeitar que ela estava prestes a chorar outra vez, como fez anos atrás antes de ir embora pela segunda vez.

— Eu amo tanto essa mulher, Indiana — ela choramingou, desistindo de lutar contra as lágrimas que escorriam pelo rosto. — Ela construiu uma família com um homem que eu sei que é decente e que fez por ela o que eu não fiz. Eu sei que eu deveria ficar feliz por eles, mas eu não consigo. Ela deveria ter se casado comigo, como a gente planejou tantos anos atrás.

— Ah, Georgia — Indiana se aproximou da irmã na outra ponta do sofá, tirando o chá das mãos dela antes de abraçá-la com uma familiaridade maior do que estavam acostumadas. — Não fica assim. Eu sei que está sofrendo, mas você não pode se render nem se deixar vencer. Se você ama tanto ela assim então faz alguma coisa.

— O que mais eu posso fazer? — ela retorquiu assim que se afastaram de um abraço quase demorado. — Ela já deixou bem claro que nosso tempo já passou e que continua muito bem casada. Só que ela me beijou. Sinceramente, eu não entendo. Como pode uma mulher mexer tanto comigo, meu Deus?

— Ela beijou você? — Indiana arqueou as sobrancelhas, confusa e, ao mesmo tempo, surpresa com a novidade. — Foi só um beijo ou vocês fizeram mais alguma coisa?

— Foi bem mais que um beijo — Georgia suspirou, deixando-se levar pelas memórias sexuais que insistiam em piscar bem diante de seus olhos. — A gente transou, Indiana, mas aconteceu tão de repente que talvez ela se arrependa do que fizemos. Foi imprudente, mas eu não sei o que fazer com essa sensação de que agora está tão distante o que tive em meus braços. É como se eu estivesse prestes a perdê-la outra vez.

— Vocês não conversaram sobre o que aconteceu?

Georgia negou com a cabeça, pegando de volta o chá para bebericá-lo como forma de se distrair do olhar atento da irmã.

— Ela queria conversar, mas o Daniel chegou e eu não consegui ficar — ela admitiu. — Não aguentei ficar.

— Então você fugiu? — Indiana constatou com uma sutileza que não passou despercebida por ela. — De novo.

As Curvas do TempoWhere stories live. Discover now