quatro

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Helena conseguiu entrar escondida em casa, parece que essa vez foi a primeira de muitas que seu pai não a esperou acordado.

No dia seguinte, ela dormiu até tarde, e estranhou não ter sido acordada por algum funcionário da casa.

Louis já no outro lado da cidade, não parava de pensar na garota. Ele passou a noite inteira pensando nela, querendo vê-la novamente. Sua vontade de mandar mensagem, ou até mesmo ligar, era enorme, mas ficou com medo dela achar o mesmo muito desesperado.

Mas mesmo assim, a menina foi acordada por uma ligação da claro, de um desconhecido.
A mesma atende, logo sorrindo ao ouvir a voz do garoto no outro lado da chamada.

— E aí! É o Louis!

— Oi Louis! Como você 'tá? — ela pergunta, com voz de sono.

— De ressaca né, mas até que a dor de cabeça já passou.

— Que bom, acabei de acordar. Ontem foi muito legal. — ela boceja após terminar a frase, fazendo o garoto soltar uma pequena risada ao outro lado da chamada.

— Não consegui tirar você da minha cabeça, de verdade. — Diz Louis, fazendo a menina sorrir boba.

— Você também não saiu da minha, acredita?

— Eu até acreditaria, mas eu perto de você, sei lá, eu sou um vagabundo qualquer. — ela ri com a resposta.

— Nada disso.

— Então, tava pensando aqui, por que, assim, eu to com muita vontade de te ver de novo... Você 'tá livre hoje? — Louis pergunta, se embolando.

— Só um minuto. — Helena larga o celular na cama, abrindo seu caderno e olhando seu horário, a única coisa que tinha era, estudar, como sempre, mas hoje ela poderia dar uma exceção.

— 'Tô livre hoje sim! Quer ir aonde? — ela responde após se jogar na cama novamente.

— Pensei na praia... você gosta?

— Adoro! Combinado então, que horas a gente se encontra? — ela pergunta animada.

— Eu passo aí às uma da tarde, beleza?

— Fechado então.

— Só me passa seu endereço depois no Whatsapp.

— Viu. Até mais tarde!

— Até!

Helena estava feliz, mas acho que a única pessoa que não ficaria era seu pai. Ela rapidamente levanta, saindo do seu quarto, e descendo as escadas. Sua irmã estava no sofá, sentada brincando com suas bonecas, sua mãe estava em seu lado, mexendo no celular, mas nenhum sinal do seu pai.

— Bom dia, cadê o papai? — Helena pergunta.

— Sumiu, acho que foi devorado pelo monstro que sonhei hoje de noite — Vitoria diz, não tirando o olhar das suas bonecas.

— Ele só foi passar uns dias fora a trabalho, daqui a pouco está de volta — sua mãe corrige a fala da sua irmã.

Por fora, Helena estava com a cara que não dava a mínima, mas por dentro, pulava de alegria, ou seja, ela ficaria uns dias de folga dos livros e estudos.

Ela vai direto para a cozinha, avistando Dora, funcionária sentada na mesa, mexendo no celular.

— Bom dia Dora, como 'tá sendo sua manhã? A minha 'tá sendo ótima! — Helena pega uma maçã, se sentando em frente a mulher.

— Que bom dia o que menina, já são meio-dia. — ela termina a frase soltando uma risada.

— MEIO- DIA? PUTA MERDA TENHO QUE ME ARRUMAR! — a menina grita saindo correndo subindo as escadas.

o vagabundo e a dama - louis partridgeWhere stories live. Discover now