o vagabundo e a dama - louis partridge

sete

A semana já estava na metade, ou seja, em dois dias o pai de Helena estaria de volta. E ela queria aproveitar muito esses dias de folga do mesmo.

A faculdade de Helena tinha como escolher fazer aula online ou presencial, esse dia de quarta-feira, ela decidiu ir pessoalmente.
Encontrou Ravi no meio do estacionamento, já que os dois faziam o mesmo curso. Ela contou todos os detalhes do dia de ontem para o amigo, que ouvia atentamente, já que estava interessado no assunto do novo rolo de sua amiga.

— E a gente combinou de se ver hoje novamente, fazer um jantar em um lugar legal. — ela explica, sorrindo.

— Gosta dele, não é?

— 'Tá muito cedo 'pra isso. Continuando assim, 'tá ótimo 'pra mim.

— Só falando que super apoio vocês, além dele ser super bonito, é legal 'pra caramba. — Helena apenas ri em resposta à seu amigo.

A manhã de Helena foi como as outras, em alguns momentos das aulas, conversava com Louis no celular.
Tinha combinado de almoçar com os três amigos hoje, em um restaurante que os três amavam.
Ravi e Helena chegaram ao mesmo tempo, cada um em seu carro.
Luiza tinha levado Lucas em seu carro, para o mesmo não ter o trabalho dê pegar uber.

— Chegaram! Que demora! — Lucas diz, sentado ao lado de Luiza na mesa.

— Nem demoramos tanto assim.

Fazia um tempinho que eles não se viam, já que a última vez foi na festa, onde Helena tinha conhecido Louis.
Aproveitaram para atualizar os assuntos que não contaram nas ligações que aconteciam durante a semana.

— De todos os rolinhos que você já teve, ele é o melhor de todos sem dúvida — Lucas diz, após Helena contar de Louis para os amigos.

— Concordo, ele foi o único que quer te ver todos os dias, nunca vi isso acontecer.

— Luiza 'tá certa, investe nele que é sucesso! — Ravi toca em meu ombro, dando uma piscadela.

— Sei não, 'tá cedo demais.

— Mas você não para de pensar nele um segundo.— diz Lucas, e os dois amigos concordam.

— Normal, meu jeito emocionada de ser — os três soltam uma risada após a fala de Helena.

O almoço foi tranquilo, rendendo muitas risadas, como todos os encontros dos amigos.

Ao chegar em casa, resolveu estudar, por pelo menos duas horas, já que amanhã ela tinha seu cursinho, que seu pai pagava para a mesma não desviar dos estudos.

— Quer fazer uma festa do pijama comigo hoje irmã? — Vivi abre a porta do quarto de Helena, logo entrando.

— Foi mal Vivi, tenho compromisso.

— Ser for com a Luiza, você pode chamar ela 'pra vir aqui!

— Não tenho só a Luiza de amiga Vitoria — Helena ri.

— É com aquele menino que foi na praia aquele dia com você, não é? — ela cruza os braços.

— Não te interessa. — Helena olha para a irmã, com um sorriso sínico no rosto.

— Me interessa sim. Se não me contar, eu conto 'pro papai.

Helena sabia que Vitoria não contaria a seu pai, já que nunca fez isso, e conhece muito bem a irmã mais nova.

— É com ele, satisfeita?

— Ele é bem bonito, se vocês começaram a namorar, cuidado. — ela pisca, e sai sorrindo do quarto, deixando Helena sozinha, que também soltou um sorriso depois da resposta da irmã.

🐕♡⃕🐩

Depois de colocar um vestido preto, fazer sua maquiagem e arrumar o cabelo, ela só esperava Louis chegar.

Uma buzina alta fez ela pular da cama e ir direto para fora da casa, ignorando as perguntas de sua mãe e a pequena risadinha da irmã mais nova.

— 'Tá doido buzinar assim! — Helena corre até Louis o abraçando — Entra logo no carro!

A garota empurra Louis que faz ele corre até a porta do motorista e entrar no carro, vendo ela já dentro sentada.

— Não me deixou nem te comprimentar! — ele diz após se sentar no banco, virado para ela, com um sorriso no rosto, já se aproximando da mesma.

— Agora não, é melhor você dirigir. — Helena empurra levemente o rosto do garoto fazendo ele revirar os olhos, logo ligando o carro e dirigindo.

— O que foi? — ele pergunta.

— Minha irmã já sabe de você, agora com essa buzina, minha mãe vai perguntar a ela, e ela não vai aguentar ficar com o bico fechado. — ela explica, e ele apenas solta um sorrisinho.

— E o que que tem?

— Que no final da semana você vai 'tá morto.

Ele arqueia a sobrancelha direita e olha para a mesma, que concorda com a cabeça fazendo ele bufar.

— Que merda, eu já tava planejando nosso futuro! — ela apenas revira os olhos após a brincadeira de Louis, aliás ela não estava brincando.

— Leva isso na brincadeira, até você ver de verdade.

Chegando ao restaurante, os dois vão até a mesa que a garota tinha reservado mais cedo. Aquele restaurante ela somente ia com a família, nunca nem tinha levado os melhores amigos para jantar lá.

— Caralho eu nem sei nem como reagir, eu 'tô bem arrumado? — ele pergunta, ajeitando sua blusa polo branca, a única desse estilo que o mesmo tinha.

— 'Tá lindo, não se preocupa com isso. — Helena sorri, abrindo o cardápio.

A noite dos jovens foi fantástica, pareciam que se conheciam a anos, mesmo tendo vidas e rotinas muito diferentes, as ideias batiam muito. E eles amavam isso.

— Nunca comi uma comida como aquela, juro por tudo. — ele estaciona o carro em frente a casa, e sai do carro, indo em direção à frente da casa.

— Vamos marcar mais vezes então. — ela se vira para ele, colocando seus braços em volta do seu pescoço, fazendo carinho em sua nuca.

— Que nada, muito caro, você gasta muito dinheiro. — os braços do garota arrodeiam a cintura de Helena.

— Você sabe que eu não ligo.

— Mas eu ligo. Não quero que uma dama como você, gaste dinheiro como um vagabundo como eu. — ela solta uma risada nasalada após a frase do garoto.

— Que dama Louis, para de ser maluco. — ela sorri, juntando seu lábio com o dele em um beijo.

Ele puxou Helena para mais perto, deixando seus corpos colados enquanto apertava levemente a cintura da mesma, as unhas avermelhadas dela passavam pela nuca e pelas bochechas do menino fazendo ele arrepiar, a outra mão bagunçava os cabelos castanhos claros.

— A gente se vê amanhã — ela separa as duas bocas, fazendo o menino suspirar e encostar sua testa com a dela.

— Porra, mas já? — ela solta uma pequena risada.

— Tenho que dormir, amanhã tenho curso.

— Curso? — ele pergunta.

— Meu pai disse que é 'pra ajudar com meus estudos.

— Eu posso te buscar, se quiser.

— Se você puder eu ficaria muito feliz.

— Que horas acaba? — pergunta ele novamente.

— Quatro da tarde.

— Só me mandar o endereço.

— Então amanhã a gente se vê. — ela deixa um selinho no mesmo, e abre a porta, entrando na casa.

Louis solta um sorriso bobo mexendo em seu cabelo, indo em direção à seu carro para voltar para casa.