seis

53 9 6
                                    


O sol iluminava o quarto de Helena, a empregada, Dora, tinha aberto as cortinas para a menina acordar sozinha, sem despertador.

As nove da manhã ela já estava de pé, indo em direção a varanda da casa, tomar seu café. A mesa era ocupada por várias bonecas de Vitoria, a mesma disse que elas também estavam tomando café. Helena apenas ri, lembrando da fase boa quando tinha essa idade.

Mesmo com seu pai ausente esses dias, nesse tempo livre, a menina resolveu reler seus resumos e pesquisar sobre o que está estudando. Às vezes ela dá uma fugida, querendo saber mais sobre outras profissões. Mas no final, sempre acaba na mesma.

Sua irmã a chama para brincar em sua brinquedoteca, mas já era meio-dia, e a menina não queria se atrasar para encontrar o garoto. Ela estava sem fome, resolver apenas comer um banana.

— Ué? Vai comer só isso? — pergunta Dora, colocando os pratos de comida na mesa.

— Sim. 'To sem fome. — responde Helena, colocando a casca da fruta no lixo.

— Aconteceu alguma coisa?

— Não, Por que? — Helena pergunta, se sentando na cadeira da mesa da cozinha.

— Nunca pulou a refeição do almoço, ao menos que esteja ansiosa. Eu te conheço. — Dora olha para a garota.

O celular de Helena vibra, aparecendo o nome de Louis na tela.

— Depois te conto, agora tenho que ir — ela deixa um beijo na bochecha da moça, pegando sua bolsa em cima do balcão, correndo em direção a porta de entrada.

Ao abrir a gigante porta, Louis estava no inicio da casa, sem o carro. Ele logo desliga o telefone, o guardando no bolso, abrindo um sorriso.

— Eaí! — ele diz, agarrando a cintura da menina em um abraço.

— Veio sem carro? — a menina pergunta, desfazendo o abraço.

— Foi, eu não iria achar lugar 'pra estacionar, então vim de ônibus.

— Não precisa! Você estacionava na vaga do meu pai, ele não 'tá em casa.

— Deus me livre, estacionar na vaga do seu pai não. — rio da sua resposta, dando um beijo em sua bochecha.

— Você vai conhecer ele um dia — seguro sua mão, começando andar pela calçada da rua do condomínio.

— Então quer dizer que você quer manter algo mais que isso? — Louis dá ênfase no 'isso'.

— O que você quer dizer isso? — Helena pergunta, também dando ênfase no 'isso'.

— A gente.

— Sei lá, acho que sim. — a menina responde, olhando para frente.

— É, eu também acho que sim. — ele sorri.

🐕♡⃕🐩

Os jovens passaram a tarde na piscina no condomínio, brincando, como duas crianças.

Louis fez amizade com grande parte das crianças que moravam lá. Helena, agora torcia por ele na pequena arquibancada do campo do condomínio.

Ele e as crianças estavam jogando futebol, ou como Louis dizia, jogando uma partida de baba.

As meninas adolescentes gritavam, o nome dele, após um gol, Helena apenas ria, achava a situação muito engraçada. Louis aponta para a menina, soltanto um beijo, a fazendo rir mais ainda.

o vagabundo e a dama - louis partridgeWhere stories live. Discover now