Os problemas de uma princesa

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S/n andava lentamente por um dos corredores do palácio, seu vestido voando atrás dela por causa do vento que dava início a uma tempestade, ouviu passos rápidos atrás dela e ao se virar, viu sua melhor amiga: Elizabeth.

Lizzie era filha do mensageiro de Majoris e sabia tudo sobre o que acontecia no resto do mundo, e estava muito feliz em contar as fofocas para todo mundo que visse pela frente.

- Poppela! - Ela chamou, sorrindo brilhantemente e ao alcançar a princesa deu um rápido beijo na bochecha dela. - Você não vai acreditar no que eu fiquei sabendo.

- Outra fofoca? - S/n sorriu, beijando brevemente a bochecha da amiga depois de receber o seu beijo. - Tem haver com eu ter sido convocada para o escritório do meu pai?

- Sim. - Lizzie balançou com a cabeça entusiasmadamente. - Não tem aquela rainha muito muito gata que eu tinha te contado quando ela virou a rainha? Uns três anos atrás? Então, o reino dela uniu forças com o nosso e ela vai vir para cá amanhã de tarde para ficar protegida da guerra, morando aqui no palácio.

- Não acredito. Serio mesmo? - S/n arregalou os olhos, entrelaçando sua mão com a da amiga.

- Seríssimo. - Lizzie balançou a cabeça. - Mas isso não importa agora.

- O que poderia ser mais importante que a vinda de uma rainha muito bonita para o meu castelo? - Perguntou curiosa, logo depois abrindo um sorriso conhecedor. - A sua maconha terminou de crescer?

- Sim! - A loira falou animadamente, tirando de dentro do porta-espada uma bolsinha. - Olha aqui como a minha maconhinha cresceu bonita. - Abriu a bolsa e mostrou para S/n, que sorriu e balançou a cabeça carinhosamente.

- Depois que eu voltar da minha convocação a gente fuma um pouco lá no meu quarto, eu ainda tenho o esqueiro e a seda da última vez. - Ao ver Lizzie fazer beicinho, acrescentou rapidamente. - Mas você pode vir junto, meus pais e os meus irmãos já estão acostumados a ver a gente juntas o tempo todo mesmo.

Lizzie sorriu novamente e escondeu a bolsinha no porta-espada, apertando as cordas da bolsa um pouco mais. E as duas foram caminhando lentamente para o escritório, balançando suas mãos e rindo a cada poucos segundos.

- Poppela, esse vestido deixa seus seios muito bonitos. - Lizzie de repente falou, um sorriso malicioso pintado em seu rosto. - Verde definitivamente é a sua cor.

- Você acha? - S/n alisou o tecido vestido mordendo o lábio inferior

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- Você acha? - S/n alisou o tecido vestido mordendo o lábio inferior. - Eu acho esse vestido ridículo, e o espartilho está quase me matando de tão apertado.

- Você acha tudo ridículo. - Lizzie riu, apertando levemente a mão da outra.

- Eu acho esses vestidos que sou obrigada a usar, ridículos. - Suspirou e olhou para a loira. - Você tem sorte que seus pais te deixam usar o que você quiser, Lizzie.

- Eu sei. - Deu de ombros com um sorriso. - Você gostou do meu vestido?

- Claro, ele é lindo, mesmo que metade seja uma calça e a outra metade pareça um manto

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- Claro, ele é lindo, mesmo que metade seja uma calça e a outra metade pareça um manto. - S/n admirou a roupa da loira, o seu olhar parando na espada. - Não é melhor você deixar a sua espada no meu quarto? Meu pai odeia te ver andando pra lá e pra cá com roupas assim e com uma espada maior que a dele.

- Eu sei. - Lizzie riu, dando uma leve ombrada na outra. - Mas se eu não carregar a espada, quem vai te proteger?

- Eu posso me proteger. - S/n argumentou se fazendo de ofendida, levou a mão para a bunda da outra e deu um rápido tapa, fazendo Lizzie dar um gritinho de surpresa. - Agora para de falar disso que daqui meu pai já consegue te ouvir.

- Você tem sorte que ta usando tantas camadas de tecidos, se não eu iria te dar um tapão. - Lizzie resmungou, segurando novamente a mão da outra.

- Quietinha boneca. - S/n piscou para a loira, fazendo sinal de silêncio contra os lábios. - Se você quiser ficar sabendo da fofoca completa vai ter que ficar caladinha.

- Eu sei ficar calada. - Resmungou novamente, corando levemente quando percebeu que tinha falado de novo. - Tá bom, eu vou calar a boca, mas para de me olhar desse jeito.

S/n riu e se aproximou da enorme porta de carvalho escuro em sua frente, aonde bateu três vezes em rápida sucessão e a porta foi aberta.

- S/n, você está atrasada. - Veio a voz de um homem muito alto, negro e com uma careca escondida por um chapéu. - E vejo que trouxe Elizabeth, pois bem, sente-se as duas enquanto esperamos o resto de seus irmãos chegarem.

- Sim, pai.

- Sim, vossa majestade. - As duas falaram juntas, se movendo para sentarem uma ao lado da outra nas cadeiras ao redor da mesa, S/n lançando um rápido sorriso para seu irmão Chris.

- Seus irmãos sempre se atrasam, é impressionante. - O rei falou a Chris e S/n, que acenaram com a cabeça, sabendo melhor que ninguém que não se deveria contrariar seu pai. - E Elizabeth, continua carregando essa espada? Vai acabar furando alguém.

- Espero que sim, majestade. - Lizzie sorriu para o homem, que a encarou por alguns segundos antes de balançar a cabeça e desviar o olhar, sorrindo levemente.

Alguns minutos depois, Anthony e Sebastian entraram correndo pela sala, os dois molhados e cheios de areia.

- Sentem-se os dois agora! - O rei gritou, apontando para as duas cadeiras vazias. - Posso saber o porque do atraso e porque os dois estão cobertos de areia e de água?

- É tudo culpa do Sebastian. - Anthony resmungou de volta, e quando seu pai ergueu a sobrancelha pedindo uma explicação, continuou falando. - A gente tava passeando pela praia quando o Robert apareceu, e todo mundo sabe que o Sebs é apaixonado por ele, então ele ficou encarando o Robert e continuando andando até cair de cara no mar, e me levou junto!

No final da explicação, Lizzie, S/n e Chris estavam rindo disfarçadamente, até S/n soltar um barulho como se fosse um porco e os outros dois caírem em gargalhadas escandalosas, S/n logo os acompanhando.

O rei olhava em choque para o Anthony emburrado na cadeira, para um Sebastian muito envergonhado escondendo o rosto nas mãos, para os outros três rindo como se não tivesse amanhã e balançou a cabeça carinhosamente, se sentou em sua cadeira e pigarreou para receber a atenção de todos.



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Bom dia

Palavras: 1120

A war in our heartsWhere stories live. Discover now