Ⅹ. primeiro encontro

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cada segundo com você, eu quero outro
mas talvez possamos esperar por um segundo
então poderíamos manter essa tensão sob controle
não tem como não estarmos chegando lá
com o jeito que estamos olhando um para o outro

there's no way ─ lauv

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Voltei ao quarto antes de que o prêmio fosse entregue. Precisava de algum remédio que consertasse meu rosto até que eu conseguisse regenerá-lo completamente. Peguei algumas plantas medicinais que tinha guardadas e preparei uma mistura para colocar no rosto. Deixei o remédio no lugar do corte e me deitei para esperar Enid e Wandinha. Cerca de 5 minutos depois ouço batidas na porta.

── Pode entrar! ── Digo e logo a porta se abre, dando espaço para a cabeça de Xavier, que me olha intrigado.

── Oi, vim saber sobre nossa ida até o cata-vento….Que coisa verde é essa no seu rosto?

── Eita, verdade. É uma planta medicinal pra ajudar na cicatrização. Só um instante. ── Peço e saio até o banheiro, retiro as plantinhas do meu rosto e ele está quase melhorando. Fecho os olhos e recito um feitiço de cura, quando abro os olhos novamente minha face está em perfeito estado. Bendita seja a magia.

── Pensei que não fosse mais querer me levar pra sair depois de eu te deixar lá plantado. ── Quando volto a porta está fechada, Xavier apoiado nela. Seria engraçado se alguma das garotas entrasse e o derrubasse sem querer.

── Literalmente, não é, Pandora? Que ideia de girino foi aquela? Acho que tem folha no meu cabelo até agora. ── Ele reclama como um gatinho bravo.

── Duvido, vem aqui pra eu ver. ── Me sento e dou algumas batidinhas na minha cama para que ele se acomode ao meu lado.

Ele se senta no chão, por ser mais alto a posição é confortavel para que eu observe seu cabelo. Procurei por alguma plantinha, mas não encontrei nada além de uma joaninha. Total papo furado.

── Folhas não tem, mas olha só que graça essa joaninha. Dizem que elas trazem boa sorte, sabia? ── Falo deixando o inseto em seu ombro e desço para ficar de frente para ele.

── É mesmo? — Pergunta. Seus olhos descem até meus lábios. Acho que essa é a primeira vez que noto o quão lindos são. Poderia facilmente me perder na infinidade deles.

── Sim, a sorte deve estar a seu favor… ── Paro por um instante e meu olhar encontra o seu ── Você se sente um homem de sorte, Thorpe?

Ele se aproxima um pouco mais. Consigo sentir sua respiração em meu rosto. Por um momento penso que as batidas de nossos corações estão entrando em sintonia.

Não sei se é isso que chamam de borboletas no estômago, mas consigo sentir algo se revirar no meu. Não gosto da sensação.

Engulo em seco me sentindo despreparada para o que vem a seguir, mas não quero que pare. É tão difícil responder aos avisos do meu cérebro dizendo para parar quando ele está bem aqui, na minha frente, tão perto…

── Melhor você voltar pro seu quarto né? ── Falo quebrando o clima ali presente. Não quero levar as coisas adiante. Não agora.

── Ah, claro. ── Ele se levanta e eu faço o mesmo, indo até a porta e abrindo para que ele saia.

No mesmo instante, Enid e Wandinha atravessam o corredor. Puta merda. Puxo ele para dentro do quarto novamente e abro a janela, deixando ele na varanda. Faço uma escada com algumas plantas resistentes o suficiente para que ele possa descer.

── Nada de garotos no dormitório, é regra. ── Digo dando um tapinha em suas costas e ele me olha perplexo. ── Melhor do que pular e se machucar.

── Você é louca. ── Ele afirma e eu sorrio.

── Nós loucas somos as melhores. ── Faço uma continência e volto para a minha cama, no mesmo instante as garotas entram no quarto. Olho pelo vidro e Xavier já desceu. Ainda bem.

── OI PANDORA LINDA DO MEU CORAÇÃO! ── Enid entra saltitante com o troféu em mãos, logo em seguida minha prima passa pela porta.

── Vejo que aproveitou bastante a comemoração, Enid. ── Digo sorrindo quando ela se deita e abraça o prêmio.

•ִ  🔭 ˳ ׄ   ⟡

── Pandora, acorda. Preciso de você. ── Acordo num pulo pensando que a garota estava pra não morrer, mas não era o caso.

── Que foi, Wandinha? Olha a hora, vai dormir. ── Falo cobrindo a cabeça com o cobertor.

Sou obrigada a segui-la até a estátua de Poe. Meu anel está brilhando novamente, como no dia em que passei aqui junto de Xavier. Seguro a lanterna sobre o livro presente nas mãos do homem para que Wandinha decifre o enigma. Solto alguns bocejos durante o processo e ela me repreende.

Ela dá dois estalos com os dedos e um túnel aparece. Desperto num instante com aquilo, essa escola se torna cada dia mais interessante. Quando chegamos à uma sala há apenas uma imensidão de livros e fotografias. Observo um dos quadros, meus pais e meus tios estão naquele retrato.

── Pandora, achei uma coisa. ── É Wandinha quem me tira do transe, fazendo com que eu vá até ela.

O livro em suas mãos tem uma folha rasgada e completa aquela que está em seu bolso. Infelizmente, antes que possamos ir embora alguém enfia nossas cabeças em um saco preto.

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﹏ 🎥 notas da autora::

odiei esse capítulo namoral, tô insegura com a personalidade da Pandora mas vida que segue.

próximo capítulo vai ser pov do Xavier pra dar um gostinho dos sentimentos dele, beijocas !! 💘

𝐅𝐀𝐋𝐋𝐄𝐍 𝐀𝐍𝐆𝐄𝐋𝐒, xavier thorpe.Where stories live. Discover now